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Nacka
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Minha locadora não tem O Homem que não estava lá - nem achei em loja nenhuma pra comprá-lo. 12

 

O filme não estava lá. 06

[pablo mode off]

 

Não creio que postei isso... 06

 

 

Eu teria vergonha. 06

 

Troy' date=' aproveita e vê se têm "Crepúsculo dos Deuses" na locadora. Assim você participa da disussão na semana que vem (com a minha resenha...05).[/quote']

 

Não não! Vá na Lojas Americanas mais próxima e compre o DVD por R$ 12,99. 05 É um filme pra se (v/t)er.

JeFFs2007-03-16 16:58:46

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Pato Burro ! Fui na locadora hoje para alugar algum filme resenhado pelo Cineclube e acabei alugando O Homem Que Sabia Demais, do Hitchcock que confundi com O Homem Que Não Estava Lá !! Bom, pelo menos é um filme do Mestre ou seja: Não foi dinheiro jogado fora.

 

Ah, também aluguei No Rastro da Bala para ler a crítica do Scofield.
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Crepúsculo dos Deuses (by Silva)

 

crepusculo-dos-deuses-poster01.jpg

 

Sinopse: Um roteirista em fuga de credores termina por se esconder na casa de uma estrela do cinema mudo, que resolve contratá-lo para revisar o roteiro que marcará seu retorno às telas. <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />


O que eu acho: Ao longo dos seus mais de 100 anos, o cinema produziu incontáveis filmes. A maioria caiu no esquecimento, outros tiveram pequeno destaque, sendo esquecidos ao longo do tempo, e outros ainda sobreviveram razoavelmente às vicissitudes do tempo. Mas apenas alguns pouquíssimos filmes tiveram o poder de, não apenas sobreviver ao longo do tempo, mas também de, após vários anos desde a sua realização, se manterem mais atuais do que nunca. A esses filmes costumam dar o título de “clássicos”. “Crepúsculo dos Deuses”, obra – prima de 1950 do diretor Billy Wilder, está entre esses clássicos. <?:namespace prefix="o" ns="urn:schemas-microsoft-com:office:office"/>

Mas ele é mais do que um clássico: Billy Wilder, ao fazer esse filme, deixou como legado um dos mais ácidos, fortes e, por que não, verdadeiros retratos de Hollywood. É o veículo cinematográfico não só olhando para as suas próprias feridas, mas expondo – as, cutucando –as, remoendo – as, espremendo – as, jogando sal nelas, enfim, fazendo com que tudo o que há de podre em Hollywood seja mostrado sem concessões. Mais do que isso: Através de uma carga dramática mais do que intensa e de um sombrio e funesto clima noir, Billy Wilder aborda o fim de uma fase do cinema, e como essa mesma fase foi sepultada.

 crepusculo-dos-deuses04.jpg

 

Esse retrato do fim de uma era é mostrado, através dos anseios, das frustrações e das angústias, enfim, dos dramas existenciais dos quatro personagens principais, que vivem ou viveram dentro ou fora das telas: através do roteirista Joe Gills (Willian Holden), temos representado aquele que chegou cheio de sonhos e ambições ao mundo do cinema, mas que, por causa de certas circunstâncias, acaba se desiludindo com a sua voracidade e sua falta de misericórdia contra àqueles que não conseguem se firmar, e, por conta disso, acaba vivendo uma degradação moral, ao se transformar em um aspirante a gigolô de Norma Desmond (Gloria Swanson), que outrora, foi uma grande estrela do cinema mudo, mas que, agora, vive a solidão e a eterna angústia de quem um dia provou a fama e hoje vive no esquecimento, vivendo de seu passado glorioso, e, por conta dessas lembranças que foram felizes, mas que agora se tornam apenas um fiapo de uma vida amargurada, acaba enlouquecendo dentro de sua glamourosa, mas também representativa de um passado agora cadavérico, mansão, junto com seu mordomo Max Von Mayerling (Erich Von Stroheim), que, outrora, foi um diretor promissor, tendo dirigido, entre outras estrelas, a uma inexperiente Norma Desmond, se apaixonando e casando por ela e que, por conta dessa paixão, largou uma segura e promissora carreira de diretor para viver eternamente servindo – a, vestindo – se de uma imensa culpa de quem sacrificou toda uma vida alheia, além da própria, alimentando a culpa de sua pupila através de cartas falsas de fãs, contribuindo ainda mais para a sua loucura. No meio desse furacão de morbidez e decadência, temos Betty Schaefer (Nancy Olson), nascida a três quarteirões de Hollywood, preparada desde criança para ser mais uma artista de Hollywood, mas, ora pela falta de uma plástica perfeita (não gostaram do seu nariz), ora pela falta de aulas de atuação, acaba trabalhando como leitora e, ao conhecer e se apaixonar Joe Gills, vê a sua vida florescer por alguns poucos momentos, para, logo depois, sentir a frustração de um amor castrado pela ambição e pela insegurança. Todos esses fatores transparecem tal qual a podridão do mundo Hollywoodiano nos quase 110 minutos desse filme.

