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Forum Cinema em Cena

O Cinéfilo


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Quem vc acha que vencerá o jogo,se tornando O Cinéfilo?  

  1. 1. Quem vc acha que vencerá o jogo,se tornando O Cinéfilo?

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    • Pra mim nenhum desses deveria nem estar nesse fórum
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    • Esse tópico vai ter o mesmo fim da Casa 2
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Fenda no Tempo / Dir: Tom Holland (Duração: 180 Minutos)

Eu vi esse. smiley4.gif

Apesar de algumas atuações bem fracas e de uns efeitos toscos é um filme que te mantém atento o tempo interiro. É criado um clima muito tenso no aeroporto enquanto SPOILER eles escutam o barulho dos Langoliers' date=' mas não tem nem idéia do que os espera.

[/quote']

Cara, aeroporto é um dos lugares mais legais pra se fazerem filmes de terror, não sei por que não exploram mais o lugar...hehe. Tem até um chamado "Vôo Noturno", o filme é fraco, mas só o fator de estar naquele aeroporto (e o excelente final) valem o filme.

É isso mesmo, concordo com tudo.
Imagine o drama de estar um aeroporto deserto?

"Os Langoliers estão chegando".

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Iiiii' date=' agora tu me assustou.

Ele ta escrito apenas como "The Night of the Living Dead" smiley5.gif Nem vale a pena cancelar agora, o tamanho dele é 700, 22 e já ta em 524, 74. Tomara que seja o ceto, mas se não for, essa versão que eu to baixando é ruim?

[/quote']

Na verdade não é ruim não. Ela é de 1990 e é uma refilmagem muito boa sim. No entanto, muitas coisas são diferentes das do clássico. Eu assisti primeiro a refilmagem e depois vi o original. A impressão do de 1968 foi ainda melhor pra ser sincero e o filme foi mais surpreendente (embora todos já saibamos o final, na época eu não sabia) smiley1.gif

Eu já gostei um pouco mais da versão de 1990, talvez por tê-la visto antes da original.

Olha o amigo Fapreve sumidão aí...   Rapaz, pirou? smiley1.gif O filme de Tom Savini não chega aos pés do de Romero em minha opinião. A versão de 1990 é muito boa e pra mim é superior a Madrugada dos Mortos, inclusive. Mas alguns aspectos da OP de Romero jamais serão superados pra mim.

Tensor, é muito importante que assista o filme não como um filme de zumbis somente (embora seja inigualável nesse aspecto também) . O filme tem uma proposta crítica muito interessante e que não deve passar desapercebida. smiley17.gif

 

Eu sei, Day of the Dead também tem. Não vejo a hora de assistir esse! smiley4.gif

Alias, alguém concorda comigo que o melhor estilo de filmes de terror são os que tratam sobre mortos vivos? Até os mais recentes (Madrugada, Terra e Exterminio) são excelentes!

Sim, eu concordo, embora os filmes que mais gosto de horror dos últimos anos sejam The Descent e The Devil's Rejects. Everybody loves Zombies!!!!!!!!!!!

A propósito, eu simplesmente sou alucinado por Extermínio, acho fantástico. smiley1.gif

Mr. Scofield2006-8-9 22:48:7

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Ainda sobre o assunto terror' date=' alguém já viu esses dois filmes:

Fenda no Tempo / Dir: Tom Holland (Duração: 180 Minutos)

Sinopse

Em um vôo rotineiro de Los Angeles para Boston algo extraordinário acontece, pois dez passageiros, que dormiam, ao acordarem constatam que são as únicas pessoas no avião. Brian Engle (David Morse), um dos passageiros, é um piloto que está acostumado em lidar com jatos, assim tenta levar a aeronave para algum lugar. Como não consegue se comunicar pelo rádio resolve ir para Bangor, Maine, onde o tráfego aéreo é menos intenso. Isto provoca a ira de Craig Toomy (Bronson Pinchot), um homem de negócios psicótico que tem uma importante reunião em Boston. Em Bangor o grupo vê um aeroporto vazio e nenhum sinal de vida, nem mesmo um eco, mas o pior ainda está por vir.

fenda-no-tempo05.jpg fenda-no-tempo02.jpg

E...

A Tempestade do Século / Dir: Craig R. Baxley (Duração: 260 Minutos)

Sinopse

Little Tall é uma pequena cidade que fica em uma ilha longe do continente e está prestes para receber uma violenta tempestade de neve. Paralelamente Andre Linoge (Colm Feore), um forasteiro bastante estranho, chega na pequena cidade e cria pânico e morte entre os moradores. Ele sabe tudo sobre todos e quando Linoge conta a verdade sobre um deles a pessoa nega tal afirmação. Mike Anderson (Timothy Dale), o policial da cidade, tenta manter cada um em alerta contra a forte tempestade e Linoge. O forasteiro, por sua vez, repete sem cessar "Dê-me o que quero e eu irei embora", sem explicar o significado exato destas palavras.

Cena_tempestade04.JPG Cena_tempestade02.jpg

Eu adoro ambos. Pra quem gosta do gênero, vale muito a pena.

[/quote']

Hummm..Stephen King em dose dupla. Gosto muito de Langoliers e discordo quanto ao elenco. Sempre gostei bastante do David Morse.

Tempestade do Século é realmente muito bom, pena ser pouco falado/conhecido.

 

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Prova enviada (é' date=' quase nem acredito nesse momento...smiley36.gif).[/quote']

Seu bocózão smiley36.gif, tu revelou a trama todinha de Memento (ao menos no seu ponto de vista) no seu comentário. Dica: não coloque spoilers gigantescos em uma crítica sem avisar de sua existência. Você pode ser linchado pelo pessoal que não viu o filme ou eliminado de competições por esclarecer vários pontos para os candidatos que têm alguma dúvida. Note que o prazo de entrega da prova ainda não acabou e você colocou sua inteligência a serviço dos adversários. smiley36.gifsmiley36.gifsmiley36.gif

 

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Prova enviada (é' date=' quase nem acredito nesse momento...smiley36.gif).[/quote']
Seu bocózão smiley36.gif, tu revelou a trama todinha de Memento (ao menos no seu ponto de vista) no seu comentário. Dica: não coloque spoilers gigantescos em uma crítica sem avisar de sua existência. Você pode ser linchado pelo pessoal que não viu o filme ou eliminado de competições por esclarecer vários pontos para os candidatos que têm alguma dúvida. Note que o prazo de entrega da prova ainda não acabou e você colocou sua inteligência a serviço dos adversários. smiley36.gifsmiley36.gifsmiley36.gif

Scofield, eu tive uma briguinha básica com um usuário no tópico do seriado 24 Horas por causa de spoilers (ele achava que a moderação deveria ser mais rígida em relação a isso e mandou um post malcriado, eu o respondi com a classe de sempre). Em relação à crítica do Forastes eu penso que ele não usou as informações do filme Memento como spoilers, pela forma como o filme foi descrito e como ele é apresentado de trás pra frente, (isso é um spoiler?) pouquíssima gente vai chiar. Acho bobagem essa história de spoiler... parece que temos sempre a obrigação de esquecer determinados detalhes do filme para poupar quem vai ler e muitas vezes nem vê o filme. Ele (Forasteiro) não é crítico de cinema que tem a obrigação de pensar nesses detalhes, coitado, no calor da hora, enquanto fazia a crítica e cumpria com o tempo exigido para a prova certamente tinha outras coisas em mente... Forastes por mim você está mais do que justificado e como já disse, sem querer desmerecer os demais... esse você já levou, mesmo que não ganhe oficialmente.

 

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PROVA 6

REDAÇÕES

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5 épocas, 5 idéias, 5 obras de arte
Por Jeffs.

 

Muito se fala de uma possível perda de qualidade sofrida pelas obras cinematográficas com o decorrer dos anos. Alguns afirmam que o cinema de algumas décadas atrás é infinitamente superior e mais rico em conteúdo; outros se agradam com o estado atual da arte e acham esse declínio inexistente. Ao assistir cinco filmes de cada década, a partir da de 60, é notório que o cinema se recicla e sempre apresenta obras que se sobressaem e permanecem vivas durante o tempo.

Começando por 1967, Mike Nichols dirige A Primeira Noite de um Homem, filme sobre um jovem recém-formado que sofre forte pressão dos seus pais e muda totalmente o seu modo de viver após a sua primeira noite de amor. Uma história extremamente light, divertida e sem nenhuma complexidade no seu desenvolvimento; é uma simples história de amor com pitadas de um humor nada forçado. Dustin Hoffman é alma do filme por criar um personagem verossímil e passar com grande naturalidade todos os conflitos internos que seu personagem, Benjamin Braddock, possui. No fim da exibição, me senti feliz por um filme tão despretensioso e simples como A Primeira Noite... tenha sobrevivido à “seleção natural” que ocorre no cinema.

Já na década seguinte, jaz um filme totalmente diferente quanto à proposta, estilo e ideologias do acima citado. Laranja Mecânica é sobre violência, mostrada claramente pela lente de Stanley Kubrick, que ainda aproveita o espaço para criticar o governo e a sociedade, tudo isso de uma forma bastante caricata e engraçada. Essa é uma história que se mostra bastante atual e faz o espectador refletir a cerca do que assisti, mas também é uma obra-prima pela brilhante direção do Kubrick, que dá ao filme autenticidade pelos elementos visuais empregados e trata de um assunto tão sério de forma singular.

