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Quem Quer Ser um Milionário?


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Concordo com o Pablo.. o filme é simpatico e só. Tb nao entendi td esse fuzuê em torno dele.. dai teriamos mais uma pergunta pro Jamal naquele show do milhao..

 

Pq o filme foi tao oscarizado? 17

 

quer-ser-um-milionario-535-02.jpg

 

a - pq é de fato um filme mto bom e excepcional

b - pq Hollyhood quer fazer sua média no mercado indiano, bem $uperior ao dele em faturamento

c - pq os estudios querem globalizar a premiacao, sendo assim politicamente corretos

d - destino? 06

 
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Dizer q Milk, Na mira do chefe eh melhor q o Quem quer ser milhonário...eh a opinião do pablo....e merece ser respeitada......

 

eu tb naum vejo assim....pra mim Dúvida, O Lutador, Wall E e Batman - Cavaleiro das trevas....merecia ter sido indicado a melhor filme....mais naum no lugar de Quem Quer ser milhonário ou CCBB.....e sim de filmes apenas medianos...como foi Milk, O Leitor e Frost/Nixon...

 

na mira do chefe eh um bom filme...mais ta longe de ser o melhor do ano

 

 

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 Concordo totalmente com essa crítica do Pablo. O filme é totalmente maniqueísta e esquemático. Uma espécie de mea culpa dos ingleses ( e dos americanos pegando carona...) em relação aos tão explorados e violentados indianos...mas o que realmente incomoda é a mensagem  tipo " olha como os indianos são legais, fofos e felizes  apesar da miséria que os cercam"...típico filme para gringo  ver, deslumbrar-se com o cenário exótico de uma cultura distante e se divertir.

 

 Também não entendi o festival de prêmios envolvidos.... mas como bem disse o Janot hoje em sua crítica do jornal O Globo ou o cinema está cada vez menos criativo ou os críticos estão ficando cada vez menos exigentes...pena.
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Eu achei Slumdog um filme muito bom! Com certeza foi um dos melhores do ano, mas não acho que tenha sido o melhor e realmente não acho que mereceu essa enxurada de prêmios. Gostei mais de filmes como CCBB, Dúvida, Cavaleiro das Trevas, Wall-E...

Concordo que o filme tenha um argumento simples, mas não acho que isso seja algo que o desmereça. Na verdade gosto filmes de argumentos simples mas contados de forma inteligente. E acho que esses estão até em falta esses tempos, talvez por isso que Slumdog foi o esse fenômeno.

 

 

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 Concordo totalmente com essa crítica do Pablo. O filme é totalmente maniqueísta e esquemático. Uma espécie de mea culpa dos ingleses ( e dos americanos pegando carona...) em relação aos tão explorados e violentados indianos...mas o que realmente incomoda é a mensagem  tipo " olha como os indianos são legais' date=' fofos e felizes  apesar da miséria que os cercam"...típico filme para gringo  ver, deslumbrar-se com o cenário exótico de uma cultura distante e se divertir. [/quote']

 

O mesmo poderia ser aplicado a Cidade de Deus...

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Posso dizer que a crítica do Pablo só fez com eu me tornasse mais fã ainda do filme.

 

Todo seu aspecto de fábula usando como pano de fundo a miséria é fantástico e funciona. SDA é uma fábula totalmente maniqueísta que usa como pano de fundo a terra média.

Só porque uma fábula usa como pano de fundo um contexto social verdadeiro (e que nada tem de fabulesco), não é válido? Não concordo.

 

Agora, na boa, o Pablo citou TDK como sendo melhor que SM. Não discuto que o filme seja bom, mas acho que TDK é tão fábula quanto SM, e no entanto falha miseravelmente ao achar que um sujeito vestido de morcego combatendo o crime deveria ser levado a sério.

 

 

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Posso dizer que a crítica do Pablo só fez com eu me tornasse mais fã ainda do filme.

 

Só porque uma fábula usa como pano de fundo um contexto social verdadeiro (e que nada tem de fabulesco)' date=' não é válido? Não concordo.[/quote']

 

Como dizem muitos por aí...

 

Onde eu assino?

 

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mas acho que TDK é tão fábula quanto SM 

 

O que é que TDK tem de fabulesco?


leia tudo que escrevi.