Toda essa rede entrelaçada de destinos não seria possível se não fossem a força de interpretação dos quatro atores principais: Como um time perfeito que estraçalha qualquer adversário que aparece na frente, esse quarteto é a força motriz do filme, onde os quatro atores incorporam de corpo e alma os seus personagens. Especialmente Gloria Swanson: transparecendo uma opulência decadente e uma loucura intimidadora ao personagem, ela personifica o símbolo de uma estrela do passado que sucumbe ao mundo cruel de Hollywood, atuando de uma maneira como nunca foi visto no cinema, permeando o filme de frases que se tornariam clássicas (“Eu sou grande, os filmes é que são pequenos”; “Mr. DeMille, estou pronta para o meu close”, entre outras), fazendo de sua Norma Desmond uma das personagens mais lendárias do cinema. O filme ainda se permite a criar situações e cenas aparentemente simples, mas que dão todo um sentido para a trama, fazendo com que em nenhum momento nos sentirmos cansados ou desinteressados. Um exemplo disso é quando Gills, nosso protagonista, já está meio de saco cheio de toda a escravidão que estava vivendo (já que o emprego exigia que ele fosse viver na casa da atriz, proporcionando um relacionamento quase bizarro entre os dois) e tenta sair da casa, ficando por um momento preso pela corrente de sua roupa à maçaneta da porta de entrada, numa clara referência que ele estava preso àquele lugar.

 crepusculo-dos-deuses01.jpg

 

Coadjuvando tudo isso (mas não sendo menos importante), temos uma direção de arte não menos que fantástica, que praticamente dá vida à mansão onde se passa boa parte do filme; uma trilha sonora magistral de Franz Waxman, que contribui para o clima de morbidez do filme; um roteiro que injeta ironia e sarcasmo, ingredientes que temperam com gosto essa salada mórbida sobre o lado podre de Hollywood, e que distribui a torto e a direito frases que se tornaram clássicas no cinema; a opção pela narração em off feita por Joe Gills, que contribui ainda mais para o clima de morbidez e sarcasmo do filme.

Como se não bastasse tudo isso acontecendo na tela, temos também, apimentando ainda mais tudo que permeia esse filme, “coincidências” memoráveis, que me levam a crer que todas elas foram premeditadas pelo Billy Wilder. Vejamos: Ironicamente, a grande estrela do cinema mudo, Gloria Swanson, mesmo dando um show de interpretação neste papel que simboliza o clímax da sua carreira, depois deste filme, não conseguiu mais impulsioná-la, talvez por não se adaptar às novas técnicas de filmagem e expressão. A atriz seguiu o seu próprio crepúsculo a partir de então, nunca mais voltando a sentir o prestígio do sucesso, só protagonizando filmes medíocres até a sua morte; O ator que interpreta o mordomo Max; Erich Von Stroheim, iniciou a carreira na era do cinema mudo como diretor, dirigindo, entre outras atrizes, a própria Gloria Swanson (inclusive, o filme que é exibido na sala de cinema de Norma Desmond, onde a personagem reverencia a sua atuação no filme (sem precisar de diálogos, segundo a própria), é “Queen Kelly”, dirigido pelo próprio e estrelado pela Gloria Swanson); a aparição de astros e personalidades que viveram o seu auge no cinema mudo (entre eles, Buster Keaton); o fato de utilizar como uma das locações o estúdio 18 da Paramount, onde estava sendo filmado “Sansão e  Dalila”, de Cecil B. DeMille (inclusive com participação do próprio e de parte do elenco e da equipe técnica).  Todos esses fatores contribuem ainda mais para o clima mórbido e pesado dessa obra – prima.