Amadeus é o filme dos anos <?:NAMESPACE PREFIX = ST1 />80. A história de Mozart é contada por Salieri, o que faz o filme ser um enorme flashback, o qual é apenas interrompido pelos comentários do narrador. Vemos agora um cinema rico e luxuoso pelos figurinos e direção de arte, o que de imediato torna Amadeus um espetáculo visual. O filme mostra aonde um ser humano pode chegar por ser invejoso, a ponto de culpar Deus pelo o que sente. O diretor Milos Forman emprega perfeitamente sua trilha sonora e faz do filme tecnicamente perfeito.
Surge na década de 90 Quentin Tarantino, um diretor que já com seu terceiro trabalho realiza uma obra-prima do cinema recente e marca seu nome na sétima arte. A obra-prima é Pulp Fiction, revolucionário devido a sua narrativa não-linear. Como marca do diretor (que anos mais tarde usaria o mesmo recurso em Kill Bill), a narração convencional é deixada de lado e Tarantino prefere embaralhar as três histórias, tornando o resultado impactante devido à perfeição que esse “embaralho” é realizado. É um filme forte, com cenas de violência crua, mas também repletos dos diálogos “inúteis” que esse diretor sabe fazer. Excelente, pena ter entrado para o grupo dos injustiçados do Oscar.

Chegando na atual década, vemos Amnésia (o menos melhor dos cinco), que tratará de fazer a massa cinzenta do espectador trabalhar. Bastante complexo, o filme conta com uma edição diferenciada, pois organiza as cenas de modo que a história se apresente de trás pra frente. Com certeza é um elemento novo digno de admiração, não por somente confundir quem assisti, mas por dar ao filme uma atmosfera ideal para a conturbada história de Leonard Shelby, corretamente interpretado por Guy Pearce. E ao assistir o filme na ordem correta que os fatos acontecem, percebe-se que suas qualidades não residem somente à edição, pois o resultado continua bastante satisfatório (claro que perde o impacto, mas o roteiro é suficientemente bom para manter o filme interessante em todo tempo).

Mudanças acontecem em qualquer tipo de manifestação artística, porque mudanças sempre acontecerão com o ser humano. Cinco filmes com propostas diferentes, mas igualmente eficazes ao apresentá-las. Nota-se que os dois filmes mais recentes possuem um ótimo diferencial narrativo, mas que são empregados porque lhe cai bem devido sua história (por exemplo, não haveria sentido A Primeira Noite de um Homem possuir uma narração não-linear).
Em suma, são esses cinco bons exemplos que mostra que o cinema mantém-se uma boa arte com o passar dos anos, e que ótimos filmes sempre vão existir enquanto houverem brilhantes diretores, atores, roteiristas e novas idéias, independente de qual época estivermos
.

 

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PROVA 6

REDAÇÕES

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Admirável Cine Novo
Por Forasteiro

 

O cinema oscila, decai, ascende, se transforma. Mas acima de tudo, o cinema VIVE. Muito se fala sobre a extinção da pureza cristalina que intitulou tal arte como a “sétima”, mas a arte nunca desaparece. Assim como a língua, marcada pela revolução meteórica da internet, sempre encontra um jeito, uma brecha, uma lacuna por onde fluir. A arte é, antes de tudo, comunicação. A comunicação, fatalmente, segue um caminho de mutações. Pode não, literalmente, evoluir (segundo a maioria), mas deve se manter maleável o suficiente para não desaparecer com o contexto histórico no qual se inclui. E exatamente por isso, o cinema (a mais comunicativa das artes) não é e nem poderia ser o mesmo através de 40 longos anos.

 

Começando, então, há estes mesmos 40 anos atrás, temos The Graduate (que eu me recuso a chamar pela tradução), de Mike Nichols. A comédia romântica que fez o mundo descobrir Dustin Hoffman é de 67, época hippie, das grandes transformações nos valores morais. Desde os primeiros minutos do filme, na festa de formatura, somos apresentados a um Ben (Hoffman) pressionado pelo orgulho e pelos sonhos dos pais, que desejam realizar no futuro do filho o verdadeiro sonho americano. Através deste pano de fundo, uma complicada e deliciosamente divertida trama de relações vai se desenrolando. Quando Mrs. Robinson chega para alforriá-lo de seu destino já desenhado, Ben se vê mergulhar em uma relação de pura diversão e passatempo, até que Elaine, filha de Mrs. Robinson, entra na história e o deixa frente a uma caçada que só termina com a falência do moralismo imposto e rejeitado pelos dois, que partem juntos rumo à liberdade.

 

The Graduate não é nenhum filme brilhante, e nem tem esta pretensão, mas a forma como esta comédia romântica (gênero quase sinônimo de bomba) vai passando do humor refinado, da sutil crítica ao contexto da época, até um final feliz absolutamente oportuno, é algo mágico de se presenciar. Porém, esta evolução do filme não se dá de modo perfeito. Ele acaba, ainda que propositalmente, lento demais até os limites do início da busca épica de Ben por Elaine. Os primeiros trinta minutos, inclusive, podem fazer o espectador impaciente deixar a sessão. No entanto, você tem certeza de que The Graduate lhe compensou, quando os créditos sobem. E esta certeza é composta pelos dois principais fatores que elevam este filme: Dustin Hoffman e Simon & Grafunkel. O primeiro tem um de seus melhores momentos na carreira, interpretando, com trinta anos, um jovem de 21 (só pra ficar no detalhe). Sem falar na memorável cena que virou capa do filme. O segundo fator é a trilha sonora, composta por Simon & Grafunkel. Sound of Silence e, principalmente, Mrs. Robinson se tornaram clássicos inquestionáveis. E o melhor de tudo é que não há como separar as músicas do filme, nem vice-versa. Um está marcado pelo outro. The Graduate se consagra, assim, como um dos grandes clássicos do cinema, superando a forma despretensiosa (um mérito) com a qual foi filmado.

 

Avançando para a década de 70, vemos aquele que, para mim, foi o melhor dentre os cinco filmes: Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick (o diretor que virou subtítulo de suas obras). A maior dificuldade em falar sobre Laranja não é sua complexidade, sua filosofia e críticas, sua imensurável beleza plástica. É não cair em redundância, em quase risco de plágio. Se você quiser ser realmente original ao falar sobre o filme, fale mal. O problema vai ser de onde raios tirar argumentos. Nunca fui apaixonado por Laranja Mecânica. Não é o filme que eu quero rever a todo o momento. No entanto, suas qualidades são quase de caráter objetivo. Quase inegáveis (“quase” pra poder dizer que questioná-las com embasamento não é impossível, apesar de inacreditavelmente improvável).

 

Alex DeLarge é o líder de uma gangue inglesa num futuro (para os anos 70) próximo indefinido. Tudo que o move é, como diz na contracapa do DVD (começou a redundância...), “violência, violação e Beethoven”. Depois de uma traição, Alex é condenado a 14 anos de cárcere pelo Estado, que o leva para um tratamento experimental afim de “curar” sua violência, o reintegrando, desta forma, à sociedade. O que torna, à primeira vista, o fascínio arrebatador possível é o universo único de Laranja Mecânica. As cores, a música, o comportamento alienado de Alex e, principalmente, seu modo de falar (que rendeu bordões proliferados até hoje), fazem com que o mundo criado por Stanley Kubrick não exista (no melhor dos sentidos). O diretor consegue, ainda, invadir a mente conturbada de Alex com uma precisão e sensibilidade jamais vistas. Ele traduz para nós, espectadores recém chegados àquela maravilhosa dimensão paralela, exatamente o que Alex vê. Se Alex enxerga a beleza na violência, temos uma cena ao pôr do sol, na beira d’água, em câmera lenta, ao som de Beethoven, na qual Alex bate em dois de seus drugues. É lindo! Se ele se diverte, temos uma cena de espancamento na qual o mais raro humor negro floresce (Alex bate no escritor cantando Singing in the Rain). Se ele vê o sexo (no seu caso, estupro) como arte, assim a temos no spa da “mulher dos gatos”. Você não apenas acompanha a história de Alex, mas sim, é como se fosse o próprio! Exatamente esta maneira incomparável com a qual somos maravilhosamente manipulados, faz com que nunca mais apareça ninguém com a habilidade de Stanley Kubrick para lidar com imagens. E se aparecer, certamente não o reconheceremos, pois será algo fora da compreensão humana (assim como o próprio Kubrick já foi, e ainda é, pra muita gente).

 

Outro aspecto louvável <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" /><?:NAMESPACE PREFIX = ST1 />em Laranja Mecânica é a nossa relação com Alex DeLarge. Nós começamos o odiando, pela absurda crueldade com o mendigo e, principalmente, na casa do escritor. Conforme a evolução da história, vamos nos sensibilizando com ele, até que passamos a torcer para seu final feliz. O melhor de tudo, no entanto, é que Alex jamais deixa de ser o jovem maquiavélico que sempre foi. Portanto, não é porque Alex muda, que começamos a vê-lo de modo diferente. Quem muda somos nós! Dá, afinal, pra acreditar no absoluto poder que Kubrick mantém sobre seus espectadores?

 

Chegando enfim aos termos de crítica, desta vez com mais méritos para o escritor Anthony Burgess (autor do romance no qual o filme foi inspirado), Laranja Mecânica é uma ogiva nuclear, programada para explodir na mente dos que assim permitirem. Kubrick já havia falado sobre a humanização da máquina, que tal agora falar sobre a mecanização do homem? Mas não se iluda, na verdade você estará debatendo, daqui a mais 30 anos, qual de fato era o epicentro do filme. Maldade inerente ao ser humano, descaso do Governo em tratar o problema de forma “preguiçosa”, a violência (de Alex) gerando violência (da sociedade), manipulação, enfim... Laranja Mecânica permite à humanidade que aprenda com ele, como era o eterno objetivo do diretor. É intrigante, no entanto, que nem um gênio como Stanley Kubrick tenha conseguido tocar na consciência das pessoas. Mas é aquela coisa toda, homem inteligente, povo burro...