 

Vc não escreveu nada que associe o filme com as características, estruturas ou didatismos de uma obra que possa ser taxada de fábula. O que é que a fantasia e o fato de o protagonista combater o crime tem a ver com isso?
BrnoSoares2009-03-07 21:47:10
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O filme é muito bom. A crítica deve ser melhor que o filme, merecia um saco de oscares. Eu consegui entender o filme, a crítica  não tanto. Um amigo meu a achou pedante e arrogante. Deve ser meio burro. Eu, particularmente, achei a direção do filme criativa, inteligente e inspiradora. Devo ser um burro tambem.

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- Bom, resolvi postar novamente apenas para fazer alguns comentários sobre a crítica do Pablo. Mas desde já aviso que não é a minha intenção "desmascarar", "desmistificar" ou "denegrir" o trabalho dele, afinal eu o admiro e como em toda relação existe as concordâncias e as discordâncias. O que me causou o interesse em escrever foi que vejo que "Quem Quer Ser Um Milionário" está sendo injustiçado. Talvez nem tanto pela maioria da crítica e do público, mas creio que o grande vencedor do Oscar está sendo injustiçado. Não acho que o filme do Boyle seja o melhor filme do mundo, mas é um ótimo filme. Eu gostei ao ponto de revê-lo, mas assim como o Pablo teria no mínimo outros 5 filmes que considero melhores para estar entre os 5 indicados ao Oscar. Mas isso não faz o filme do Boyle ser ruim.

 

Em 2002, uma forte discussão em torno de Cidade de Deus tomou conta do meio acadêmico e da crítica: capitaneado pelo conceito da “cosmética da fome” definido pela pesquisadora Ivana Bentes, o debate girava em torno da argumentação de que o filme embalara a violência e a miséria de forma a torná-las apenas uma fonte de entretenimento, numa triste deturpação da ideologia admirável por trás da “estética da fome” concebida por Glauber Rocha na década de 60. Embora este tenha sido um insight bastante inteligente e pertinente de Bentes, sempre acreditei que ele se enfraqueceu por acabar centrando-se no filme errado, já que, por implicação, Cidade de Deus deveria ter nos apresentado a um universo que, trágico ou não, acabaria nos atraindo de alguma forma ao suavizar sua terrível realidade – justamente o oposto do que o filme faz, já que nenhum espectador são poderia sair do cinema desejando conhecer aquele mundo. Ironicamente, a idéia por trás da “cosmética da fome” se aplicava de maneira muito mais apropriada a outra produção nacional lançada poucos meses depois, Deus é Brasileiro, que magicamente convertia toda a pobreza do país em uma série de cartões postais que levavam o público a adotar uma linha de pensamento típica do burguês que, para aplacar a própria consciência, diz que o favelado é miserável, mas, em contrapartida, tem a melhor vista da cidade a partir da janela de seu barraco de madeira no alto do morro.

 

- OK. De acordo.

 

O que nos traz a este Quem Quer Ser um Milionário?: resumindo o brutal abismo entre ricos e pobres na Índia a uma série de imagens festivas que trazem centenas de mulheres lavando suas roupas coloridas à margem do rio ou garotos esfomeados correndo alegremente pelas ruelas sujas de uma favela em Mumbai, o filme de Danny Boyle (Extermínio, Caiu do Céu) pinta a existência daquela população miserável com cores vibrantes, como se tentasse nos convencer de que, apesar de famintos, fracos e analfabetos, os jovens protagonistas conduzem suas vidas com a alegria de uma aventura – e que, no final das contas, suas atribulações serão fartamente recompensadas pelo destino. Ora, se o que o demente Eli Roth costuma fazer em suas porcarias misóginas pode ser facilmente classificado como pornografia da tortura, não é necessário um grande salto para enxergar este Quem Quer Ser um Milionário? como uma variação sobre o tema, surgindo, portanto, como uma espécie de triste e reprovável pornografia da miséria. Ou, aqui, sim, se aplicando perfeitamente, como um projeto que abraça sem reservas a cosmética da fome definida por Bentes.

 

- Imagens festivas? A sequência que acompanha as mulheres lavando roupas coloridas em um rio sujo (provavelmente pelas defecações e pelo lixo) onde as próprias crianças brincam e se banham não tem nada de alegre. E as crianças por mais miseráveis que sejam costumam manter a mesma aura alegre, logo podem estar com a barriga vazia, mas ainda assim arranjam condições de brincar com a polícia local. As cores da fotografia em "Cidade de Deus" também são vibrantes e me arrisco a dizer que sempre quando o requinte e a sofisticação técnica estiver apresentando uma realidade pobre e miserável, sempre irá existir esse contraste. Viver nesse nível de pobreza. Pornografia da miséria? Não. Cosmética da fome? Não.