O mais impressionante disso tudo é que, apesar de todo o excesso dramático, e do fato de que mais de meio século de cinema passaram desde sua produção, a história de Hollywood não mudou. Ídolos e super-astros continuam sendo feitos e desfeitos como se fossem olhas de papel que se inutilizam quando já preenchidas, histórias de morbidez como a retratada continuam acontecendo (e sendo registradas e publicadas a torto e a direito por jornalistas que avançam diante uma estrela de outrora ou um fato constrangedor envolvendo uma pessoa da mídia tal qual aves de rapina voando em direção à carniça). Isso prova ainda mais a força desse filme como um retrato de dentro para fora da própria indústria que a alimenta. Mais do que talento, é preciso coragem para expor as próprias feridas. E isso Billy Wilder (vem como todos que participaram da produção), mostrou que teve de sobra, sofrendo as conseqüências dessa decisão (várias pessoas, especialmente produtores e diretores de cinema, saíram extremamente revoltados das sessões, além do próprio conteúdo do filme ter esfriado a sua campanha rumo aos Oscars principais de 1951, que foram para “A Malvada”, que aborda de maneira igualmente sarcástica e pesada a Broadway), mas galgando o filme à eternidade do cinema, lugar onde, provavelmente transcorridos mais de 50 anos depois da elaboração dessa resenha, esse filme ainda será lembrado como o retrato fiel da indústria de sonhos (e que os destrói com a mesma facilidade) projetados numa tela dentro de uma sala escura, e mais do que isso, sendo vangloriada com a mesma devoção que é hoje. E é exatamente disso que é feito um clássico!

 

sunset.jpg

  

Preste atenção: Na cena final, que sintetiza todo o clima de loucura e de degradação psicológica e moral que permeia o filme, incluindo uma interpretação magistral de Gloria Swanson...

Por que não perder: Porquê é um filme corajoso por mostrar o lado sórdido da indústria do qual faz parte. E, por causa disso, se tornou mais atual do que nunca.

 

O que já se disse: "Cada gesto, cada olhar e cada momento de silêncio de Desmond se opõe a tudo que se espera como normal, menor, cotidiano, o mesmo ocorrendo com a própria luz que incide sobre ela - os próprios personagens percebem este aspecto, esta aura que se transfere da arte para a estrela e que parece fazê-la brilhar mesmo no ocaso. É lidando e pondo em relevo este tom acima do tom que o filme encontra sua chave única, sua dissonância entre seus pares. E é descrevendo com crueldade e empatia esta dor que Crepúsculo dos Deuses sabe se fazer grande e consegue se sustentar com todo seu peso, este peso que, se lhe dá a sabida aura de clássico, também mantém este seu sabor amargo e ainda incômodo.

Revista Contracampo.

Esta é apenas mais uma das muitas contribuições, colegas, de um dos mais significativos usuários do Fórum Cinema em Cena, o Silva, para nosso tópico de análises e discussões sobre filmes relevantes. Sunset Boulevard, de um dos maiores diretores de cinema que a história nos brindou, traz o espelho do artista e do meio em que vive - no caso, a indústria do cinema.

A imagem que se vê em Sunset é particularmente deformada, trágica e cruel, e muito do seu sucesso se deve à excepcional interpretação de Gloria Swanson, que consege transmitir com perfeição o desvairio de seu personagem sem parecer exagero ou caricatura. O limiar entre a paixão e o overacting, pelo qual buscam tantos atores e diretores, pode ser visto e admirado aqui.

 

A resenha é harmoniosa em suas construções e apaixonada por seu objeto. Como era o próprio Billy Wilder em relação ao seu ofício.

 

Post semanal autorizado.
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Bom, finalmente a minha crítica foi publicada.

 

Alguns comentários rápidos: "Crepúsculo" é, para mim, um dos filmes mais arrrebatadores e corajosos do cinema. E como o Alexei disse muito bem, é a amostra perfeita sobre como transmitir paixão atuando no limiar do overacting. Foi o primeiro DVD que eu comprei (graças a uma exibição desse filme há alguns anso atrás no Odeon), e até hoje fico de queixo caído com esse retrato degradante da indústria do cinema. Curiosamente, ainda não vi "A Malvada", mas acredito que a apunhalada que Wilder deu em Hollywood custou muito a esse filme na cerimônia do Oscar de 1951...