 

Seguindo através das décadas, chegamos à de 80. O ano, precisamente, é 84, e a obra de arte em questão é Amadeus, de Milos Forman. Amadeus narra, ou melhor, é narrado por Antônio Salieri, um compositor no fim da vida que, após uma tentativa frustrada de suicídio, é internado, e passa do pôr ao nascer do sol contando toda sua história a um padre, com o qual deveria se confessar. Salieri vivia apenas para a música, estudando de modo a compensar a ausência do talento divino que passava a vida buscando. Quando conhece Mozart, o verdadeiro gênio, fica estarrecido por não entender o porquê de Deus ter usado aquele garoto grosseiro e vulgar como seu “instrumento”, sua “voz”, como diria. A partir daí, passa a dedicar sua vida a atrapalhar Mozart, numa tentativa de se vingar de Deus.

 

Amadeus (nome do meio de Mozart, que significa “amado por Deus”) é grandioso, é melancólico, é emocionante, é... lindo. Salieri é composto por um misto de inveja e admiração, enquanto Mozart, de genialidade e imaturidade. Mozart vive em uma época que simplesmente não estava preparada para sua música, e acaba amaldiçoado por isso. Claro que faz sucesso, mas seu verdadeiro e extraordinário talento só é compreendido e sentido por Salieri, para a tristeza e ruína deste. F. Murray Abrahams, que interpreta Salieri, está perfeito. Toda a inveja e crescente amargura do personagem estão ali, no rosto de Murray, que brilha, por exemplo, ao demonstrar em uma cena como Salieri fica desajeitado quando Mozart parece melhorar infinitamente a sua música em segundos. Atuação excepcional também quando lê, em choque, as partituras de Mozart.

 

Quem interpreta Mozart, aliás, é Tom Hulce, que nunca esteve (e provavelmente não estará) tão bem em um papel. A gargalhada de Mozart, símbolo máximo de sua arrogância e presunção, acompanhará os traços faciais do ator eternamente. A transformação do personagem, inclusive, é o forte de sua interpretação. Do garoto que parecia rir de tudo, passando pela gradativa dificuldade financeira, e terminando com o fundo do poço, após a morte do pai. Sem dúvida uma imensa responsabilidade correspondida à altura.

 

Impressiona em Amadeus, também, a especial preocupação de Milos Forman ao retratar detalhadamente as grandes óperas. Em alguns momentos, no entanto, o diretor peca pelo excesso. Talvez ali esteja a maior parte dos 20 minutos extras que integram a versão do diretor. As óperas, quando tempo demais em cena, dão a impressão de que você está assistindo a um documentário. Obviamente, é tudo muito bonito, mas ou se filma uma ópera, ou se filma um documentário, ou, afinal, se filma um filme. As óperas NÃO são o centro da narrativa, esta posição é ocupada pela inveja sentida por Salieri em relação a Mozart, e o espectador não pode esquecer disso.

 

Outro detalhe negativo, a meu ver, é a estranha cautela de Forman ao “poupar-nos” (?!) de maiores cargas dramáticas. Como quando Mozart recebe a notícia da morte do pai, por exemplo, a cena está terminada. A reação de Mozart, o que seria mais interessante, não é mostrada. Será possível que Forman não confiasse o suficiente em seus atores? Quando Mozart pede perdão a Salieri, e este pronto para esboçar uma reação, a cena é cortada, e retornamos ao quarto com os dois já dormindo. Por quê? Está registrada a pergunta.

 

Fora estes meros detalhes (que fatalmente compõe a perfeição), Amadeus é uma obra fora de série, absolutamente digna de seus 8 Oscars, ou mais (levando em conta que Titanic ganhou 11...). Filmes sobre gênios problemáticos (que costumam ter o singular costume de irem do auge ao fundo do poço, sempre) têm a característica destrutiva de serem notoriamente piegas, chorosos e sensacionalistas. Amadeus triunfa supremo sobre as falhas de todos os outros, pairando acima do RESTO como uma obra glamourosa, descomunal. Milos Forman parece, aqui, ter sido abençoado pelo dom divino tão perseguido por Salieri. Não apenas montou o filme, mas o compôs. Notas por quadros e compassos, resultando uma melodia embriagante materializada na tela. Amém!

 

Exatamente dez anos depois de lançada a obra-prima de Milos Forman, Quentin Tarantino tem a chance de exibir a sua. Pulp Fiction é, dentre os cinco, o que eu mais gostei. O filme engloba três histórias diferentes, além de uma introdução. Conta, no elenco, com Samuel L. Jackson, John Travolta, Uma Thurman, Cristopher Walken, Harvey Keitel, Bruce Willis e o próprio Tarantino. Sinopse do filme? Não dessa vez, my friend. Basta dizer que em uma história dois mafiosos fazem uma cobrança, na outra um mafioso leva a mulher do chefe pra jantar, e em outra um pugilista faz de tudo pra recuperar o relógio do seu pai. E isso é tudo. A maneira como Tarantino dispõem os contos na tela é que é sensacional. Utilizando-se de uma montagem não-linear (eita termo mais gasto...), o diretor brinca com o espectador (chega a ressuscitar um personagem em dado momento), apresentando as histórias fora da linha cronológica, e mesmo assim, conseguindo com que não nos percamos nunca. Pulp Fiction é imperecível, pois você estará sempre querendo reassistí-lo. Ele se fragmenta na sua cabeça. Cada cena relembrada e remontada é clássica. É pra ter o DVD no drive e assistir uma cena ou outra sempre que sobrar um tempinho. Acredite, você ainda vai fazer isso, ou no mínimo, sentirá vontade.

Mas Pulp Fiction torna-se especial mesmo pelo extremo senso de humor negro de um Tarantino inspiradíssimo. O filme poderia estar na prateleira de comédias sem medo. Enumerando algumas cenas (só pra ficar nas extremamente hilariantes): 1-Vincent Vega (Travolta) vira-se para conversar com um rapaz que ele e Jules (Jackson­) mantém prisioneiro, no banco de trás do carro. Vincent conversa com ele normalmente, quando o inesperado acontece: sua arma dispara sem querer, e acerta a cabeça do jovem, o matando. A reação de Vincent e Jules é engraçadíssima. Quando a câmera mostra Jules de lado, dá pra ver pedaços do cérebro do cara pendurados no seu cabelo. 2-Quando Butch (Bruce Willis) volta para casa pra pegar o relógio do seu pai, somos surpreendidos por não ter ninguém o esperando (principalmente depois de ouvirmos as ordens de Marcellus). Então Butch vê uma metralhadora em cima do balcão da cozinha, quando aquele que o estava esperando para matá-lo dá a descarga e sai de um banheiro. 3-Butch escolhendo a arma com a qual mataria o dono da loja. Ele pega uma, e depois percebe que tem outra melhor. Vai trocando até achar sua preferida.

E é nessa linha inteligente e em total descaso com o “politicamente correto”, que Pulp Fiction segue com um brilho notável até o final (ou começo, graças
à dita montagem). Tudo parece muito simples no filme: três histórias sobre três dias de três diferentes personagens em foco. Mas quem mandou Tarantino ser um gênio? Além de borrifar no filme sua essência milagrosa de humor, e contá-lo da forma mais particular possível, ele ainda consegue dar um ar reflexivo ao seu final. É uma cerejinha no bolo, mas que leva tempo para ser digerida. Assim é Pulp Fiction, pra mim o melhor filme desta década de 90, que não ganhou o Oscar por capricho...

Desembarcando, finalmente, na nossa década, temos Memento (que, por acaso, também me recuso a chamar pela tradução), do diretor Cristopher Nolan. Memento não é só mais um daqueles filmes diferentões, bizarros, que volta e meia aparecem pra abocanhar meia dúzia de prêmios e ganhar aura cult. Memento é o melhor deles. Logo somos apresentados a Leonard Shelby (Guy Pierce), um homem com uma doença (não é amnésia) que não lhe permite gravar mais de 15 minutos de acontecimentos na sua memória, habitada apenas por lembranças anteriores ao acidente: Leonard (ou Lenny, como também é chamado) ficou com este problema depois que se machucou quando um homem conhecido apenas como John G. invadiu sua casa, e praticou estupro seguido de assassinato em sua esposa. Desde então (nem se sabe há quanto tempo foi), ele segue em busca deste homem, para matá-lo, tatuando as pistas de sua investigação no próprio corpo. Ainda estão na história a garçonete Natalie (Carrie Anne-Moss) e o ambíguo Teddy (Joe Pantoliano), personagens cujas intenções o espectador desconhece.

Em primeiro lugar, é necessário falar da característica mais marcante de Memento: sua montagem inversa, “de trás pra frente”. Engana-se quem pensa que é um mero capricho do diretor. Com a história contada desta forma, nós conseguimos entender completamente a situação de Lenny. Dentro do filme, nós temos o mesmo problema do personagem. O mérito, no entanto, reside no fato de que esta “confusão” não permanece para o espectador. Ao final do filme, começo da história, estamos completamente situados sobre o que de fato aconteceu. Pode até demorar, mas você vai entender tudo que aconteceu quando se desprender do efeito “Lenny”, causado pela montagem. E até para não correr o risco de fazer um filme à primeira vista sem nexo, Nolan opta por contar uma parte da história em paralelo com a outra, que pode ser reconhecida por estar em preto e branco. O resultado de tudo é simplesmente fantástico!

Além do que já estava ótimo, questões interessantes são levantadas pelo roteiro. Lenny, em certo momento, é questionado sobre valer mesmo a pena se vingar, já que ele não lembraria de nada depois. Ao final do filme, é dada a resposta: Lenny nunca precisou da vingança. Aliás, ela acabaria o matando. Do que ele precisava realmente era BUSCAR a vingança, viver em função dela. Como sua última lembrança havia sido de momentos depois do “acidente”, ele vivia com a eterna dor da perda de sua mulher. Assim sendo, não poderia viver se descobrisse, a cada 15 minutos, que sua mulher havia morrido e que o homem que a matou já não vivia mais. Lenny não suportaria, pois não teria mais uma razão de vida, o que acabaria lhe levando ao manicômio, assim como Sammy. Lenny vivia sob a mentira, era sua única salvação. O que acaba deixando em aberto o que acontece com ele depois do final da história (começo do filme), quando mata seu protetor.