 

Escrito por Simon Beaufoy a partir de um livro de Vikas Swarup, o roteiro tem início com a bárbara tortura à qual é submetido o jovem protagonista Jamal (Patel). Participante da versão indiana do Show do Milhão, Jamal está a uma pergunta de ganhar o prêmio máximo e, desconfiados de que o jovem favelado trapaceou ao acertar todas as respostas até então, os policiais indianos tentam extrair uma confissão do rapaz – numa premissa absolutamente ridícula que nos obriga a aceitar que um respeitado apresentador iria promover a tortura de um popular participante de seu programa com a cumplicidade da polícia, que, por sua vez, não teria motivo algum para justificar a prisão e muito menos a selvageria promovida. E tudo isso para que Jamal possa narrar, através de uma série de flashbacks, como sua dura vida o trouxe de encontro às respostas que precisaria fornecer durante o programa que o transformará num milionário. E que vida: depois de testemunhar o assassinato de sua mãe em um massacre promovido contra os muçulmanos, Jamal e seu irmão Salim caem nas garras de um crápula que usa crianças como pedintes profissionais, vê sua jovem amiga (e sua grande paixão) Latika ser treinada para trabalhar como prostituta, choca-se com o envolvimento de Salim com o crime e por aí afora.

 

- Não há nenhum problema no fato do apresentado promover e/ou ter participação na tortura. Existem pessoas sacanas e fdps em qualquer lugar. Achar problemática a conivência da polícia na Índia é o mesmo que acreditar que "Tropa de Elite" é só ficção. Por que não crer que uma pessoa influente pode exercer influência na polícia?  

 

O problema é que Boyle retrata todas estas desgraças de maneira relativamente leve, impedindo que o espectador realmente se comova com o sofrimento do jovem protagonista, que, retratado em três fases diferentes, é visto sempre como um indivíduo perseverante e até mesmo bem humorado. Ao mesmo tempo, todas estas tragédias são suavizadas pelo fato de que proporcionam ao herói o contato fundamental com as respostas que precisará fornecer no programa que serve de centro narrativo da história – o que ainda acaba estabelecendo o protagonista não como um sujeito que sobreviveu graças à inteligência ou à sua presença de espírito, mas sim em função de sua sorte e do acaso, como uma espécie de Forrest Gump que deu a sorte de ouvir a explicação de que Benjamin Franklin ilustra as notas de 100 dólares e de que o revólver foi inventado por Samuel Colt (embora, a rigor, ele apenas tenha ouvido o irmão dizer que sua arma era uma Colt 45. Mas divago.). Como se não bastasse, a frágil atuação de Dev Patel torna Jamal ainda menos interessante, já que o rapaz não consegue nem mesmo demonstrar espanto ao constatar que, por uma espécie de milagre, é capaz de responder todas as perguntas feitas pelo cínico apresentador do programa.

 

- Leve? Ver a mãe sendo morta em um ato de selvageria é de uma crueldade sem tamanho. E o roteiro não deixa de mostrar como Jamal sofre por aquele luto. Ver uma criança sendo cegada é repulsivo. E o roteiro não deixa de mostrar como Salim sente nojo daquele momento. E o fato de Latika virar uma prostituta fica subentendido, mas não deixa de ser sádico acompanhar um sujeito deixando-se excitar pelos movimentos da dança de uma criança. Não existe nada suave nessas passagens. Nem todos os protagonistas precisam ser inteligentes (embora sejam mais admiráveis) e o acaso e a intervenção do destino acompanhou Jamal durante a vida toda e é uma força da narrativa. E sim, vc divaga, pq nada mais óbivo que ele supor que o nome da arma refere-se ao criador... a atuação de Patel não é frágil, pelo contrário... ele se mostra confiante... e certas vezes até ri da própria sorte... mais uma vez o destino interferindo em sua vida.

