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Forum Cinema em Cena

Cineclube em Cena


Nacka
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1) Nacka, umas correções chatas:

 

Filme: Estrada Americana (Road To Perdition) 2002 Dir. Sam Mendes. Com: Tom Hanks, Paul Newman, Jude Law e Daniel Craig, Stanley

Tucci.

 

Confusão com os filmes do Sam Mendes, hein? 06 E se der para tirar este paragráfo após o Stanley, se não o Tucci fica isolado.

 

2) Obrigado, The Deadman. Para mim a cadência do filme é sublime - nem comentei muito - para narrar os fatos. Desculpem-me por qualquer bobagem, repetição de palavras e falta de conhecimento aí, mas deu para fazer algo, né? Obrigado por proporcionar-me esta chance, Nacka.

 

3) Espero que mais críticas venham, Nacka, ainda tem uns dez usuários, no mínimo, interessantes e capazes (listei na última página) aqui no Fórum para montar críticas, sendo que um break seria até razoável; para terminarmos de assistir a todos os filmes listados e fazer considerações devidas. Hoje, vou ver o que o Dook comentou, de pouco em pouco, chegarei lá. Todavia acho que temos que continuar com outras atividades. 05

 

4) P.S.: No DVD que eu aluguei, não vinham estes extras não, por isto, não listei.
ltrhpsm2006-11-20 15:51:15
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Poxa, só o The Deadman vai comentar? Eu estou esforçando-me, hoje vi:

 

A Última Tentação de Cristo – Dir.: Martin Scorsese (Página 17)

 

O que o Scorsa fez desta vez, amigo? Eu sou cristão, mas ainda não diria 100% e o que o diretor de Táxi Driver e Touro Indomável fez aqui deixa qualquer um de queixo abaixado. O filme é ousado e polêmico, contando uma versão de Jesus aos fatos do ocorrido; jamais, porém, promulgando e/ou impondo determinada fé e tendo o respeito o qual Jesus tanto pediu. Se não se baseia na Bíblia, não foge dela, à medida que não nega o seu conteúdo.

 

Chocante e perturbador em diversas cenas, eu citaria Maria Madalena tendo relações sexuais com diversos homens que ficam numa filinha e Jesus, apenas observando, entre eles e a óbvia crucificação que se não trouxe as lágrimas, tirou-me da consciência sã (tive que sair dali, tomar uma água, lanchar e só depois voltar a vê-lo). O grande mérito da obra deste Scorsa sem tiroteios e violência urbana e com o grande potencial que tem nas mãos é, justamente, tirar a impressão de filme religioso. Seja na parte técnica brilhante por não dar o estereótipo comum e muito envelhecido como de costume; seja no roteiro que nos brinda com a transformação de Jesus. O roteiro revela que, sobre tudo e todos, Ele era uma pessoa humana submetida aos problemas, à dúvida e às tentações – afinal. O diferencial não foi só a escolha do Pai, mas sim, a vontade com a qual ele se empenhou e trabalhou para livrar-se de todos os pecados dele e da humanidade; o amor, o afeto, a paciência. E isto tudo sem ficar canastrão e piegas.

 

Willem Dafoe, à primeira vista, não tem cara de Jesus ideal, só que nesta versão “diferenciada” e com a excelente mão do Scorsese, ele vira ouro. Os outros atores também estão bons e Harvey Ketel sobressai-se perante os demais no Judas confidente e o mais fiel de todos, sacrificando sua reputação para todo o sempre e servindo como alicerce para a elevação da alma e condução de Jesus às vontades do Pai. Se Maria é deixada de lado, falas históricas e marcantes da Bíblia não sofrem do mesmo, adaptadas e atuadas tiram o pó da Antigüidade a qual são pronunciadas.

 

A grande cartada de Scorsese, creio eu, é deixar a mente do espectador embaralhada e o estômago dando reviravoltas. Teve certa hora que eu quis desligar, falei “ah, só maluquice e vontade de polemizar”, como sempre estava errado e, por sorte, verifiquei o erro a tempo. Scorsa e o roteiro não quiseram revolucionar ou testar Igrejas, religiosos e fanáticos; transmitiram a mensagem do Amor por Deus e a força com a qual isto nos impulsiona, apenas o dez de maneira menos conservadora e mais próxima a nós, “meros” Humanos, tão humanos quanto foi Cristo Jesus.

