Jump to content
Forum Cinema em Cena

A Conquista da Honra


-felipe-
 Share

Recommended Posts

  • Replies 70
  • Created
  • Last Reply

Top Posters In This Topic

  • Members
Eastwood no passado: um ator formidável que ora fazia a gente rir pra caramba ora chorar horrores com suas interpretações excelentes.10

 

Eastwood hoje: um velho esclerosado e turrão que sai anualmente de seu sarcófago para nos brindar com filmecos supraestimados como Million Dollar Bullshit.07

 

Olha só,Scarlet saindo do sarcófago para falar mal de Menina de Ouro...06

 

Oi Paola.05

 

Tbm acho Menina de Ouro superestimadíssimo.Assim como Sobre Meninos e Lobos (apesar das atuações excelentes do Robbins e Penn).
Link to comment
Share on other sites

  • Members
Eastwood no passado: um ator formidável que ora fazia a gente rir pra caramba ora chorar horrores com suas interpretações excelentes.10

 

Eastwood hoje: um velho esclerosado e turrão que sai anualmente de seu sarcófago para nos brindar com filmecos supraestimados como Million Dollar Bullshit.07

 

Olha só' date='Scarlet saindo do sarcófago para falar mal de Menina de Ouro...06

 

Oi Paola.05

 

Tbm acho Menina de Ouro superestimadíssimo.Assim como Sobre Meninos e Lobos (apesar das atuações excelentes do Robbins e Penn).
[/quote']

 

é um filmaço, ignorem um pouco o desgosto pelos outros filmes dele.

 

Não vou dizer que não tem um pouco de seus outros filmes porque tem sim o aspecto emocional, mas isso é de loooooooooonge.

 

A quantidade de diálogos cheesy está aceitável. Na verdade eu nem reparei.

 

Tagline do filme: "A single shot can end the war".

 

Não tem um trocadilho aí, mesmo shot podendo ser tanto tiro quanto shot a picture, tirar uma foto. Porque no filme, claramente se fala sobre a foto. A foto em si é uma coisa fascinante, porque são apenas homens - sem rostos visíveis - levantando uma bandeira, uma verdadeira imagem patriótica. E sim, essa foto fez um efeito danado na imprensa e no povo; e aí o governo resolveu se aproveitar para levantar dinheiro pra guerra. Fala do poder que isso fez, e das conseqüências que levou para o trio - um deles quis se aproveitar, outro não queria, e um não mostrava seus pensamentos quanto a isso. Mas o filme sim. Talvez as coisas que resumem o filme são os contrastes que têm na narrativa, que atemporalmente circulam entre a guerra e o teatro feito em torno deles. Além de gerar cenas em que isso acaba te confundindo, propositalmente pra mostrar isso; como a reencenação da içada da bandeira. Uma outra cena que eu gostei bastante envolve sorvete e cauda de morango. Só vendo.

 

Clint é hábil em demonstrar os soldados na batalha, quase como moleques (e a escalação dos atores influe nisso). E filmando as batalhas ele não abandona seu estilo econômico; perto de um Soldado Ryan da vida os tiros não são tão barulhentos (o que não é ruim, pelo contrário) e a batalha ganha no lado humano, meio Além da Linha Vermelha, só que sem os monólogos e etc. Muito bem fotografado, quase monocromático.

 

E além do mais, a cena final praticamente resume um pouco do espírito, como o Kakashi já falou. E sim, os créditos finais são ótimos.
Link to comment
Share on other sites

  • Members

um filme bastante morno, um roteiro q fica batendo tecla numa idéia o filme inteiro, q poderia ser facilmente resumida em menos de 45 min., atores fracos, a direçao ora opta pela "lentidão", q não chega aos pés do filme de mallick (além da linha vermelha), ora opta pela "aceleração", q não chega aos pés do do filme do spielberg (ryan), ..., ainda sim vendo o trailer do seu imão iwo jima parece q este sim, parece ser MUITO mais promissor, e watanabe parece q arrebenta! 05

nota 7,5

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Muito, muito bom! A trilha, pra mim, tá no mesmo jeitão das anteriores do Clint. Chega a ser nojento ver o quanto eles exploraram a idéia da bandeira tão somente para angariar fundos para prosseguir na guerra. E é legal ver como os próprios soldados encaram a questão se serem rotulados como heróis. É como um deles mesmo colocou: 'ser herói porque salvou um amigo seu, tudo bem... mas ser herói pq fincou uma bandeira?'

 

Enfim, se esse já chega perto do sublime, já imagino como dever Letters...

Em tempo: o título em português é uma das coisas mais cretinas que já li.

 

*****

Link to comment
Share on other sites

  • 2 weeks later...
  • Members

Clint em grande forma 10

Um momento isolado, rotineiro sem nenhum valor histórico torna-se o fato mais importante para um país, e toda a fé de um povo passa a se basear naquele momento. O resto da guerra deixa de ser importante, os milhares de soldados mortos não merecem honras, somente o grupo que estava naquela foto, e mais ninguém. Grande desenvolvimento e ótimo final. É certamente a produção que mereceria o Oscar de melhor filme esse ano, sendo injusta sua ausência entre os indicados, certamente por ter gerado um mal estar ao patriotismo americano.
Link to comment
Share on other sites

  • 5 months later...
  • Members

Vou colar aqui neste tópico um post antigo do blog do Luiz Carlos Merten, onde ele conta uma história sobre as filmagens de A Conquista da Honra. Acho interessantíssimo, e serve também pra botar mais lenha na fogueira da discussão se um filme é mais do diretor ou do roteirista, que percebo é um assunto recorrente nesse fórum (e obviamente um filme só é o que é por causa do diretor, salvo raras exceções).