 

Memento é um representante do gênero policial de primeiro time. Imperdível, mais que recomendado. Apenas a possibilidade de um filme contado de trás pra frente, com um final que todo mundo já sabe, ter a tensão dramática ascendente já é algo fora do comum. Na verdade, esta frase deveria estar na capa do filme. Somos desafiados a NÃO nos emocionarmos, não nos envolvermos, não sentarmos na ponta do sofá. E o que é mais maravilhoso, temos o imenso prazer de falharmos miseravelmente.

 

Fora Laranja Mecânica, que eu já assistira (mas não todo) no SBT, os outros quatro filmes foram (grata) novidade pra mim. Posso dizer que o simples fato de minha busca épica por Amadeus ter valido a pena já traduz o significado da experiência. Infelizmente, não gostei tanto do The Graduate como dos outros, mas sem dúvida é um filme que vale 2 horinhas da sua vida. Acima de tudo, porque finalmente posso dizer que vi um filme da década de 60! Quanto a Laranja Mecânica, posso dizer que subiu como foguete no meu conceito. É diferente você, em primeiro lugar, assistir um filme até o último minuto, e sem ser de madrugada, com atenção redobrada por ter sua opinião avaliada posteriormente. E quando digo que Amadeus valeu a pena, o tempo (não) perdido, e a gasolina gasta, podem ter certeza de que falo literalmente. Me apaixonei pelo filme! Eu tinha muito medo de que fosse uma biografia chata, forçadamente triste, mas graças a Deus me enganei. Cheguei, inclusive, a ter minha curiosidade por música clássica despertada. Possivelmente, um efeito natural provocado por Amadeus. Sobre Pulp fiction, nem sei se tem muito que falar. Ah sim, COMO O TENSOR TINHA RAZÃO! Uma das coisas mais hilárias, impactantes e bem construídas que eu já vi. É uma pena o Tarantino gostar tanto de férias. Já em Memento, me surpreendi. Em primeiro lugar, porque eu realmente não sabia que se tratava de um filme de trás pra frente. Fui descobrir isso o assistindo. E em segundo lugar, não entendo porque raios nunca tinha ouvido falar dele antes. Não conhecia, não tinha noção, não habitava meu vasto trigal de ignorância. Exatamente por isso, pelo fato de não existir expectativa, é que talvez ele tenha me agradado quase tanto como Pulp.

 

Depois desse túnel do tempo, e de ter certeza de que nunca mais vou ver o cinema da mesma forma, me sinto leve e seguro para afirmar que ele vai muito bem, obrigado. Afinal, se evoluiu tão bem de 60 até 00 (com um filme que eu nem conhecia), não é agora que vai desaparecer (“cinema” no sentido puro da palavra). Claro que o objetivo pelo retorno financeiro cada vez maior parece se sobrepor ao ideal de pura arte, cultivado pelos mestres. Mas não podemos nos render a grotesca hipocrisia da afirmação “antigamente não era assim”. Se o cinema se desenvolveu, foi nos alicerces da indústria, do lucro. Já atrapalhou? Sem dúvida! Titanic, um filme comum que impressiona pela produção colossal, é um dos exemplos. A propósito, diz-se que o navio só afundou por causa da quantidade absurda de clichês. Tendo isso em vista, sabendo que Laranja Mecânica foi feito com ínfimos dois milhões de dólares, faz brotar na gente uma certa reflexão. Filmes ruins sempre existiram. Não lembramos deles porque nada fizeram para que fossem lembrados. Alguém vai se lembrar de Boat Trip daqui a 30 anos? Fora o Garami, muito provavelmente ninguém. Portanto, fiquem tranqüilos caros cinéfilos, a década de vocês não está amaldiçoada. Se apenas Laranjas e Odisséias fossem feitos nesta, levando em consideração o público para recebê-los, estou certo de que nenhum estúdio sobreviveria para a década seguinte. Atrocidades fétidas sustentam obras de arte? Na maioria, sim. Basta que a platéia descerebrada, com dinheiro pra gastar no cinema, sai da caverna.

 

 

1- Os pais de Benjamin representavam o núcleo familiar defensivo. Nutriam o sonho americano para seu filho, que queriam ver formado, com uma carreira profissional encaminhada, e um casamento solidificado pela reputação de ambas as famílias. Ben, asfixiado pelo sistema no qual seu futuro fora pré-programado, se mantém numa posição impotente diante do que o rodeia. Entretanto, Sra. Robinson INVADE a vida de Ben para libertá-lo, para tirá-lo da diretriz. Sra. Robinson acaba exercendo, e gerando, um efeito anárquico na vida do jovem rapaz. Já Elaine entra na história como uma representação da utopia, perseguida exaustivamente por Benjamin. Porém, a própria Elaine sofria pelas imposições de seus pais. Ao final do filme, ela é quem está materializando o sonho americano, e vê através da janela o Benjamin, que era a sua utopia. O fato de os dois fugirem logo depois, encerra a narrativa com a rebeldia vencendo o regime familiar. Afinal, um resumo da transição que acontecia na época.

 

         
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PROVA 6

REDAÇÕES

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O fluir das décadas
Por Garami


O cinema, com o passar dos tempos, altera suas concepções, formas e estilos, porém, não torna suas concepões, formas e estilos antigos obsoletos. Ao observar as décadas passadas, podemos constatar o brilhantismo, a versatilidade e a criatividade dos filmes já considerados antigos: eram épocas nas quais os roteiros inteligentes, direções firmes e atuações vigorosas faziam frente à falta de recursos. Portanto, ao estabelecer um paralelo entre os filmes “A Primeira Noite de um Homem”, “Laranja Mecânica”, “Amadeus”, “Pulp Fiction” e “Amnésia”, pude perceber que o fato de “um ser mais atual do que o outro” acaba por não ser imperativo algum, uma vez que, em minha total opinião, por melhor que seja “Amnésia”, ele não conseguiu ter o mesmo significado para mim do que tem Laranja Mecânica, por exemplo. Independente da época em que são feitos, os maiores trunfos que um filme pode ter é “tocar o espectador” e levá-lo a pensar.  


    Dessa forma, digo que os cinco filmes  (dos quais eu já havia assistido a três) passaram a ter um peso bastante significativo em minha trajetória como amante da sétima arte. Cada um desses filmes passa, eficazmente, uma mensagem para seu público. Uma mensagem forte e atual, o que nos faz perceber que mesmo um filme da década de 60, como “A Primeira Noite de um Homem” pode nos transmitir, assim como bons momentos de diversão, uma bela mensagem. Uma mensagem que certamente foi bastante útil para a geração que viu esse filme “nascer” e que também nos serve hoje.


    O que podemos dizer, então, sobre a evolução do cinema? Ele certamente passou por diversas mudanças no quesito “longa-metragens” desde 1915 (quando Griffith lançou seu controverso “O Nascimento de uma Nação”), entretanto, o fato de estar em constante evolução não anula obras passadas, até mesmo tornando-as necessárias e elucidativas. Mas, se nos focarmos a partir da década de 60 para cá, além das óbvias evoluções na questão “imagem-áudio”, podemos perceber que o cinema continua sabendo como “balancear-se” entre seus diversos gêneros. A comédia romântica otimista que é “A Primeira Noite de um Homem” não foi substituída pelo realista “Laranja Mecânica”, nem pelo triste “Amadeus” ou pelo violento “Pulp Fiction” e tampouco pelo inovador “Amnésia”. Até poderia-se dizer que, ao vislumbrar esses filmes, o cinema tornou-se pessimista, saindo de “A Primeira Noite...”, que é uma história bonita sobre um rapaz correndo atrás de sua independência e de seu amor até chegar à “Amnésia”, que é um filme perturbador e sufocante. Não é que faltasse “coragem” para os cineastas de antigamente criarem filmes mais “frios” e “pesados”. É uma questão, principalmente, cultural. O tempo, em si, influencia muito as obras. É compreensível, portanto, que na década de 90, onde viu-se um aumento assustador na criminalidade, se criasse um filme como Pulp Fiction, que mostra gângsteres sujos matando por pouco. Interessante observar, também, que o mundo vinha encarando doses moderadas dessa violência na década de 70, quando Stanley Kubrick lançou o fantástico “Laranja Mecânica” que, a partir da violência vista naquela época, cria uma “previsão” sobre como estaria o mundo em um futuro próximo.  Tudo acaba dependendo de como o mundo se encontra, das experiências, das recordações e das esperanças de uma era. 


    Portanto, tais filmes, mesmo sendo de épocas diferentes, possuem a propriedade de nos tocar. Esse toque pode ser suave, como o de “A Primeira Noite...”, pode ser violento como o de “Laranja Mecânica”, introspectivo como o de “Amadeus”, abrupto como o de “Pulp Fiction” ou angustiante como o de “Amnésia”. Mas, independente da forma como nos toca, o importante é que o filme nos toca, nos traz algo e nos faz perceber todo o esforço que toda uma equipe concentra  para poder causar tais impressões. A cada ano, a cada década e mesmo após a transição de um século para outro, o cinema prova que é uma arte e, assim como toda arte, pode mudar suas formas sem, necessariamente, perder o impacto, a eloqüência, a personalidade e a beleza.

 

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QUESTIONÁRIO

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Resposta para o questionário proposto (as questões encontram-se na página 104).

 

Jeffs:

1- Sr. e Sra. Robinson não se amam e mantém-se casados apenas por um determinado motivo, o que faz a Sra. Robinson não evitar em ter um caso com Ben. Ainda no aspecto familiar, vemos que Elaine chega a se casar com um outro rapaz (o que ela não amava) devido a pressão que a mesma sofria dos pais.