 

Agora estou esperando os comentários!!!05

 

P.S.: Uma curiosidade: Normalmente, nas resenhas que eu elaborei e publiquei por aqui, sempre fazia, enquanto assistia o filme em questão, várias anotações, as quais eu seguia fielmente para elaborar as críticas. Só que, desta vez, talvez movido pela minha paixão por ese filme, eu as ignorei solenemente e fiu escrevendo o que vinha á minha cabeça....
silva2007-03-19 12:50:58
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Revi, em favor que devia há longos tempos ao meu amigo silva. Crepúsculo dos Deuses é a suma expressão do cinema de Hollywood na década de 50, imortalizado desde o nascimento, assim como foram ... E O Vento Levou e Casablanca. Um filme perfeito que procura analisar sua indústria, o que a move, quem a rege, num forma contestadora. Sem jaamis ser político ou panfletário, porque o Wylder também quebra a vocação narrativa para um ângulo de primeira pessoa multi-temporal. Outro aspecto interessantíssimo e, às vezes, colocado de lado é a forma como o filme brinca com o espectador pelas alternativas da narração e das intepretações (aqui, eu ilumino mais o William Holden e o Erich Von Strohiem); seja com a questão moral daquilo tudo, as ilusões criadas, tudo em volta da deusa-mor; presente "apenas" para derreter qualquer um na tragédia - por mais que você reveja o filme e saiba que a Desmond é uma cara-pálida sucumbida ao tempo, há paixão trágica evocada pela atriz, que vive Desmond, pois todas as suas cenas- notem - têm forte apelo de movimetnos corporais, quer um olhar louco, quer o modo assanhado de entrar nos estúdios da Paramount.

 

O premissor das minhas adoradas metalinguagens - Cantando na Chuva traria em forma de comédia, novamente, esta questão dois anos depois - conta também com dificílimas argumentações adultas de ética, reciprocidade, paixão, decadência, culto supremo, egocentrismo, "pena", aproveitamento, enfim... Aqui entra a importância maciça de Gillis (frases mais ou menos assim"não há nada de errado em ter 50, desde que você não queira ter 25", "engraçado como só nos tratam com delicadeza quando morremos") Um mundo de alternativas para o espectador deliciar-se com o clássico de 50. Legal o silva ter mencionado a importância da trilha sonora, as curiosidades e o estilo cadavérico da mansão (lembro-me de que, quando assisti ao filme pela primeira vez, pensei tratar-se de um suspense). Ótima crítica, quiçá uma das três melhores até o momento, e superior à sua anterior - Amnésia. Bom proveito a todos, e façam jus ao nosso Cineclube! Semana que vem tem Scofield...

 

O que eu já dissera antes (em novembro, minha primeira sessão):

 

Crepúsculo dos Deuses - Dir.: Billy Wylder.

 

É perfeito ou quase isso, Billy Wilder é o verdadeiro Deus e Gloria Swanson, a Deusa deste filme com doses de cinismo, sarcasmo, humor ácido e crítico quanto aos astros de Hollywood e à própria central de filmes americana. A narrativa é, sem dúvidas, uma excelente jogada do roteiro de Wilder: em primeira pessoa, sob os olhos e asimpressões de um aspirante a roteirista que está numa crise de dívidas e corre risco de perder o carro.

Ao encontrar Norma Desmond, uma outrora estrela do cinema, ele consegue esconder o carro dos policiais que o procuram, ao mesmo tempo em que ganha a promissa de levar um roteiro seu para as cenas – adaptando uma enfadonha história de Desmond, feita para exaltar a si própria. A partir daí, os ataques ferrenhos à indústrica cinematográfica e seus deuses começam de forma espantosa, voraz e extremamente bem dirigidos e atuados.

A grande estrela da história é Swanson e sua Norma Desmond; ela a interpreta de uma maneira perfeita, traz consigo a insanidade de uma pessoa que não consegue se desfazer de seu status e prefere reter-se a ter que adaptar-se à nova realidade, porém sofre, sozinha, e com a chegada deste novo rapaz à sua casa, vai agarrar-se a ele de todas as maneirass possíveis, para não mais deixálo sair. Seu fiel mordomo e motorista é Max, que por ter vergonha e, ao mesmo tempo, orgulho do seu passado se sacrifica para a madame, para isso, forjando cartas e afins.