 

* Gostei muito da crítica do Dook, interpondo as falas das personagens e sendo bem sincero e objetivo, sem um vocábulo muito paupável, mas analisando perfeitamente a essência da obra de Scorsese.

 

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Ainda peguei Amnésia. Aí, só faltarão o do Peckinpah e o do Leone.
ltrhpsm2006-11-24 23:56:46
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Definitivamente, a idéia de criar o "Cineclube" foi ótima, pois assim podemos nos deliciar com críticas muito bem eladoradas e maravilhosamente escritas como essa do sopa. O paralelo entre a carreira cinematográfica de Sam mendes com a História dos Eua foi um toque de gênio, a cereja desse suculento bolo que foi a sua crítica. Detalhes bastante pertinentes do filme também são destaque na sua crítica, Sopa. É como o Nacka disse em um outro tópico; O Cineclube está se revelando um celeiro de talentos!!! Parabéns!!!
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Não vi o filme. Nem sabia que seria disecado aqui. Mesmo assim, li a crítica do ltrshpm e estou desconfiado. Cara, vai mentir pra outro, você não tem 13 anos nem a pau! Está extremamente bem escrita! Você assumiu aqui um estilo que eu admiro muito, usando pouquíssimos pontos, conectando as frases na raça. Além disso, a estrutura é impecável. E como já dito pelo Silva, o paralelo traçado entre Mendes e a história americana é digna de palmas aqui na frente do monitor. E isso que eu nem vi o filme, parabéns!1010101010

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Não vi o filme. Nem sabia que seria disecado aqui. Mesmo assim' date=' li a crítica do ltrshpm e estou desconfiado. Cara, vai mentir pra outro, você não tem 13 anos nem a pau! Está extremamente bem escrita! Você assumiu aqui um estilo que eu admiro muito, usando pouquíssimos pontos, conectando as frases na raça. Além disso, a estrutura é impecável. E como já dito pelo Silva, o paralelo traçado entre Mendes e a história americana é digna de palmas aqui na frente do monitor. E isso que eu nem vi o filme, parabéns!1010101010[/quote']

 

Forast, tu já és de casa. Primeira coisa, já viu Beleza Americana? Se não, pegue tanto Estrada Para Perdição como o primeiro do Sam Mendes. Já serão heresias pagas. Eu vi De Volta Para o Futuro por tanto você pdeir, agora faça este favor por mim. 06 Tudo bem que a crítica tinha uns spoilers e perderá um pouco da graça, mas como há muitas metáforas, também no que concerne ao final, você provavelmente não terá perdido muita coisa. Quanto ao estilo, você que é o jornalista, eu que agradeço. E tenho 13 anos, sim, não sei porque você teima em duvidar. 06

 

Definitivamente' date=' a idéia de criar o "Cineclube" foi ótima, pois assim podemos nos deliciar com críticas muito bem eladoradas e maravilhosamente escritas como essa do sopa. O paralelo entre a carreira cinematográfica de Sam mendes com a História dos Eua foi um toque de gênio, a cereja desse suculento bolo que foi a sua crítica. Detalhes bastante pertinentes do filme também são destaque na sua crítica, Sopa. É como o Nacka disse em um outro tópico; O Cineclube está se revelando um celeiro de talentos!!! Parabéns!!![/quote']

 

Muito lisonjeado fico com este comentário, Silva, usuário que tenho muito respeito, apesar de não tanto contato. O que achaste do filme, caro? E gênio é o Mendes, não eu.
ltrhpsm2006-11-22 13:35:34
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Não vi o filme. Nem sabia que seria disecado aqui. Mesmo assim' date=' li a crítica do ltrshpm e estou desconfiado. Cara, vai mentir pra outro, você não tem 13 anos nem a pau! Está extremamente bem escrita! Você assumiu aqui um estilo que eu admiro muito, usando pouquíssimos pontos, conectando as frases na raça. Além disso, a estrutura é impecável. E como já dito pelo Silva, o paralelo traçado entre Mendes e a história americana é digna de palmas aqui na frente do monitor. E isso que eu nem vi o filme, parabéns!1010101010[/quote']