2- D
3- C
4- B
5- A
6- C
7- B
8- C
9- C
10- E
11- A
12- F
(por que se ele não saísse com ela, todos os Robinson iriam na casa de Benjamin)
13- D
14- A
15- F (
Porque Ben disse para Elaine no primeiro encontro dos dois que estava saindo com uma mulher casada, que tinha filhos, mas não contou que era a sua mãe)
16- B
17- E
18- C
19- B

20- Uma “reviravolta” geralmente tão clichê, tornou-se aqui um final super maneiro e uma cena hilária, principalmente pelo modo que as coisas aconteceram. Ben, após descer a escada que dava pra janela, bate em Mr. Robinson e nos outros homens que o impede de fugir com Elaine, enquanto esta toma uma posição decidida quanto ao seu destino, ao falar com sua mãe. Mais engraçado ainda é Ben prender todos dentro da igreja ao trancar a porta com uma cruz que estava pendurada na parede (só de lembrar dá vontade de rir). Justamente nesse instante, o casal embarca, feliz, num ônibus público, o que, obviamente, desperta a atenção dos passageiros pela euforia e o traje dos dois (ela de vestido de noiva e ele de roupa comum). Sorriem, e dado conta do que acabaram de fazer, relaxam e seguem viagem, despreocupados, pois estarão longe das pressões e conflitos que tinham vividos até o momento.


21- Vemos em L.A. situações que hoje estão presente em nossa sociedade. A violência hoje tornou-se algo banal, comum, e em muitos casos, vemos uma violência desnecessária e cruel, sem nenhuma justificativa, como é o caso de Alex. Outra similariedade é a cara-de-pau (essa é a palavra) do governo em ir contra dogmas da sociedade para satisfazer seus interesses (principalmente em época de eleição, como também é visto no filme).
22- C
23- D
24- D
25- C
26- C
27- A
28- F (
Alex teria um emprego, um bom salário, o escritor que queria a sua morte estava preso e ainda poderia praticar maldade)
29- D
30- A
31- B
32- F (meia barra de chocolate)
33- B
34- F (II, III, IV)
35- D
36- C
37- D
38- D
39- E

40- Alex quis dizer que tinha deixado de ser uma laranja mecânica; voltou a ter livre-arbítrio, o que para ele significava praticar a boa ultraviolência e o velho entra e sai.

No hospital, após acordar, Alex diz à enfermeira que durante seu sono teve a impressão de terem mexido em sua cabeça, o que nos faz pensar que era possível “desfazer” o tratamento o qual tinha se submetido. Em seguida, Alex recebe a visita do ministro, o qual oferece emprego, salário, e diz, nas entrelinhas, que poderia praticar maldade. Para firmar essa cura, ele traz para Alex grandes caixas de som onde se ouve a 9ª sinfonia, e o rapaz não sente nenhum enjôo. Além disso, ele se imagina fazendo o que não poderia fazer enquanto estava sobre o efeito de cura.

41- Salieri possuia necessidade de ser reconhecido pelo seu trabalho. Já velho, diz ele querer ser imortal, ou seja, ter suas composições lembradas durante o passar dos tempos, como é com Mozart; queria ser vangloriado. Era completamente invejoso quanto a Mozart, e vemos que não deixava nada atrapalhar seus interesses, uma vez que ele acaba gradatrivamente com seu rival durante o decorrer do filme. Amava a música com toda a sua alma, ficando feliz até quando o seu pai morreu, pois assim poderia progedir musicalmente. Aproveitador e egocêntrico, Antonio Salieri era religioso, mas se rebela contra Deus devido a genialidade de Mozart. Um velho rabugente, cheio de remórcios, "o campeão da mediocridade".

42- A
43- E
44- C
45- A
46- E
47- B
48- C
49- A
50- A
51- A
52- D
53- C
54- A
55- F (Solta um pum e começa a rir)
56- B
57- C
58- B
59- D
60- Mozart já está completamente fraco e não consegue nem escrever devido ao seu estado. Salieri, para conseguir o Réquiem imediatemente, se prontifica a ajudá-lo a terminar. Mozart compõe mentalmente as canções e cita as notas, tempo e compasse para Salieri, que vai escrevendo no papel e vemos que este não consegue acompanhar o pensamento de Amadeus em alguns momentos,  chagando a se confundir com a partitura (nota-se aí algo que durante todo o filme é mostrado: Mozart é superior a Salieri). A fotogtafia dessa sequência é belíssima, pois dá um ar obscuro ideal à cena, já que Mozart está prestes a morrer.
61- Continuaria sendo bom, mas com certeza perderia o impacto. Essa edição não confundi o espectador, mas dá uma atmosfera ideal para a história se tornar ainda mais genial. Ao empregar essa narrativa, o filme nos surpreende em diversos momentos e agiliza a história, tornando-a sempre interessante, já que é criado uma espectativa.
62- B
63- C
64- D
65- B
66- B
67- E
68- D
69- B
70- E
71- D
72- F (Wilson)
73- D
74- C
75- C
76- E
77- B
78- E
79- A
80- Sim. Ele, mais tarde, diz a Vincent Vega que sentiu a mão de Deus naquele momento e que não havia sido apenas sorte. Após esse fato, Jules diz que largará a vida do crime, devido ao que Deus fez com ele.
81- Teddy, por ser o assassino que Leonard procura, aproveita da deficiencia dele para que esse jamais possa descobrir a verdade sobre o crime. Teddy não sente nenhum interesse na amizade de Leonard; Teddy apenas faz proveito do problema de Leonard. Já Leonard também não confia em Teddy, uma vez que ele escreve em sua foto para não confiar nas mentiras dele.
82- B
83- A
84- B
85- C
86- E
87- A
88- A
89- A
90- D
91- B
92- B
93- B
94- C
95- C
96- F (Após assassinar Jimmy, Lenny se veste com a roupa do mesmo e passa a usar seu carro. Em um bolso da roupa, há um recado escrito num objeto do bar que dizia para encontrar Natalie. Lenny vai até esse bar, onde Natalie trabalha)
97- A
98- A
99- B
100- Leonard diz que não é diferente de ninguém, que assim como ele precisa olhar suas anotações, as outros pessoas precisam se olhar no espelho para lembrarem como são. De certa forma, ele está correto. Até mesmo um investigador ao investigar um crime necessita de anotações, precisa por seus descobertas em um papel. Leonard não faz diferente, apenas tatua em seu corpo as informações mais importantes e que o faz lembrar do que aconteceu com sua esposa.

.

 

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Prova enviada (é' date=' quase nem acredito nesse momento...smiley36.gif).[/quote']

Seu bocózão smiley36.gif, tu revelou a trama todinha de Memento (ao menos no seu ponto de vista) no seu comentário. Dica: não coloque spoilers gigantescos em uma crítica sem avisar de sua existência. Você pode ser linchado pelo pessoal que não viu o filme ou eliminado de competições por esclarecer vários pontos para os candidatos que têm alguma dúvida. Note que o prazo de entrega da prova ainda não acabou e você colocou sua inteligência a serviço dos adversários. smiley36.gifsmiley36.gifsmiley36.gif

Scofield, eu tive uma briguinha básica com um usuário no tópico do seriado 24 Horas por causa de spoilers (ele achava que a moderação deveria ser mais rígida em relação a isso e mandou um post malcriado, eu o respondi com a classe de sempre). Em relação à crítica do Forastes eu penso que ele não usou as informações do filme Memento como spoilers, pela forma como o filme foi descrito e como ele é apresentado de trás pra frente, (isso é um spoiler?) pouquíssima gente vai chiar. Acho bobagem essa história de spoiler... parece que temos sempre a obrigação de esquecer determinados detalhes do filme para poupar quem vai ler e muitas vezes nem vê o filme. Ele (Forasteiro) não é crítico de cinema que tem a obrigação de pensar nesses detalhes, coitado, no calor da hora, enquanto fazia a crítica e cumpria com o tempo exigido para a prova certamente tinha outras coisas em mente... Forastes por mim você está mais do que justificado e como já disse, sem querer desmerecer os demais... esse você já levou, mesmo que não ganhe oficialmente.

 

Nacka, não estou cobrando nenhuma atitude da moderação, e nem acho que ele deve omitir detalhes da crítica, mas acho que colocar a palavrinha Spoiler é questão não de punição alguma por parte da moderação, mas pessoal dele importar-se com quem lê, advertir o leitor apenas.

 

O Foras está participando de uma competição e como você tem notado, venho dando algumas sugestões ao pessoal do jogo o tempo inteiro (não sei nada de cinema, mas coloco minhas percepções sobre as coisas...sei lá se são pertinentes, mas é uma tentativa de contribuição para alguma coisa). Esse pode ser um motivo pela qual uma ótima crítica como a dele pode ser odiada por alguns.

 

Pessoalmente não me importo com spoilers também, mas existe quem se importe e em um fórum de cinema, em um tópico como O Que Você anda Vendo (onde tiro várias sugestões por parte dos usuários e acredito que muitos façam o mesmo), com  críticas tão boas quanto as que o Foras fez (e vem fazendo), com certeza várias pessoas lerão e comentarão. Se deparar com spoilers sem ser avisados pode ser uma experiência bem desagradável para alguns. Acredite...faço parte de algumas listas de discussão e o pessoal costuma pirar literalmente com isso (também acho besteira, acredite, mas...). Não é que ele TEM que fazer isso, mas acho que seria de bom senso fazer.

 

Foi uma sugestão, aliás, mesmo uma brincadeira..quando falei que ele poderia ser eliminado da competição, não é pela qualidade (inquestionável pra mim) da crítica, mas por esclarecer pontos que poderiam prejudicá-lo por deixar os outros competidores verem suas idéias e inferências muito pertinentes. O seu diferencial poderia simplesmente desaparecer por descuido. Quis advertí-lo do risco.

 

Segue o que considero spoiler, aqui está...