O curioso é que, logo no começo, o narrador-personagem fala para não nos importamos ocm uma morte ocorrida, mas é impossível esquecermo-nos dela – e isso comprova a contrariedade do ser humano, mesmo tendo sido avisado – e Wilder pouco se importa em fazer grandes reviravoltas, sendo que a certa hora já é possível notar que é o narrador quem será morto. Mas não é só isso, para ele, sua figura pouco importa perante este jogo de idas e vindas, e isto se comprova verdade no desfecho perfeito com Swanson achando-se diante de novas câmeras e se gloriando por um triunfo meramente imaginável para a personagem, mas consagrador para a película.
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Valeu pelo elogio, Sopa!!!05

 

As argumentações de Gills sobre todos os assuntos retratados no filme são ótimas mesmo. São sarcásticas, contundentes e se adequam perfeitamente ao clima do filme...

 

Aliás, ninguém mais vai comentar não?? Apenas o Sopa e a Scarlet comentaram até agora...04
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Crítica excelente, excelente, à altura do filme (aliás, esse é um dos poucos filmes cujo título nacional foi bem feliz, mesmo não sendo uma tradução literal do original - ou uma repetição, no caso). Mas, no fim das contas, acho que não tenho nada a acrescentar ao que já foi exposto.

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Crítica boa e sintética do Silva, conseguiu levantar vários pontos sendo bem simples.

 

Esse é um filmaço, uma obra-prima. Acho interessante observar que: se hoje as interpretações antes dos anos 60 pareciam teatrais, o que dizer então das do cinema mudo? Pra mim, Gloria Swanson está sim no overacting, mas tanto que isso acaba se confundindo com a personagem - uma atriz problemática que acaba se emaranhando com a própria ficção, veja só!, e acaba virando uma personagem de cinema mudo.

 

Tanto que até por aí vc pode ver um pouco de metalinguagem. Não só pelos atores interpretarem personagens ficcionais inspirados em si mesmos mas... pelo filme mostrar esse contraste entre o velho e o novo, uma atriz afogada nos restos do velho, e que chega a parecer uma vilã de desenho pelos trejeitos - e a própria fotografia de contraste em preto-e-branco do noir entra em cheque aqui.

 

Outro dia li uma reportagem numa revista americana da época em que Wilder morreu e que levantava sobre o cinismo do diretor com o ser humano, beirando a misantropia. É uma forma interessante de levar os filmes dele assim, e principalmente nessa visão de Sunset Blvd. de quanto o tempo pode destruir as pessoas.

 

Ah, e eu li por aí que o Wilder é mestre em terminar seus filmes com frases de efeito. O caso desse filme parece ser o mais afiado.
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Ótima resenha de Crepúsculo dos Deuses. É uma obra-prima e merece uma crítica contundente e que explore as suas muitas qualidades tal qual demonstrou Silva. Billy Wilder foi um gênio, apesar de ter assistido somente a dois filmes dele posso afirmar isso com convicção. Ele era um cara minucioso e que sabia explorar ao máximo as atuações sempre com diálogos afiados e cenas marcantes. Incrível essas coincidências de Gloria Swanson e Norma Desmond, é mais um ponto que comprova o quanto Wilder era talentoso, parece inclusive premeditado. Norma Desmond é definitivamente uma das personagens mais interessantes do cinema, perfeita!

 

Falando nisso, alguém sabe o que aconteceu com a provável refilmagem do filme, que seria um musical com a Glenn Close?

 

 

 

 

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Eu, o relapso, volto ao Cineclube e que belo retorno foi dar de cara com uma crítica tão bem feita, análise das mais interessantes que se pode encontrar, de um filme chave e ousado como CREPÚSCULO DOS DEUSES, de um gênio absoluto como era Billy Wilder.

Silva, você se saiu muitíssimo bem, parabéns de verdade! Aliás, me permita parabenizar a sua ousadia a la Raduam Nassar, de contar a história do filme numa "sentada" só, com vírgulas muito bem colocadas e apenas um ponto final. Somente a segurança de quem escreve bem que permite algo assim, já que você não escorregou em momento algum. Foi ousado como Wlder era, capaz de fazer um filme desmascarando Hollywood, dentro de Hollywood!