 

Forast, tu já és de casa. Primeira coisa, já viu Beleza Americana? Se não, pegue tanto Estrada Para Perdição como o primeiro do Sam Mendes. Já serão heresias pagas. Eu vi De Volta Para o Futuro por tanto você pdeir, agora faça este favor por mim. 06 Tudo bem que a crítica tinha uns spoilers e perderá um pouco da graça, mas como há muitas metáforas, também no que concerne ao final, você provavelmente não terá perdido muita coisa. Quanto ao estilo, você que é o jornalista, eu que agradeço. E tenho 13 anos, sim, não sei porque você teima em duvidar. 06

 

Beleza Americana eu vi, e adoro. Estou esperando seu comentário sobre a terceira parte do De Volta Para o Futuro.03
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Cá estou eu, atrasado como sempre...mas cá estou. Li o texto do Silentio e só posso repetir o que disseram: é excelente. Nada mais justo que um filme como CANTANDO NA CHUVA (na minha opinião ele também é o topo do gênero e um dos melhores exemplares filmícos de todos os tempos), incontestável como é, receba um tratamento tão digno.

Parabéns J., ficou muito bom mesmo!

 

Agora vou ler a crítica do Sopinha...03
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Gostei muito do texto do Sopinha e é realmente admirável um rapaz de 13 anos ser assim tão bem articulado. Acho que eu era somente um menino chato quando tinha 13 anos (hoje sou um cara chato de 22 anos...pouca diferença! 06).

 

Sobre o filme, eu gosto muito de ESTRADA PARA PERDIÇÃO, me admira bastante o apuro técnico, o perfeccionismo de Mendes, a belíssima fotografia, a ambiguidade do personagem de Hanks. Acho o filme muito bom, sem ser genial, como é BELEZA AMERICANA. E aí reside um ponto que eu não compreendi: afinal de contas, o que prejudicou BELEZA AMERICANA? Otimismo, final feliz? Não entendi mesmo...

 

De qualquer maneira, parabéns ltrhpsm (Ctrl C + Ctrl V...06), gostei da estrutura, de pontuar os filmes de Mendes com a história recente/passada dos EUA.

 

E que venham mais bons textos! 01
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Filmaço. O engraçado é que ABSOLUTAMENTE o oposto de Beleza Americana, quadrado, burocrático e tradicional. No entanto, ainda muito bom. Um filme subestimado na minha opinião já que não se fala tanto dele assim e pouco esteve no Oscar (nem Filme nem Diretor foi indicado).

 

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Gostei muito do texto do Sopinha e é realmente admirável um rapaz de 13 anos ser assim tão bem articulado. Acho que eu era somente um menino chato quando tinha 13 anos (hoje sou um cara chato de 22 anos...pouca diferença! 06).

 

Sobre o filme' date=' eu gosto muito de ESTRADA PARA PERDIÇÃO, me admira bastante o apuro técnico, o perfeccionismo de Mendes, a belíssima fotografia, a ambiguidade do personagem de Hanks. Acho o filme muito bom, sem ser genial, como é BELEZA AMERICANA. E aí reside um ponto que eu não compreendi: afinal de contas, o que prejudicou BELEZA AMERICANA? Otimismo, final feliz? Não entendi mesmo...

 

De qualquer maneira, parabéns ltrhpsm (Ctrl C + Ctrl V...06), gostei da estrutura, de pontuar os filmes de Mendes com a história recente/passada dos EUA.

 

E que venham mais bons textos! 01
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SPOILERS sobre os dois filmes do Mendes!