 

"Ao final do

filme, é dada a resposta: Lenny nunca precisou da vingança. Aliás, ela

acabaria o matando. Do que ele precisava realmente era buscar a

vingança, viver em função dela. Como sua última lembrança fora de

momentos depois do “acidente”, ele vivia com a eterna dor da perda de

sua mulher. Assim sendo, não poderia viver se descobrisse, a cada 15

minutos, que sua mulher havia morrido e que o homem que a matou já não

vivia mais. Lenny não suportaria, pois não teria mais uma razão de

vida, o que acabaria lhe levando ao manicômio, assim como Sammy. Lenny

vivia sob a mentira, era sua única salvação. O que acaba deixando em

aberto o que acontece com Lenny depois do final da história (começo do

filme), quando mata seu protetor."

Mr. Scofield2006-8-10 12:51:37

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PROVA 6

QUESTIONÁRIO

<?:NAMESPACE PREFIX = O /><?:NAMESPACE PREFIX = O /><?:NAMESPACE PREFIX = O /><?:NAMESPACE PREFIX = O />

Resposta para o questionário proposto (as questões encontram-se na página 104).

 

Forasteiro:

1- Os pais de Benjamin representavam o núcleo familiar defensivo. Nutriam o sonho americano para seu filho, que queriam ver formado, com uma carreira profissional encaminhada, e um casamento solidificado pela reputação de ambas as famílias. Ben, asfixiado pelo sistema no qual seu futuro fora pré-programado, se mantém numa posição impotente diante do que o rodeia. Entretanto, Sra. Robinson INVADE a vida de Ben para libertá-lo, para tirá-lo da diretriz. Sra. Robinson acaba exercendo, e gerando, um efeito anárquico na vida do jovem rapaz. Já Elaine entra na história como uma representação da utopia, perseguida exaustivamente por Benjamin. Porém, a própria Elaine sofria pelas imposições de seus pais. Ao final do filme, ela é quem está materializando o sonho americano, e vê através da janela o Benjamin, que era a sua utopia. O fato de os dois fugirem logo depois, encerra a narrativa com a rebeldia vencendo o regime familiar. Afinal, um resumo da transição que acontecia na época.

 

2-D

3-C

4-B

5-D

6-C

7-B

8-E

9-C

10-E

11-A

12-C

13-B

14-A

15-E

16-B

17-E

18-D

19-B

20- Um era a utopia e, principalmente, a liberdade do outro. Quando finalmente ficam juntos, estão sentados de costas para a estrada, enquanto vão na direção oposta da que podemos ver pela janela (tudo em conjunto com as expressões nos rostos de Elaine e Ben). É uma clara representação do que, afinal, haviam conquistado: a liberdade. Todo aquele universo pré-definido no qual viviam estava sendo deixado para trás. Enfim, estavam livres de toda a pressão de seus pais, que tomavam decisões em razão do futuro, enquanto Ben e Elaine, do presente. A “paixão”, representada pelos dois, acaba por sobrepujar a “razão”, representada por seus pais. Eles foram contra os valores da época, e acabaram os driblando, condizendo com o contexto social no qual mundo vivia. Uma era de transformações, de revoluções nos valores moralistas cultivados por décadas.

 

21-Kubrick retratou, em seu filme de 71, um futuro no qual a liberdade sexual era muito grande. O spa da “mulher dos gatos”, onde o sexo se transformava em arte (neste caso, simbolizando a beleza que Alex via no “in-out-in-out”) é um exemplo disso. Impressiona também as linhas do Durango 95, que condizem em um nível altíssimo de detalhes com os superesportivos reais da última década do século: o formato de cunha, ângulos arredondados, design agressivo <?:NAMESPACE PREFIX = ST1 />em flecha. Absolutamente diferente dos esportivos da década de 70. Ainda no campo do design, Kubrick acerta nos interiores coloridos (paredes de cores diferentes, como os cenários das novelas globais). Errou apenas o detalhe de não serem quadriculados. Há também o comportamento do Governo, manipulando, e tratando de modo simplório a violência. Mas isto já é secular...

 

22-C

23-D

24-B

25-C

26-E

27-A

28-D

29-D

30-D

31-B

32-F (Meia barra de chocolate)

33-B

34-C

35-D

36-C

37-D

38-D

39-E

40- Alex recuperara sua humanidade. A capacidade de tomar decisões morais, de escolher entre o “bem” e o “mal”, e principalmente, a capacidade de errar. O erro, a crueldade e a violência são inerentes ao ser humano. Ou seja, ele finalmente estava curado, mas não como imaginavam os mentores do “Tratamento Ludovico”. Alex enfim havia reconquistado sua possibilidade de escolha, de optar, acabara naquele instante de abandonar a forma de “laranja mecânica”. Era um humano verdadeiro, outra vez. Se continuaria a fazer as coisas das quais sempre gostou, não importava (pra ninguém), pois o yang ying está intrínseco no seu caráter de qualquer forma. A cura era a possibilidade de praticá-lo, de materializar seus dantescos desejos. Era poder optar por sua maldade, sua personalidade original. Concomitante, está a cena na qual a frase é dita. Os “nobres” que o aplaudem representam agora toda a violência disfarçada, todo um circo de boçais hipócritas, estilhaçando, num palco frígido ao abrir das diáfanas cortinas de fumaça, as frágeis mente(capta)s provincianas de uma platéia que festeja, inerte, ao som da mais bela banda podre, dançando conforme sua música. Não era, portanto, o crime físico que Alex praticava, mas sim o crime moral, muito mais grave, cometido, no caso, pelo Governo, e desta forma, simbolicamente aplaudido pela sociedade. 

 

41- Salieri era um homem que vivia, exclusivamente, para a música. Estudava incansavelmente, e “substituiu” (no limite do possível) o talento que sempre quis ter, com sua vontade de tê-lo. Apenas seu estudo e sua força de vontade, no entanto, não bastavam. Ele precisava da fé. Traçou, na fé, o caminho que percorreria para alcançar o tal dom supremo, que tanto almejava, e que sabia que Mozart possuía. Quando sai para conhecer Mozart, está repleto de sonhos, ansioso, imaginando o que o jovem teria no rosto que o identificasse como uma obra de Deus. No entanto, ao descobrir que Mozart não passava de um jovem mal educado, grosseiro e egoísta, Salieri vê ir abaixo toda sua concepção do que deveria ser a “voz de Deus”. Passa a contestar a “decisão divina”, vendo que Mozart parece não ter a menor dificuldade, nem fazer a metade do esforço de Salieri, para, afinal, ser um gênio. A admiração de Salieri transforma-se em inveja, amargada “a cada compasso”, como o próprio diz. Tomando a “decisão de Deus” como errônea, decide consertar as coisas por si mesmo, dedicando-se a arruinar Mozart, que no julgamento de Salieri, não merecia tal dádiva. A maldição que o perseguia, no entanto, era ser o único (além do próprio) a reconhecer o extraordinário talento de Mozart. Ocupava o mais alto cargo na então capital da música clássica, mas ainda assim sabia que a música de Mozart era eterna, não a dele. O dom que Deus lhe deu, portanto, seria a capacidade de reconhecer um gênio, não de sê-lo, como tenta até o fim, sem sucesso. Salieri nada mais é que a perfeita personificação da “humanidade”, das falhas de caráter. Possui uma utopia, sustentada pela fé, e sente a inveja lhe corroer quando percebe, na obra do outro, tudo que gostaria de ter sido. Salieri percebe que não chega aos pés de Mozart, e conviver com isso é o pior castigo que poderia receber. É um homem que, até o fim, luta para ser o que nunca seria. E apesar de ter arruinado Mozart, a obra deste transcenderia as eras, ele teria de presenciar seu trabalho se esvair, enquanto o gênio escolhido por Deus envelheceria como um bom vinho.

 

42-A

43-E

44-C

45-A

46-E

47-B

48-C

49-A

50-A

51-A

52-D

53-C

54-A

55-F (Solta um “pum”)

56-B

57-C

58-A

59-D

60- Simplesmente brilhante! O melhor momento da vida de Tom Hulce! Nesta cena fica clara a distinção entre um gênio (Mozart) e um mero mortal (Salieri). Enquanto Mozart desenhava a música na sua cabeça, Salieri, com papel e pena na mão, visualizando a música, não conseguia acompanhá-lo. Há um momento em especial (contando com uma atuação perfeita de F. Murray Abrahams) em que Salieri não apenas fica detido pela velocidade de Mozart, mas como não consegue entender o que este lhe diz. “Isso acompanha a harmonia!”, diz Mozart a ele, que depois de alguns segundos, estampa um sutil sorriso no rosto e, entendendo finalmente, percebe que o trecho está maravilhoso. Milos Forman, com o intuito de nós, leigos, não nos perdermos na linguagem utilizada pelos dois, faz a música surgir, nos levando direto à imaginação detalhista de Mozart. No início da manhã, quando é visível o lastimável estado de Mozart, outro momento clássico acontece: Mozart pede a Salieri se este não queria descansar um pouco, e este lhe responde que pode continuar (Salieri estava maravilhado pela composição da obra que tomaria para si). Mozart ainda lhe pede perdão por ter sido um tolo, por ter achado que Salieri não ligava nem para ele nem para seu trabalho. A inocência, a ingenuidade (apontada pelo imperador em certo momento) são jogadas para todos os lados. Mozart era apenas um jovem inexperiente, que não fazia a menor idéia de que estava sendo manipulado. A expressão no rosto de Salieri denuncia um certo “balanço”, mas infelizmente a cena corta, e quando revisitamos o quarto, os dois já estão dormindo. Achei uma pena. Milos Forman simplesmente interrompeu um dos momentos mais bonitos do cinema (conscientemente, claro, mas achei um erro). Afinal, qual seria a reação de Salieri? Ele desconversaria? Aceitaria o perdão? Não há como saber. O que vem depois que a mulher de Mozart entra é apenas posterior ao brilhantismo do que já havia passado. Inclusive, o momento exato da morte de Mozart, na minha opinião, não teve a carga dramática que merecia. De qualquer forma, agradeçamos a Deus pela melhor cena de um dos maiores filmes já produzidos. O “erros” de Forman são subjetivos, e além disso, ele já tinha, naquela altura do filme, muito crédito com o espectador.