Merece meu reconhecimento! 10
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Não vejo a hora de publicarem a resenha de Beleza Americana. Não agüento mais resenhas de filmes que não vi. rs [que péssimo isso que eu disse 06].

E eu sou tão azarada que perdi a discussão dos poucos filmes que o cineclube mostrou e eu assisti... Dessa nova rodada do Cineclube, só assisti Pulp Fiction e Se7en.

 

Pra me desculpar, atualizando o sumário do Cineclube.

 

Agenda do Cineclube:

 

PRÓXIMOS FILMES

  1. Beleza Americana (by Troy Atwood) – 26 de março

  2. Touro Indomável (by The Deadman) – 2 de abril

  3. Blow Up: Depois Daquele Beijo (by Alexei) – 9 de abril

  4. Paradise Now (by Penny Lane) – 16 de abril

  5. Moulin Rouge (by Fernando) – 23 de abril

  6. Casa de Areia e Névoa (by Th@th@ Patty) – 30 de abril

  7. A Criança (by Garami) – 7 de maio

  8.  Herói (by Noonan) – 14 de maio

  9. O Novo Mundo (by J. de Silentio) – 21 de maio

  10. Os Bons Companheiros (by Veras) – 28 de maio (ui 06)

 SUMÁRIO DAS DEMAIS CRÍTICAS DO CINECLUBE

 

Página 1 = Forasteiro (A Lista de Schindler)

 

Página 8 = Mr. Scofield (No Rastro da Bala)

 

Página 17 = Dook (A Última Tentação de Cristo)

 

Página 28 = Silva (Amnésia)

 

Página 34 = Garami (Fogo Contra Fogo)

Página 37 = Alexei (Fale Com Ela)

Página 39 = Engraxador (Peixe Grande)

Página 40 = Rubysun (Era Uma Vez no Oeste)

Página 42 = Thico (A.I. - Inteligência Artificial)

Página 44 = The Deadman (Sob o Domínio do Medo)

Página 45 = J. de Silentio (Cantando na Chuva)

Página 46 = ltrhpsm (Estrada Para Perdição)

Página 47 = Nacka (Além da Linha Vermelha)

Página 51 = Rubysun (Pulp Fiction – Tempo de Violência)

Página 53 = Forasteiro (Dogville)

Página 54 = Dook (Cidadão Kane)

Página 55 = Vicking (A Lula e a Baleia)

Página 57 = Juliocf (Se7en – Os Sete Crimes Capitais)

Página 59 = Enxak (Embriagado de Amor)

Página 59 = Jailcante (Huckabee's – A Vida é uma Comédia)

Página 60 = ltrhpsm (O Homen que não estava lá)

Página 61 = Silva (Crepúsculo dos Deuses)

 

Veras2007-03-24 15:03:12
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Eu' date=' o relapso, volto ao Cineclube e que belo retorno foi dar de cara com uma crítica tão bem feita, análise das mais interessantes que se pode encontrar, de um filme chave e ousado como CREPÚSCULO DOS DEUSES, de um gênio absoluto como era Billy Wilder.

Silva, você se saiu muitíssimo bem, parabéns de verdade! Aliás, me permita parabenizar a sua ousadia a la Raduam Nassar, de contar a história do filme numa "sentada" só, com vírgulas muito bem colocadas e apenas um ponto final. Somente a segurança de quem escreve bem que permite algo assim, já que você não escorregou em momento algum. Foi ousado como Wlder era, capaz de fazer um filme desmascarando Hollywood, dentro de Hollywood!

Merece meu reconhecimento! 10
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Nossa, muito obrigado pelos elogios!!! A intenção de contar a história do filme em um parágrafo só, sem pausas, foi para fazer algo diferente mesmo! A minha intenção era ser mais ousado ainda e não utilizar nenhum ponto final no entrelaçamento dos personagens, mas não consegui conectar a parte relacionada a Betty Schaefer dessa maneira. Mas pelo menos o objetivo foi alcançado!05
silva2007-03-24 23:38:06
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Beleza Americana, by Troy Atwood <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

beleza-americana-poster01.jpg

 

Nome original: American Beauty

Lançamento: 1999

Direção: Sam Mendes

 

Sinopse: Funcionário público, marido e pai, Loster Burham (Kevin Spacey) está entediado com a vida. O casamento não tem mais graça. Ser pai já encheu o saco. Perde totalmente a perspectiva de qualquer novidade na vida e aceita isso. Mas uma reviravolta surpreendente acontece, quando ele conhece Angela Hayes (Mena Suvari), amiga de colégio de sua filha.

