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Lei Anti Fumo


Rob Gordon
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Você é contra ou a favor a lei Anti Fumo?  

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  1. 1. Você é contra ou a favor a lei Anti Fumo?

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Não vejo problema nenhum se fumar em boates e bares' date=' não vejo ambienstes mais proprios pra isso q esses...

 
[/quote']

 

Não vejo nenhum ambiente próprio pra isso...

 

Existe um...este aqui:

 

caixao_aberto.jpg

 

Querem fumar? Se enfiem aí e fumem...a fumaça não vai incomodar ninguém.

Rob Gordon2009-08-26 01:04:22

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Não sou fumante e acho a lei exagerada.

 

Se determinado dono de bar/boate/restaurante/o que for quer deixar que fumem no estabelecimento dele, o Estado não tem que se meter nisso.

 

O empresário põe um aviso na porta e entra quem quiser. Ninguem é obrigado a ficar do lado de quem fuma.

 

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Então você acha que o Estado não pode legislar em questões que ocorram dentro de estabelecimento comercial privado?

 

Depende da questão.

 

Se fulaninho está vendendo comida estragada como se fosse comida normal, cabe ao Estado fechar o estabelecimento.

 

Se fulaninho deseja que seus clientes possam fumar e ele põe um aviso bem claro de que ali é permitido fumar, só vai respirar fumaça quem quiser. Cabe ao Estado deixar que os cidadãos escolham.

 

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09/07/2009

Pastor das almas

 

Convidado - Demétrio Magnoli

 

Logo

mais, em São Paulo, será proibido fumar em qualquer local fechado de

uso coletivo, público ou privado. A lei paulista, patrocinada por José

Serra, bane fumódromos em restaurantes, bares, edifícios públicos e

empresas privadas. Ela também confere compulsoriamente aos

proprietários de estabelecimentos comerciais um poder de polícia,

obrigando-os a fiscalizar a proibição. Entre os deveres dos empresários

se inclui a oferta aos clientes de formulários de denúncia de episódios

de violação da lei.

 

Nas democracias, o poder público administra

as coisas. Mas a lei de Serra ambiciona administrar as almas, impondo a

virtude e punindo o vício. Na sua intrusividade extremada, representa a

culminância provisória de uma tendência perigosa. Há dois anos o

governo federal tentou moldar os conteúdos da programação de TV por

meio da chamada classificação indicativa, que daria ao Ministério da

Justiça um poder de censura. Em maio, também em São Paulo, entrou em

vigor uma lei proibindo o consumo de bebidas alcoólicas nas faculdades

técnicas e escolas públicas e privadas do Estado, até mesmo por maiores

de idade e em eventos alheios ao ano letivo, o que baniu o quentão e o

vinho quente das festas juninas.

 

Serra ocupa um posto de

vanguarda, mas não está só. Claudia Costin, a secretária municipal de

Educação do Rio de Janeiro, determinou em junho o recolhimento de um

livro didático de História que contém uma gravura quinhentista de

Theodor de Bry. Costin julgou “inadequada” para alunos do quarto ano a

figuração do empalamento ritual executado por índios tupis contra

inimigos. O seu diagnóstico pessoal cancelou tanto a avaliação formal

do MEC, que havia aprovado o livro, quanto a escolha dos professores

que o selecionaram. A gravura condenada está exposta em museus

visitados por crianças em atividades extracurriculares promovidas pelas

escolas.

 

Leis e atos do poder público têm a função de proteger

direitos. Mas Serra e Costin parecem enxergar o Estado como um pastor

de almas: o pedagogo dos espíritos devotado a esculpir comportamentos

culturais. Sob essa perspectiva, os cidadãos ocupam o lugar de pupilos

ainda irresponsáveis, expostos à sedução do vício e carentes de uma

autoridade virtuosa capaz de protegê-los de si mesmos.

 

Não há

direito legítimo protegido pelas leis de Serra ou pelo ato de Costin.

Numa sociedade que preza a liberdade, o direito dos não-fumantes

ficaria preservado pela simples informação de que determinado bar ou

restaurante se destina a fumantes. Uma solução mais restritiva é exigir

a implantação de fumódromos confinados nos estabelecimentos que

desejarem atrair o público fumante. Mas a proibição absoluta de Serra

tem uma finalidade distinta: usar o poder de repressão para dissuadir

os fumantes de fumar.

 

Já existem leis que proíbem a venda de

bebidas alcoólicas para menores. O veto absoluto imposto por Serra

atinge especificamente os direitos dos adultos nas festas juninas. Como

Serra, Costin invoca o pretexto de proteger as crianças para ocultar a

sua vontade de educar os educadores. O governador e a secretária

imaginam-se missionários da virtude. Deviam abrir igrejas e disputar a

conquista de almas num mercado competitivo, mas preferem fazer sua

pregação com a persuasiva ajuda da polícia.

 

Há um impulso

higienizador atrás dos atos normativos das duas autoridades. Segundo

Serra, adultos que fumam e bebem socialmente não podem reivindicar seus

próprios direitos, pois são mensageiros do mal. Se o governador

pretende despoluir os corpos, a secretária almeja limpar as mentes,

despojando-as de imagens impuras. A natureza territorial das normas que

patrocinam tem um significado: eles traçam um círculo de giz em torno

de espaços geográficos libertados do vício.