 

Mas Quem Quer Ser um Milionário? não mereceria um desconto por ser uma fábula? Até certo ponto, sim – e, de fato, é impossível não sorrir ao ver o pequeno Jamal (Khedekar, adorável) exibindo uma imensa alegria por ter conseguido o autógrafo de seu ídolo mesmo que, para isso, tenha sido obrigado a mergulhar numa fossa abarrotada de fezes humanas (uma auto-referência de Boyle a Trainspotting, talvez?). Por outro lado, as inúmeras tragédias sociais e econômicas retratadas pelo filme acabam ancorando-o numa realidade da qual é impossível fugirmos, impedindo que ele possa ser encarado com a leveza exigida pelos contos de fadas. Uma coisa é vermos Jamal se passando por guia no Taj Mahal e inventando histórias para os turistas; outra é testemunharmos uma criança sendo cegada por adultos ou uma garota sendo estuprada por um jovem marginal (mesmo que isto ocorra fora de campo). Além disso, a fotografia quente e dessaturada de Anthony Dod Mantle, apesar de ótima, está longe de remeter a um universo fantasioso, cimentando ainda mais a história no mundo real.

 

- O fato de haver tragédias que sustentem a realidade não anula a fábula? O fato de "Forrest Gump" ter conhecido o presidente dos EUA e/ou ter participado da 2ª Guerra Mundial (uma tragédia já que perdeu o amigo) não invalida o poder de sua premissa. Pq crianças não poderiam ser cegadas em uma fábula? Pq garotas não poderiam ser estupradas em uma fábula? O que não entra na minha coisa é esse tal de "uma coisa é isso, outra coisa é isso." ... acho isso tudo muito subjetivo. Eu já vejo que a fotografia favorece as duas visões (realidade/fábula) já que ambam caminham juntas.

 

Enquanto isso, o roteiro de Beaufoy jamais consegue escapar da natureza esquemática de sua estrutura artificial, não se preocupando nem mesmo em criar uma cronologia mais fluida, já que as perguntas feitas a Patel surgem na ordem exata em que as respostas cruzaram sua vida. Além disso, os personagens são pintados como extremos de bondade ou maldade, sem espaço para um meio-termo: não basta, por exemplo, que Maman (Vikal) aprisione crianças para que estas mendiguem em seu nome; é preciso, também, que ele cegue alguns meninos para que estes ganhem mais dinheiro. Da mesma forma, na seqüência do massacre dos muçulmanos, Jamal e Salim são ignorados em seus pedidos de auxílio feitos a policiais locais – e não basta que estes neguem ajuda; a frieza daqueles homens é tamanha que eles continuam a jogar cartas enquanto um muçulmano cruza a tela em chamas (ora, a simples curiosidade humana levaria, no mínimo, ao impulso de olhar na direção da tocha ambulante, não?). E mais: por que o apresentador Prem Kumar (Kapoor, excelente em seu cinismo) demonstra tanta aversão por Jamal, chegando a ridicularizá-lo constantemente diante da platéia? A resposta a todas estas questões é uma só: Beaufoy quer apenas estabelecer o protagonista como uma vítima que deve enfrentar, sozinha, um mundo de poderosos sem escrúpulos. Como se não bastasse, depois de retratar o inspetor vivido pelo sempre carismático Irrfan Khan como um torturador desprezível, o roteiro tenta torná-lo mais simpático ao longo da narrativa, como se o fato de acreditar na dura narrativa de Jamal fosse o bastante para compensar sua falta de escrúpulos ao massacrar o rapaz. Para finalizar, é impossível ignorar diálogos pavorosos como:

 

<?:NAMESPACE PREFIX = O />

- Eu não vou tirar pontos do filme porque as perguntas são feitas a Jamal na mesma ordem cronológica dos acontecimentos. Acho de um preciocismo exagerado, não vou levar esse aspecto tão a "ferro e fogo". Só acho que dessa forma a narrativa fica mais fluida, embora se a ordem crononológica fosse modificada poderia ficar mais criativo ou com o ritmo mais quebrado. A ausência do meio-termo e de certo exagero nas tragédias se justifica por existirem pessoas cruéis ao ponto de não se preocuparem com as outras. O fato de Jamal ter que lutar contra tudo e contra todos não me incomoda e até é uma forma de ilustrar a força da sua jornada. Da mesma forma que existem pessoas sem escrúpulos, existem as pessoas sem escrúpulos que não são ruins assim. Com relação aos diálogos é interessante, mas eu não esperava ver diálogos dignos de um Ricardo III em uma conversa entre dois jovens. E quer coisa mais ingênua do que um homem dizer que viverão de amor. O cara tá apaixonado, ele é jovem, completamente perdoável. E quanto ao segundo diálogo, os trechos são ditos com espaços entre um e outro... e eles estão prestes a dar o primeiro beijo... o raciocínio não precisa vir de forma coerente... se for ver... são 3 linhas de diálogo distintos.