 

Como você afirmou, Beleza Americana não é genial, mas é estimado como tal. Pode ser que não tenha absorvido o suficiente, pretendo revê-lo (para se ter uma idéia, achava Estrada Para Perdição apenas razoável antes da revisitada) – desculpa que muitas vezes vocês ver-me-ão utilizar. Quanto ao final, enquanto no Estrada Para Perdição, há uma certa relação de dependência entre Sullivan Jr. e Sullivan – daí a morte do pai teria um valor provável para ele, só que Mendes arrisca (e acerta) em colocar o filho como um observador dos fatos e não ver no pai um grande herói – em Beleza Americana, as lágrimas da Benning e a tristeza do final não me convenceram, o “balde” acabou sendo “chutado com um pé atrás”, se é que você entende-me.

 

* Obrigado pelos elogios. E você não é tão chato. 06 Mas que negócio é de Sopinha? Sopinha é o c******, meu nome é ltrhpsm, p***!! 06

 

* Se quiser debater sobre Beleza Americana, aguarde, vou criar um tópico para o Sam Mendes. 03
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Vou postar comentários para todos os filmes do Cineclube aqui. Já tem o de Estrada Para Perdição (óbvio) e A Última Tentação de Cristo. Mas não virá só a criticazinha do O Que Você Anda Vendo e Comentando?, acoplada, a minha opinião sobre a crítica do usuário especificado:

 

Amnésia – Dir.: Christopher Nolan

 

Concebido por gênios, Amnésia seria uma excelente estréia – e que muitos iriam querer – para um diretor de cinema. O filme ganha espaço em todos os campos: o roteiro dos irmãos Nolan, as atuações de Guy Pearce, Carrie-Anne Moss e Joe Pantoliano, a direção aceleradora, a trilha sonora única e controladora, a edição corroborando a qualidade do roteiro, etc.

 

Partindo d’uma trajetória simples, Christopher Nolan fez mais que uma revolução estética, contando sua historinha de trás para frente. Fez mais que um suspense revelador e borrifado, presenteando os cinéfilos por não revelar da maneira clara seu final. Nolan cria um estudo interessantíssimo sobre a mente humana, sobre os valores das nossas atitudes, sobre a vingança, sobre a moral e sobre a ética. Não cabe a mim a tarefa de interpretar e contar a verdadeira história, uma vez que é dever de cada um analisar o filme – e este nem é tão indecifrável assim, apenas não mostra a realidade da maneira mais simplória.

 

Amnésia envolve desde o começo e a sua edição, narrando um fato de certo dia, terminando no começo do dia seguinte – que já passara anteriormente – é perfeita, transportando a verdadeira sensação da amnésia instantânea. Os singulares hiatos de um dia para o outro na investigação de Leonard são preenchidos com uma conversa ao telefone e a narrativa de um outro caso de amnésia estudado pelo mesmo Leonard: o de Sammy. A regência de Nolan brinda, com seus cortes frenéticos e transgressão do colorido para o preto-e-branco, combinada com a atuação magnífica de Pearce. A verdade é que todos os fatos do filme fazem parte de uma complexa – e, curiosamente, “desprezível” – cadeia de eventos revelados, se não, pelas histórias paralelas, como as lembranças da mulher de Leonard e a própria história de Sammy – que nada mais era, se não, a história de Leonard.

 

Ao indagar e desafiar os espectadores da melhor maneira possível, quanto a quem é o verdadeiro culpado (seria o manipulador Teddy, aproveitando-se da situação, mas ao mesmo tempo, estimulando a vida do amigo? Seria o Leonard que mesmo sabendo da verdade, permaneceu em busca de sangue, colocando em jogo tantos outros John G.? Ou seriam todos, das pessoas que passavam ao seu redor – como a Natalie e o porteiro – aos dois amigos?), e fazer um belíssimo estudo das reações e dos sentimentos humanos vindos de uma mente “decaída”, colocando todas suas seqüências perfeitamente valorizáveis e integráveis às demais e não exagerando na revelação, Amnésia encaminha-se rumo ao topo dos melhores filmes desta década e faz de Nolan um cineasta criativo e engenhoso.