 

A busca do “homem

novo”, o indivíduo virtuoso que encarna as qualidades de uma nação

renascida, é um traço crucial dos totalitarismos do século 20. O “homem

novo” de Benito Mussolini, um guerreiro infatigável sempre em uniforme

militar, tinha como inimigo primordial não o judeu ou o estrangeiro,

mas o espectro envolvente da degeneração física e mental. Mens sana in

corpore sano - o princípio fundador da educação física e também do

eugenismo foi invocado pelos mais diversos regimes totalitários em

campanhas de reforma dos hábitos e comportamentos individuais. Serra

não impôs exercícios físicos compulsórios antes do trabalho e Costin

não mandou imprimir um livro oficial com imagens “adequadas”. Os

atropelos às liberdades que promovem são insignificantes diante dos

crimes monstruosos já cometidos em nome da virtude. Mas estão

impregnados pelo mesmo conceito fulcral, que subordina a liberdade das

pessoas a um projeto de eugenia coletiva.

 

O debate sobre a lei

antitabagista é esclarecedor. Inicialmente, os defensores da interdição

absoluta alegaram a proteção dos direitos dos não-fumantes, mas para

sustentar a proibição de fumódromos confinados convocaram os argumentos

que desvendam seu verdadeiro programa. O cigarro deve ser proibido por

oferecer um mau exemplo. Os fumantes devem ser socialmente

estigmatizados. O tabagismo deve ser coibido legalmente, pois as

doenças que provoca geram custos para o sistema público de saúde.

Friedrich Schallmayer, o fundador do movimento de higiene racial

alemão, explicou em 1903 que “os insanos constituem uma enorme carga

para o Estado”. Ele queria dizer que a “eficiência” da nação era

reduzida pela existência daqueles doentes. O arcabouço ideológica da

lei de Serra pode ser expresso como uma paráfrase do dístico de

Schallmayer.

 

Serra e Costin talvez não ambicionem de fato criar

o “homem novo” exemplar. Imagino que sejam movidos apenas por um

cálculo político oportunista, amparado em sondagens de opinião pública.

Mas isso não altera a mensagem contida nos seus atos. Distraídos, estão

formulando uma tese sobre o Estado e o indivíduo.

 

(O Estado de SP - 09/07/2009)

 

http://www.imil.org.br/artigos/pastor-das-almas/

 

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Então você acha que o Estado não pode legislar em questões que ocorram dentro de estabelecimento comercial privado?



Depende da questão.

Se fulaninho está vendendo comida estragada como se fosse comida normal' date=' cabe ao Estado fechar o estabelecimento.

Se fulaninho deseja que seus clientes possam fumar e ele põe um aviso bem claro de que ali é permitido fumar, só vai respirar fumaça quem quiser. Cabe ao Estado deixar que os cidadãos escolham.
[/quote']

E os funcionários?Serão obrigados a respirar fumaça?E os cidadãos que não fumam?Ou aceitam respirar fumaça ou não entram naquele local?
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E os funcionários?Serão obrigados a respirar fumaça?E os cidadãos que não fumam?Ou aceitam respirar fumaça ou não entram naquele local?

 

Extatamente, quem não quiser respirar fumaça, não entra. E funcionários? Ë só contratar fumantes.

 

Se o cara cria um bar para fumantes, porque diabos o idiota do não-fumante ia querer ir lá?

 

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Mas em alguns bares' date=' alguns restaurantes e TODAS as boates é exatamente isto que ocorre...
[/quote']

 

Então, mas se tiver o aviso e o idiota entrar, aí é problema dele.

 

Os não-fumantes tem essa mania idiota de achar que o mundo gira em torno das asmas deles. Se tu é dodói, fica em casa com o termómetro enfiado no rabo.

 

 

Perucatorta2009-08-28 12:43:18

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Não vejo problema nenhum se fumar em boates e bares' date=' não vejo ambienstes mais proprios pra isso q esses...

 
[/quote']

 

Não vejo nenhum ambiente próprio pra isso...

 

Existe um...este aqui:

 

caixao_aberto.jpg

 

Querem fumar? Se enfiem aí e fumem...a fumaça não vai incomodar ninguém.

 

Mas Rob, esse local aí é fechado, não pode, pelo menos em SP. 06

 

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Sapo, você só pode estar brincando... Eu gosto do lugar X, neste lugar tem música boa, infraestrutura legal, preços atrativos e uma cerva da hora... A sua proposta é: tenho que deixar de ir neste lugar pq o dono do bar decidiu que vai liberar cigarro dentro do seu ambiente. Ou seja, deixo de me divertir por causa do fumante...

 

Quanto à questão de contratar fumantes ou do cara que não é fumante poder escolher trabalhar em um lugar que não tenha fumantes dispensa maiores comentários... Só pode ser piada.
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Não, você não tem que deixar de ir. Você pode ir e aguentar o cheiro do cigarro. Além disso, terão vários bares que terão tudo o que você falou e serão para não fumantes. É simples.

 

Eu detesto crentes e não vou à igrejas evangélicas, mesmo porque ao lado delas tem um puteiro.

 

Do jeito que estava antes, só existiam puteiros (os não fumantes não tinham opção). Do jeito que ficou, só existem igrejas evangélicas (os fumantes não tem opção). A falta de opção é o ponto aqui.

 

O fato é que o texto que o Moon postou é perfeito. O estado está querendo "purificar" o povo com essa lei.

 

 

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Você aceitaria ser obrigado a parar de beber porque alguém te disse para fazer isso?

Ou pararia de fazer sexo (essa ia ser duro pro Dook) antes do casamento?

Isso não é purificar' date=' isso é tentar tirar o direito de escolha.
[/quote']

 

pois é, mas o estado não tem que limitar algumas coisas mesmo? O poder de escolha de todos é limitado, de uma forma ou outra.
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