Enfim, o post do Merten:

 

 

25.02.07

 

 

Link%20permanente Direção ou roteiro?

por Luiz Carlos Merten,

Dei uma geral ontem nos comentários e encontrei, num dos posts que dediquei a Clint Eastwood (são tantos...), a indignação daquele leitor que reclamava de a gente ficar incensando o Clint e dizendo que ele é gênio, quando o autor do filme, ou pelo menos o co-autor, segundo o leitor, seria o roteirista. É uma discussão, não digo que velha como o cinema, mas que deve ter uns bons 65 anos, desde que os críticos começaram a discutir de quem seria a autoria de Cidadão Kane - do roteirista Herman Mankiewicz ou do diretor Orson Welles? Não tenho a menor dúvida de que seja do segundo, partidário que sou da política dos autores (mas não só dos grandes autores; dos pequenos, também). Enfim, quero contar uma coisa. No aeroporto de Paris, de volta para o Brasil, comprei a edição de fevereiro da revista Positif, cuja capa é dedicada a Clint (e ao seu díptico sobre a batalha de Iwo Jima). Há uma grande entrevista com Clint e outra com o roteirista Paul Haggis. Achei muito legal quando Clint conta como encontrou o Spielberg, conversaram, ele disse que queria fazer A Conquista da Honra baseado num livro do qual gostara, mas ia ser um filme caro, coisa e tal, e ele tinha medo de não encontrar uma Major interessada - Clint conta que, quando buscava parceiros para Menina de Ouro, uma executiva, olhem que peste, disse que não ia fazer porque era drama e ela só queria produzir comédia. Spielberg na hora perguntou - por que não vem fazer o filme com a gente na DreamWorks? Apertaram-se as mãos, selaram o compromisso (dois cavalheiros, mas que cavalheiros!) e foi assim que tudo começou. Clint conta que chamou Paul Haggis, seu parceiro na Menina, para escrever o roteiro. Paul leu o livro e não conseguia visualizar um filme pelo simples fato de que lhe parecia que ali havia material para muitos filmes. Clint deu uma idéia geral (o personagem do índio lhe interessava particularmente), Paul Haggis começou a trabalhar. Clint ligava todo dia para conversar e o outro dizia que estava empacado. Um dia, Clint recebeu a primeira versão do roteiro de A Conquista da Honra. Disse - vamos filmar! Paul Haggis se apavorou. Disse que eram necessários ajustes, que isso e aquilo. Clint disse que não. Ia filmar aquele roteiro. Os ajustes, se necessários, seriam feitos durante a filmagem. E foi assim que fez. O roteiro é de Paul Haggis, o filme é de Clint. Basta comparar com o filme que o próprio Haggis realizou, Crash. É outro mundo. Da mesma forma, quando decidiu fazer Cartas, contando a outra versão (a japonesa) da batalha de Iwo Jima, Clint enviou as cartas do general Kuribayashi e as de seus comandados e Paul Haggis trabalhou um pouco, montou uma estrutura narrativa, mas disse que não ia escrever o roteiro. Indicou Iris Yamashita (é Yamashita, não?), uma escritora nipo-americana, que escreveu o roteiro em inglês e, depois, ele foi vertido para o japonês. O roteiro é de Iris - o primeiro roteiro dela filmado -, o filme é de Clint. Não se trata de subestimar a importância dos colaboradores, mas o filme expressa um estilo, um imaginário, uma visão de mundo, e tudo isso é do diretor. Gostei da história quando li. Queria repassá-la para vocês. Está feito.

 

link pro texto: http://blog.estadao.com.br/blog/merten/?title=direcao_ou_roteiro&more=1&c=1&tb=1&pb=1
Link to comment
Share on other sites

  • Members

vi hoje, ô filme pra encher linguiça, coisinha desinteressante aquele roteiro heim??

  o elenco ta fudido demais, e a parte tecnica é massa, mas se eu quiser ver parte tecnica boa, eu vejo soldado ryan. a scarlet tem razão, o clint tem que abandonar o paul haggis como alguem larga um cão sarnento na rua....

 

 vou dar um 6,5
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Gostei muito do filme; que surpresa, superior a Cartas de Iwo Jima. Clint foge mais da guerra, que ele retrataria com mais precisão na segunda parte, e dedica-se à parte burocrata do Pós-Guerrar, com referências ao consumismo exagerado que viria após ela e como este foi estimulado pelos ícones efêmeros - e não só das artes, como também da Guerra; sendo que é a arte da fotografia - ou mesmo da teatralização - que proporciona o alcance dos objetivos capitalistas. Os momentos de batalha são inseridos de maneira interessante - excetuando-se a memória de "Doc" quando vão recolocar a bandeira num monte de papel machê -, sem se vender ao sentimentalismo mais barato. Por sinal, foi o roteiro de filmes do Eastwood que mais gostei, e o filme também é o meu favorito de toda a carreira dele como diretor (passa Mystic River, Menina de Ouro, Cartas, Os Imperdoáveis e As Pontes de Madison; todos bons e só), sincero sem insultar ou criar preconceitos - aquela frase de "qualquer idiota pensa que sabe o que é guerra" tinha doído até eu entender a verdadeira mensagem oculta dela.

 

A trilha sonora, como o Conde disse, também é extremamente Eastwood. Score.
Link to comment
Share on other sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.

Guest
Reply to this topic...

×   Pasted as rich text.   Paste as plain text instead

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Loading...
 Share

Announcements


×
×
  • Create New...