 

* Crítica didática do Silva, serviu como introdutória para os debates e análises, consttrução digna de palmas, pois eu nunca consigo falar de um filme sem spoilers e ele fez isto num longa em que, qualquer errinho, seria fatal para estragar um leitor desavisado. É a primeira dele que ue leio, afinal só faz críticas de filmes que não vi...

 

Fogo Contra Fogo - Dir.: Michael Mann

 

Michael Mann é um diretor fantástico; de todos os seus filmes, não há um ruim e todos contam com sau direção segura. Mas "Fogo Contra Fogo" é, disparado, o melhor de Mann.

Suas três horas de duração não incomodam um pouquinho sequer, afinal o diretor se sente à vontade nas (poucas) cenas de tiroteio e perseguições presentes. Mann não força a câmera e desenvolve suas personagens de modo natural (Neil McCauley, Vincent Hanna e Chris) de forma que sentimo-nos incomodados com os duelos entre eles, sem saber "por qual lado" optar. Enquanto isso, Robert DeNiro e Al Pacino chutam traseiros e os paus das barracas.

O roteiro começa vago e algumas personagens ficam em segundo plano, como a de Jon Voight, o que poderia ser um problema... Se não fosse um brinde: neste duelo entre Pacino/Hann e DeNiro/Mc Cauley pouco importam as histórias dos outros, tá certo. Além disso, o que podem soar à primeira vista como clichês (o love affair entre Eady e Mc Cauley / o policial dedicado) viram ouro nas mãos de Mann: o discurso de DeNiro sobre "largar em trinta segundos" não fica exaustivo e superficial, opositalmente, o caso romântico dá um ponto a mais para o filme.

Fora isso, o filme é foda. Ficamos aguardando o conflito com angústia e quando ele chega, surpresa, vamos tomar café. Edição no capricho, como manda as escrituras, os atos fluem divinamente, sem pesar nos nossos ombros. Agrada, também, no quesito policial: a "névoa" vai se dissipando e encantando, com mortes, planos de fuga etc. Só complica em certos momentos, porque fica difícil de acompanhar tamanha arquitetura de McCauley, com seus comparsas.

 

* Crítica politicamente correta do Garami, tem a introdução mini-histórica, mas deixada de lado para a análise de todos os detalhes do filme. Discordo da sua parte de "nem tudo são flores" (ou como seja), mas sua atitude de não fugir e treplicar com argumentos, durante a semana em que o filme esteve cartaz, valorizou seu trabalho, ainda que esteja diante da linda crítica de 2001: Uma Odisséia no Espaço.
ltrhpsm2006-11-25 02:26:40
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Vou postar comentários para todos os filmes do Cineclube aqui. Já tem o de Estrada Para Perdição (óbvio) e A Última Tentação de Cristo. Mas não virá só a criticazinha do O Que Você Anda Vendo e Comentando?' date=' acoplada, a minha opinião sobre a crítica do usuário especificado:

 

Amnésia – Dir.: Christopher Nolan

 

Concebido por gênios, Amnésia seria uma excelente estréia – e que muitos iriam querer – para um diretor de cinema. O filme ganha espaço em todos os campos: o roteiro dos irmãos Nolan, as atuações de Guy Pearce, Carrie-Anne Moss e Joe Pantoliano, a direção aceleradora, a trilha sonora única e controladora, a edição corroborando a qualidade do roteiro, etc.

 

Partindo d’uma trajetória simples, Christopher Nolan fez mais que uma revolução estética, contando sua historinha de trás para frente. Fez mais que um suspense revelador e borrifado, presenteando os cinéfilos por não revelar da maneira clara seu final. Nolan cria um estudo interessantíssimo sobre a mente humana, sobre os valores das nossas atitudes, sobre a vingança, sobre a moral e sobre a ética. Não cabe a mim a tarefa de interpretar e contar a verdadeira história, uma vez que é dever de cada um analisar o filme – e este nem é tão indecifrável assim, apenas não mostra a realidade da maneira mais simplória.