 

Ainda assim, o mais incrível é que, apesar de todos estes problemas graves, Quem Quer Ser um Milionário? não é um filme ruim. Esquemático? Sim. Maniqueísta? Sem sombra de dúvida. Vergonhoso por usar uma colossal tragédia social como desculpa para divertir? E como. Porém, a narrativa é também envolvente graças à montagem ágil de Chris Dickens e às transições elegantes concebidas por Boyle (como o tapa no rosto de Jamal que liga o programa de tevê à cena na delegacia; a elipse que ocorre durante a queda das crianças do trem em movimento; e, claro, os planos gêmeos que mostram Jamal diante de uma porta e de costas para a câmera no início da adolescência e já quase adulto, diante do apresentador e novamente de costas para o espectador). Além disso, a dinâmica entre o protagonista e seu irmão funciona muito bem na maior parte do tempo – especialmente quando estes são vividos pelos atores mais jovens -, estabelecendo uma proximidade que se contrapõe bem, do ponto de vista dramático, ao rompimento que ocorre posteriormente. Já o número musical que encerra a narrativa surge como uma mera curiosidade, um aceno de cabeça às tradições de Bollywood (sim, com “B”), servindo apenas para enviar o público para fora do cinema com uma sensação de energia que talvez tenha sido o principal fator a transformar o longa num sucesso inexplicável nesta temporada de premiações.

 

- Não existe problema algum em um filme ser esquemático e maniqueísta. Mas me desculpe, eu não me diverti com o filme embora tenha gostado bastante dele. O filme peca pelo excesso em alguns momentos, mas isso não tira os méritos do filmes que tantos insistem em fazê-lo, na minha humilde opinião. Não sei se a melhor das analogias, mas em um país onde temos um garoto favelado que tem a história de vida como a de Ronaldo (se não bastasse uma lesão no joelho, o roteirista ainda faz com que eles sofra outras duas graves lesões; se não bastasse ele ter acabado o casamento com Cicarelli e ter encontrado um novo, o roteirista ainda faz com que ele se envolva com dois travestis ao mesmo tempo que sua namorada fica grávida; isso só me leva a crer que a intenção do roteiro é fazer com que Ronaldo tenha que lutar sozinho contra tudo e contra todos mesmo sendo um milionário do futebol, ou seja, nem mesmo a riqueza foi capaz de lhe engrandecer o espírito; e quando todo mundo achava que ele estava acabado, eis que ele ressurge das cinzas). Eu pensei no Ronaldo, porque a história de Jamal contagia porque ela vem reforçar a fé nas pessoas, em como elas podem se recuperar e alcançar seus objetivos, superar obstáculos... é aquela velha máxima do sonho americano dentro de um cenário de tragédia grega.

Thiago Lucio2009-03-09 17:16:44
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Eu cito somente UMA cena que desmonta essa teoria IMBECIL de que o filme pinta uma imagem alegre da miséria dos indianos: a cena que o protagonista reencontra o amigo que ficou cego pelo cara que usa crianças como pedintes... Emocionante para dizer o mínimo e MUITO triste.

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Não é o tipo de história que me leve ao cinema mas como ganhei o ingresso, fui. Ainda bem que não paguei. Danny Boyle não entende nada de gente. Que filme bobo. E pensar que o Batman do Nolan nem foi indicado. Esse pessoal do Oscar deve ser maluco ou Hollywood quer penetrar em Bollywood e aproveitou esse filme inglês prá invadir o mercado. Melhores que esse tivemos, além do Batman, Benjamin Button, Milk e Dúvida. Credo. Lamentável. E as crianças voltaram a dura realidade...

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Quem quer ser um milionário

 

Na maioria das vezes concordo com a opinião do Pablo, mas senti em suas palavras uma certa antipatia ao filme. Por mais que todos falem, o filme é excelente. Uma fábula com uma linda linha narrativa. Em traisporting também há exageros e isso não foi ressaltado. Todos os recursos da história forma usados para aproximar a platéia da história, permitindo a todos perceberem o quanto a pobreza e a desigualdade social assola aquele país, realidade não muito diferente do Brasil. E existem pessoas, mesmo que diante dos horrores da vida, conseguem manter a sanidade, a esperança e a capacidade de amar. 

Frederico2009-03-11 19:23:51

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