 

61- Definitivamente, não! A começar pela ligação entre a introdução e o final do filme. A montagem utilizada por Tarantino permite uma liberdade criativa muito maior do que se as três histórias fossem contadas em ordem cronológica. Exatamente a ausência de tempo lógico interligando estas histórias alforria o espectador de uma concepção limitada. O filme, depois de assistido, se transforma em um quebra-cabeça no imaginário do espectador, fazendo com que a tarefa de montá-lo se revele uma experiência deliciosa. E o mais importante é que este efeito “replay” torna Pulp Fiction um filme imperecível. Não em termos de atualidade, de factualidade. Pulp não envelhece como resultado final, como objetivo. Sua montagem não-linear o converte em uma nova experiência a cada revisitada. Um filme para sentir vontade de rever, de ter em casa. Caso a linearidade tivesse sido mantida, o efeito supracitado se dissolveria durante a própria narrativa. Retornar ao mundo de Pulp Fiction não seria tão interessante, a reflexão sobre ele não seria tão interessante, e detalhes importantes acabariam fatalmente perdidos. Tarantino acertou a mão ao inverter tudo na sala de edições. Fez um filme no qual a melhor parte é a que vem depois dos créditos.

 

62-A

63-C

64-D

65-B

66-B

67-E

68-D

69-B

70-E

71-D

72-Wilson

73-D

74-F (Porque a sua namorada esqueceu o presente que o ex-colega de prisão de seu pai lhe deu, depois que este já havia morrido)

75-C

76-E

77-B

78-E

79-A

80- Foi um puta golpe de sorte, no entanto, Tarantino tenta nos “convencer” do contrário, já que pela cronologia, Vincent Vega viria a ser morto logo mais tarde (Jules avisou que era um “sinal”). Mas o mais importante é que, para Jules, a “intervenção divina” marca, traçando um paralelo com o trecho da Bíblia que ele citava, um final, uma sensação de missão cumprida. Já que Ezequiel 25:17 justificava seus atos, mantendo sua consciência limpa, algo absolutamente fundamental para que o “fato” presenciado fosse interpretado por Jules como milagre. Vincent, por não ter valores religiosos tão definidos, acaba nem se preocupando, nem se estigmatizando pelo que faz. Tem a consciência limpa assim como Jules, que pelos valores cristãos que tem, precisa acreditar em uma “verdade” por ele mesmo criada, interpretando a sua maneira um simples trecho da Bíblia. Exercendo assim um mero efeito psicológico sobre si mesmo. O que faz Jules acreditar na versão do “milagre”, não é sua crença, pura e simplesmente. Mas sim, a necessidade de se abster. Fica a impressão de que Jules não estaria mais suportando a culpa, e precisava de um álibi para libertar-se desta culpa. Portanto, concordo com Vincent Vega, apesar de achar que a interpretação de Jules tenha sido correta para si. 

 

81- Leonard era visto por Teddy como um homem que mente pra si mesmo, afim de “ser feliz”, como o próprio fala. Teddy, visando seus próprios interesses, usa Leonard ao mesmo tempo em que sustenta suas mentiras (as de Leonard). Já Leonard vê Teddy com desconfiança, por colocar em xeque seu “condicionamento”, por lhe contar a verdade agressiva e ameaçadora em determinado momento. A desconfiança sentida por Lenny neste momento gera a mensagem escrita por ele atrás da foto de Teddy, e que acaba se tornando verdade irrefutável, anulando todos os conselhos deste. Teddy passa a ser um mentiroso para o resto da vida que lhe restava.

 

82-C

83-A

84-B

85-D

86-E

87-A

88-C

89-A

90-D

91-A

92-B

93-F (No final do filme, mas no início em ordem cronológica, Leonard escreve atrás da foto de Teddy que não deve confiar nele).

94-C

95-C

96-B

97-A

98-B

99-F (Leonard Shelby [mas não pode ser classificado literalmente como assassino], e o estuprador é conhecido apenas como “John G.”).

100- Leonard percebe (outra vez) que precisa da mentira. Ela é o seu oxigênio, sua rotina, seu sentido de vida. Afinal, o que senão o desejo insaciado de vingança o motivaria a continuar a viver, sendo que a lembrança da morte de sua mulher permanece sempre fresca em sua memória? Leonard não suportaria saber que já houve vingança, mas que não pôde saboreá-la. Não continuar sua perseguição a John G. seria um suicídio e, percebendo isso, ele mente para si próprio. Como Teddy bem diz, todos criamos “verdades” nas quais nos convém acreditar. Jules, de Pulp Fiction, é um exemplo disso. O importante para Lenny nunca foi a vingança, mas sua busca por ela, seu unicórnio. Ele ainda diz que todos precisam se olhar no espelho para se reconhecerem, e com ele não era diferente. Leonard buscava entender a si mesmo, e quando entendia, tinha que mentir outra vez. Sua vida era um círculo vicioso, um joguinho criado para que pudesse se manter vivo, sem enlouquecer como Sammy.



 

     
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Nacka' date=' não estou cobrando nenhuma atitude da moderação, e nem acho que ele deve omitir detalhes da crítica, mas acho que colocar a palavrinha Spoiler é questão não de punição alguma por parte da moderação, mas pessoal dele importar-se com quem lê, advertir o leitor apenas.
[/quote']

Ok. Entendi. Sobre isso aí, eu só citei a moderação por causa do post do outro cara lá no tópico de 24 Horas... aqui foi só um "desabafo" sobre spoiler...

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PROVA 6

QUESTIONÁRIO

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Resposta para o questionário proposto (as questões encontram-se na página 104).

 

Garami*:

 

1-Assim como o momento em que viviam, os personagens de “A Primeira Noite de um Homem” estão em transição. São pessoas que estão se adptando a uma nova forma de ver o mundo. Podemos ver transição, especialmente, em Mrs. Robinson, uma mulher casada que encara seu adultério como algo quase que normal. Não que ela deve-se cobrir-se de pudores quanto ao assunto, porém, em tal época a “libertação feminina” ainda ocorria a passos lentos e o mundo não estava completamente livre de tabus como o adultério. Em contrapartida, mesmo vendo as alterações que o mundo sofria, Benjamin (talvez pela forma como fora criado) ainda era uma pessoa recatada e em completo desacordo com as “novas tendências”. Enquanto podemos observar pessoas prontas para uma “nova era” (Elaine, por exemplo, freqüenta uma faculdade, vivendo em uma República, e sai com um rapaz, memso sem o consentimento de seus pais, algo “mal visto” naquele tempo), nesse filme também podemos encontrar aquelas que não se sentem completamente preparadas (Mr. Robinson ainda é bastante convencional, chegando até mesmo a tentar arranjar um namorado para a filha, quando conversa com Benjamin). Portanto, o filme retrata com perfeição essa época de mudanças, mesmo que seja de forma bastante divertida.<?:NAMESPACE PREFIX = O />

2-d
3-a
4-b
5-a
6-c
7-b
8-e
9-c
10-e
11-a
12-c
13-b
14-a
15-e
16-b
17-e
18-c
19-f - N.D.A. (Ben entra por uma porta lateral, saindo em uma parte superior da igreja. De lá, ele esmurra o vidro, atraindo a atenção de todos. Depois, descendo de lá, ele invade a igreja, enfrenta a todos e leva Elaine com ele)

20 - Após fugir com Elaine da igreja, Benjamin e ela tomam um ônibus (onde Benjamin pede para o que o motorista os leve para “o fim”). Sentando no fundo, os dois observam pelo vidro traseiro  enquanto se afastam cada vez mais da multidão enfurecida. É uma cena singela, porém uma síntese daquilo que Benjamin mais queria: poder estar com Elaine e planejar sua nova vida sem interferências externas e sem ameaças. A partir dali, ele deixa a sua vida antiga para trás, em busca de ser bem mais do que um “recém-formado”.

21 - Laranja Mecânica é, sem dúvida, um filme visionário. Ambientado num futuro próximo, o filme mostra uma realidade violenta, com uma divisão entre grupos que tomam as ruas através da força (portanto, não seria difícil comparar o grupo de Alex com os skinheads ou os hooligans de hoje, por exemplo), um governo manipulador e uma oposição tão inescrupulosa quanto seus adversários. Além disso, vemos também, prisões lotadas, com criminosos perigosos com os quais o governo não sabe como lidar, inventando assim, recursos mirabolantes a fim de tentar solucionar um problema que eles sequer compreendem.  Traçando um paralelo com a nossa realidade, podemos perceber que vivemos, sim, algo bastante semelhante, principalmente no que tange à violência que nos cerca diariamente a ao fato de nossos políticos, cada vez mais, parecerem visivelmente acuados por um problema que tomou proporções exageradas e fugiu completamente ao controle. Sendo assim, é impressionante o impacto de Laranja Mecânica ainda hoje. Mesmo sendo um filme já antigo, é atualíssimo e preciso quanto suas propostas.

22-c
23-d
24-d
25-c
26-e
27-a
28-d
29-d
30-c
31-b
32-f - N.D.A.; - foi uma barra de chocolate
33-b
34-d
35-d
36-a
37-d
38-d
39-e

40- Alex quer dizer que, após passar pela Técnica Ludovico e ter sido “libertado da violência que residia em seu ser”, ele encontrou uma sociedade que não estava preparada para recebê-lo de volta. As pessoas recusavam-se a aceitar que ele já havia “pago por seus crimes” e estava realmente reabilitado. Após ser discriminado e sentir na pele a violência que ele mesmo causava, Alex acabou compreendendo que tudo o que ele passara acabou sendo, somente, um artifício para dois partidos políticos degladiarem-se. Compreendendo isso, Alex sentiu-se liberto em seu espírito crítico, o que o fez julgar que sua nova forma de se portar não era boa o bastante para defendê-lo do que estava ao seu redor. Ao encontrar novamente com sua natureza agressiva, Alex considerou-se curado dos males que a manipulação política estavam lhe causando.