 

Amnésia envolve desde o começo e a sua edição, narrando um fato de certo dia, terminando no começo do dia seguinte – que já passara anteriormente – é perfeita, transportando a verdadeira sensação da amnésia instantânea. Os singulares hiatos de um dia para o outro na investigação de Leonard são preenchidos com uma conversa ao telefone e a narrativa de um outro caso de amnésia estudado pelo mesmo Leonard: o de Sammy. A regência de Nolan brinda, com seus cortes frenéticos e transgressão do colorido para o preto-e-branco, combinada com a atuação magnífica de Pearce. A verdade é que todos os fatos do filme fazem parte de uma complexa – e, curiosamente, “desprezível” – cadeia de eventos revelados, se não, pelas histórias paralelas, como as lembranças da mulher de Leonard e a própria história de Sammy – que nada mais era, se não, a história de Leonard.

 

Ao indagar e desafiar os espectadores da melhor maneira possível, quanto a quem é o verdadeiro culpado (seria o manipulador Teddy, aproveitando-se da situação, mas ao mesmo tempo, estimulando a vida do amigo? Seria o Leonard que mesmo sabendo da verdade, permaneceu em busca de sangue, colocando em jogo tantos outros John G.? Ou seriam todos, das pessoas que passavam ao seu redor – como a Natalie e o porteiro – aos dois amigos?), e fazer um belíssimo estudo das reações e dos sentimentos humanos vindos de uma mente “decaída”, colocando todas suas seqüências perfeitamente valorizáveis e integráveis às demais e não exagerando na revelação, Amnésia encaminha-se rumo ao topo dos melhores filmes desta década e faz de Nolan um cineasta criativo e engenhoso.

 

* Crítica didática do Silva, serviu como introdutória para os debates e análises, consttrução digna de palmas, pois eu nunca consigo falar de um filme sem spoilers e ele fez isto num longa em que, qualquer errinho, seria fatal para estragar um leitor desavisado. É a primeira dele que ue leio, afinal só faz críticas de filmes que não vi...

 
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Poxa, Brigado pelos elogios, Sopa (não adianta espernear, ninguém consegue acertar seu nick...06).  Você captou perfeitamente a minha intenção com a crítica e devo dizer que deu um trabalho do cão colocá - la do jeito que eu queria (pelos motivos que você citou) e, pelo visto, consegui o meu objetivo. Qualto ao fato dessa ser a primeira crítica minha que você lê: alguns que eu postei a crítica aqui são relativamente fácies de achar (Extermínio principalmente), então, vê se aluga mais filmes...06
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Gostei muito do texto do Sopinha e é realmente admirável um rapaz de 13 anos ser assim tão bem articulado. Acho que eu era somente um menino chato quando tinha 13 anos (hoje sou um cara chato de 22 anos...pouca diferença! 06).

 

Sobre o filme' date=' eu gosto muito de ESTRADA PARA PERDIÇÃO, me admira bastante o apuro técnico, o perfeccionismo de Mendes, a belíssima fotografia, a ambiguidade do personagem de Hanks. Acho o filme muito bom, sem ser genial, como é BELEZA AMERICANA. E aí reside um ponto que eu não compreendi: afinal de contas, o que prejudicou BELEZA AMERICANA? Otimismo, final feliz? Não entendi mesmo...

 

De qualquer maneira, parabéns ltrhpsm (Ctrl C + Ctrl V...06), gostei da estrutura, de pontuar os filmes de Mendes com a história recente/passada dos EUA.

 

E que venham mais bons textos! 01
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SPOILERS sobre os dois filmes do Mendes!

 

Como você afirmou, Beleza Americana não é genial, mas é estimado como tal. Pode ser que não tenha absorvido o suficiente, pretendo revê-lo (para se ter uma idéia, achava Estrada Para Perdição apenas razoável antes da revisitada) – desculpa que muitas vezes vocês ver-me-ão utilizar. Quanto ao final, enquanto no Estrada Para Perdição, há uma certa relação de dependência entre Sullivan Jr. e Sullivan – daí a morte do pai teria um valor provável para ele, só que Mendes arrisca (e acerta) em colocar o filho como um observador dos fatos e não ver no pai um grande herói – em Beleza Americana, as lágrimas da Benning e a tristeza do final não me convenceram, o “balde” acabou sendo “chutado com um pé atrás”, se é que você entende-me.