41- Salieri é sempre imediatamente relacionado à inveja e cobiça, porém, eu creio que ele seja muito mais do que isso. A inveja que o toma é realmente sua maior característica, porém, além disso, é importante notar que Salieri se deixa cegar por sua inveja. Completamente obcecado pela obra de Mozart e convicto de que Deus escolhera Mozart em seu detrimento, Salieri acaba por ignorar completamente o fato dele ser, também, um compositor de talento. Salieri é movido por inveja, por cobiça, por raiva... raiva de Deus, de Mozart e até mesmo dele próprio, por ter que reconhecer suas limitações e perceber que as capacidades de Mozart vão muito além de suas próprias. E ele acaba por se convencer disso de forma tão rápida que o vemos envolto com composições próprias somente duas vezes durante o filme (uma, com a marcha que compôs para a recepção de Mozart e outra com sua ópera). Sendo assim, Salieri é uma pessoa que vê sua confiança desabar ao encontrar um rival com o qual não se julgava apto a combater.

42-a
43-e
44-c
45-a
46-e
47-b
48-c
49-a
50-a
51-a
52-d
53-c
54-a
55- f - NDA (Faz o som de um pum)
56-b
57-c
58-a
59-d

60- Sensibilizado pela condição em que Mozart se encontrava e, ao mesmo tempo, encantado pela oportunidade de ver seu rival em ação, Salieri oferece-se para auxiliar Mozart na composição do Réquiem. Enquanto transcreve aquilo que Mozart lhe dita, Salieri fica cada vez mais maravilhado com a incrível capacidade de seu desafeto. E acaba por atingir seu nefasto objetivo: a morte de Mozart. Porém, nem tudo ocorre conforme o planejado: Salieri jamais chega a utilizar-se da composição de Mozart. Sendo uma pessoa que mais arrecadava dívidas do que lucros, Mozart acaba sendo sepultado em vala comum, sem um velório pomposo, como o Réquiem exigia. O que mais salta ao olhos nessa sequência de cenas é que em momento algum Salieri consegue sua vitória. Sua inferioridade, quando comparado a Mozart, só fica mais evidente, bastando perceber a excitação de Salieri apenas ao ver Mozart em ação. Ao mesmo tempo em que atinge seu objetivo, Salieri tem sua derrocada. As últimas palavras de Mozart dirigidas a ele (“Perdoe-me”), são a maior prova da infeliz derrota de Salieri.

61- Acredito que Pulp Fiction não possuiria o mesmo efeito, caso fosse nerrado de forma convencional. A seqüência “recortada” dos fatos acaba por se tornar um divertido “teste” para o espectador que, em uma primeira visita ao filme, tenta remontar mentalmente o filme na hora cronológica correta.  Portanto, não se trata apenas de um “floreio estético”, mas sim de um recurso sofisticado que, além de tornar o filme mais interessante, é também uma marca pessoal do diretor.

62-b
63-c
64-d
65-b
66-b
67-e
68-d
69-b
70-e
71-d
72-f - NDA; - o nome é Floyd Wilson
73-d
74-c
75-c
76-e
77-b
78-e
79-f - quem telefona  para Marsellus é Jules.

80- É interessante observar, a princípio que, pelas personalidades dos personagens é completamente compreensível seus posicionamentos quanto ao fato. Jules parece ser um homem que, apesar de centrado, é bastante levado por questões morais e supersticiosas, enquanto Vincent esbanja auto-confiança, crendo, assim, somente nele próprio. Sendo assim, é visível que ambos são opostos. Quanto a concordar ou discordar de Jules, creio que o fato é bastante curioso e inusitado. Portanto, julgo completamente aceitável a posição de Jules, embora não saiba explicitar se concordo ou discordo dele em tal caso. Nesses casos, creio que a própria experiência acaba por nos trazer as conclusões para tais eventos.

81 - A relação entre Leonard e Teddy baseia-se num aglomerado de mentiras e falsidade de um para o outro. Enquanto Teddy vê em Leonard um desajustado (do qual sempre pode tirar alguma vantagem) que mente para si mesmo em busca de uma vingança que ele já pode ter concluído há anos, Leonard vê em Teddy a imagem que ele quer ver. Após ter ouvido do próprio Teddy a opinião deste sobre sua pessoa, Leonard decide ele mesmo aproveitar-se de sua “situação” para matar Teddy, em uma forma irônica de aceitar o que seu desafeto dissera. Além disso, após chegar a tal conclusão, Leonard acaba deixando a entender que faz isso somente para poder continuar ter uma razão para viver. Porém, o filme nunca dá a entender qual das visões é a “correta”. Da mesma forma que Teddy é completamente palpável em sua argumentação sobre Leonard, não se pode negar que Teddy é, de fato, uma pessoa na qual não se pode confiar facilmente. Mesmo que o final do filme mostre que a imagem que temos de Teddy é aquela que Leonard quer ter, ainda não podemos desconsiderar que Leonard já não confiava em Teddy antes de forjar “provas” para matá-lo depois.  Portanto, torna-se completamente improvável uma “certeza” sobre “quem está com a razão” nesse caso.

82-b
83-b
84-e
85-d
86-e
87-e
88-f - f - NDA (Leonard procura, através de tais atos, reconstituir a noite em que sua esposa fora assassinada.).
89-c
90-e
91-c
92-b
93-b
94-c
95-f - NDA (são duas fotografias que são destruídas por Leonard ao fim da projeção: a dele próprio e a de Jimmy)
96-b
97-e
98-a
99-a

100 - O último pensamento de Leonard além de fecha/inicia o filme com excelência, pois ela é uma síntese das ações de Leonard. Se ele deixar de acreditar no significado daquilo que faz, sua vida se torna inútil. Por isso, tatuar a pele, manter um “arquivo policial” consigo e viver anotando coisas são formas dele saber quem realmente é e até onde sua natureza é capaz de levá-lo.


 

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Enxak2006-8-10 13:5:49
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Opa! Foi mal' date=' Enxak... fiz cagada de novo... a resposta da 1 eu devo ter apagado sem querer na hora de organizar a MP... já te enviei ela... [/quote']

Corrigido.smiley2.gif

Pessoal,antes de postar o gabarito do questionário (só das perguntas de múltipla escolha,as dissertativas serão analisadas pelo conselho,junto com a redação),gostaria de fazer o seguinte comunicado:

Tive que fazer uma modificação: No lugar de Psicose,darei o DVD do filme POLTERGEIST,de Tobe Hopper,mais um CD com a trilha sonora de Beleza Americana:

B00004VYOO.01.LZZZZZZZ.jpg 

 1c_7.JPG

Isso porque o meu segundo DVD de Psicose simplesmente desapareceu.Então a premiação fica sendo essa: DVDS dos filmes BEN HUR (DUPLO),CURTINDO A VIDA ADOIDADO E POLTERGEIST + CD com a trilha sonora de BELEZA AMERICANA.

Caso eu ache o DVD até a data do envio,eu mando o de Psicose,se o vencedor preferir,no lugar do de Poltergeist + cd.

Já posto o gabarito.

Enxak2006-8-10 13:45:20
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PROVA 6

GABARITO

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Obs: As respostas dissertativas serão analisadas pelo conselho,por isso não constarão do gabarito.As respostas N.D.A (opções "F") também passarão pela análise do conselho,por isso não haverá também no gabarito a explicação ao lado das opções "F" da resposta correta.

O questionário com as perguntas correspondentes à este gabarito encontra-se na página 104 deste tópico.

02 - D

03 - A

04 - B

05 - A

06 - C

07 - B

08 - E

09 - F

10 - E

11 - A

12 - C

13 - B

14 - D

15 - E

16 - B

17 - E

18 - C

19 - B

22 - C <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

23 - D 

24 - D 

25 - C 

26 - E 

27 - A 

28 - D 

29 - D 

30 - F 

31 - B 

32 - F 

33 - B 

34 - D 

35 - D 

36 - C 

37 - D 

38 - D 

39 - E

42 - A
43 - E
44 - C
45 - A
46 - E
47 - B
48 - C
49 - A
50 - A
51 - A
52 - D
53 - C
54 - A
55 - F
56 - B
57 - C
58 - A
59 - D

62 - A

63 - C

64 - D

65 - B

66 - B

67 - E

68 - D

69 - B

70 - E

71 - D

72 - F

73 - D

74 - C

75 - C

76 - E

77 - B

78 - E

79 - A
82 - B
83 - B
84 - B
85 - D
86 - E
87 - F
88 - C
89 - A
90 - B
91 - C
92 - B
93 - A
94 - C
95 - C
96 - D
97 - A
98 - C
99 - F

 

O gabarito foi postado antes do resultado da prova para possíveis correções.Não somos impassíveis de erros.O resultado para esta PROVA 6,com a avaliação do conselho,será divulgado assim que terminarmos.Provavelmente no domingo.

Enxak2006-8-10 14:56:42
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A trilha de Beleza Americana é razoável.Comprei numa loja de usados,por 5 contos,por isso estou dando de presente...smiley36.gif Mas tem umas músicas boas sim,como a versão de Because,dos Beatles,interpretada pela Elliott Smith,por exemplo.

Vamos falar de trilhas sonoras? Quais as suas preferidas? Uma boa trilha sonora pode salvar um filme ruim? E um filme bom com uma trilha sonora ruim,pode ser prejudicado por isso?

 

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