 

* Obrigado pelos elogios. E você não é tão chato. 06 Mas que negócio é de Sopinha? Sopinha é o c******, meu nome é ltrhpsm, p***!! 06

 

* Se quiser debater sobre Beleza Americana, aguarde, vou criar um tópico para o Sam Mendes. 03

 

ltrhpsm, acho que você não compreendeu...dá um relida no que eu postei. Eu quis dizer que ESTRADA não é genial, assim como BELEZA AMERICANA é. GENIAL. Eu acho ele genial em todos os aspectos, acerta em cheio nos pontos principais...e o final, bem, é a redenção, mostrada da maneira mais pura e sublime.

 

E se for criar o tópico, lembre de me avisar, porque eu sou péssimo nesse negócio de fuçar o Fórum! 06
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Que beleza esse texto do ltrhpsm (copiei e colei, viram?). Não sou bem um fã de críticas longas, prefiro as mais sintéticas. Mas essa do Estrada Para Perdição (filme que eu não aprecio muito) ficou excelente, de leitura agradável e quase totalmente limpa de aspas. Ótimo!

O uso de certas palavras nela indica que o ltrhpsm vem se aperfeiçoando, lendo muitas coisas que outros postam aqui e aprimorando seu próprio estilo. É muito bom esse gosto pelo aprendizado que ele tem.

O ltrhpsm vai longe.

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Caramba! quanto amor por beleza americana... realmente não entendi da onde veio todo esse amor...

 

Uai, do filme, ora essa...

Da fotografia perfeita, da trilha super bem colocada, das performances magistrais, da narração adequadíssima, do roteiro bem amarrado, da direção notável de Sam Mendes, da fluidez do filme, da cena final, da frase final...de tudo isso aí! 05
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Que beleza esse texto do ltrhpsm (copiei e colei' date=' viram?). Não sou bem um fã de críticas longas, prefiro as mais sintéticas. Mas essa do Estrada Para Perdição (filme que eu não aprecio muito) ficou excelente, de leitura agradável e quase totalmente limpa de aspas. Ótimo!

O uso de certas palavras nela indica que o ltrhpsm vem se aperfeiçoando, lendo muitas coisas que outros postam aqui e aprimorando seu próprio estilo. É muito bom esse gosto pelo aprendizado que ele tem.

O ltrhpsm vai longe.

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Gratíssimo, Alexei. Creio que você é o observador mais eficaz nas críticas. Notou minahs referências aos vocabulários, de uma maneira geral, aos comentários eficazes de usuários do fórum - e às próprias críticas do Cineclube.  Inclusive, foi graças a vocês, prezados que - modéstia dispensada - sou o que sou (e o que escrevo) hoje. E, por mais que pensem que foi apenas no campo do cinema que evoluí, não. Foi na minha consciência em geral. Agradeço a todos, apesar de meu desenvolviemnto não ter sido tão brusco como o do Forasteiro, ele também ocorreu graças à presença freqüente no Fórum Cinema em Cena.

 

Muita pena, sinto eu, pela interrupção do Cineclube - mas mereceis (e merecemos férias). Além do quê, o fechamento será com um filme belíssimo e extremamente agradável: Além da Linah Vermelha, do Mallick. Quem não viu, corra, por favor. O Nacka, coitado, merece. Veremos o que o Plutão Orco faz. Se possível, reassistirei ao filme daqui a algumas semanas.

 

Pergunta: quando a crítica será publicada e qual a especulação para o tempo de pausa, Nacka?
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Finalmente terei um motivo para assistir Além da Linha Vermelha! Eu tenho o DVD do filme na minha coleção deve fazer um ano 06, mas nunca o assisti - detesto³ filme de guerra, e só em pensar que ele tem quase 3 horas de filme dá um desânimo... 09 JeFFs2006-12-01 17:51:30
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