 

O que eu acho: Beleza Americana foi, provavelmente, o campeão mais justo do Oscar nos últimos anos. O filme retrata tudo o que nós já sabemos sobre a sociedade americana e seu estilo de vida. Mas retrata com um certo nojo, uma certa repulsa e um envolvente toque de humor negro, o que faz desse filme uma quase obra-prima da atualidade.

 

Tudo começa numa cidade tipicamente americana, num bairro tipicamente americano, com ruas e casas tipicamente americanas. Nada novo até aí, hem?! Ah, esqueci de dizer. Nessa mesma cena, no começo do filme mesmo, Loster já avisa: "Estarei morto em menos de um ano". Mas a morte de Loster nem é algo tão relevante, quando vemos no decorrer do filme uma pá de outros assuntos mais sérios. Casada com Loster, Carolyn Burham (Annette Bening) é vendedora de imóveis. Mas não vende bem. Além disso, ela também está com crise de meia idade. Se sente sozinha, abandonada, sente que não foi bem sucedida como mãe, trabalhadora e mulher. Como não poderia deixar de ser, a filha adolescente, Jane Burham (Thora Birch) está revoltada. Com a hipocrisia dos pais, com a escola, com a vida, enfim, com coisa alguma. Não tem certeza de nada, apenas de que está certa. Ela se apaixona. Ricky Fitts (Wes Bentley) acabou de se mudar (típico, hem?!) para a vizinhança. Ele é um tipo misterioso de cara. Cult, artista, sempre está com sua câmera, admirando a paisagem, sacolas de supermercado, Jane, muros de casas... Ele tem um pai linha dura. Coronel Fitts (Chris Cooper) provavelmente foi ao Vietnã e gosta de fazer todos saberem disso, principalmente seu filho, que ele pensa ser gay.

 

 beleza-americana02.jpg

 

Há alguns fatores básicos que definem um bom filme. São eles Roteiro, Direção, Atuação, Fotografia e Trilha-Sonora. Mas Por que, afinal de contas Beleza Americana tem um bom roteiro, apesar de uma base tão saturada? O amor proibido e a situação terminal em que o personagem principal se encontra faz com que cada ato da trama seja excitante, já que nós queremos saber logo que fim terá essa história mirabolante. O que seria um final feliz? O marido termina junto com a jovem colegial? Mas que tipo de final feliz é esse, sendo que a filha e a mulher sairão pra lá de prejudicadas? E um final triste? A mulher e a filha, que são inocentes na história toda seriam favorecidas então? Nada disso. O final é surpreendente e ponto.

    

Sam Mendes faz aqui uma direção eficiente, contanto muito bem toda a história sem fazer parecer pretensiosa demais. Mas por outro lado, contando com um elenco não muito famoso, ele nos dá a impressão que o filme é um grande blockbuster. Uma grande produção sem grandes despesas é, basicamente o que vemos o diretor fazer.

 

As atuações... Outro ponto fortíssimo do filme. Kevin Spacey faz um maridão triste e canalha. Não dá para nós gostarmos ou odiarmos o cara. O fato é que mesmo narrando a história, mesmo participando da maior parte das cenas, Kevin consegue ser invisível pra nós, assim como o personagem dele é na família. Anette também não fica pra trás. Interpretar uma mulher na maior parte do tempo falsa pode parecer não muito trabalhoso, já que um ator é isso mesmo, um falso, mas quem se esquece do escândalo dela após fracassar em vender a casa? E há certos momentos do filme em que fica clara a eficiência de Mendes, como por exemplo, na cena em que Ricky conversa com Jane na escola pela primeira vez. Notamos que Ricky nem sequer olha para Ângela em momento algum e, apesar da própria Ângela dizer isso momentos depois que ele se vai, nem seria preciso, pois qualquer um notaria no próprio olhar de Ricky que sua atenção se manteve focada em Jane todo momento. Sam Mendes também nos proporciona um grande espetáculo no clássico número de dança pra lá de sensual de Ângela, em sua primeira aparição, com direito a rosas saindo por de dentro da roupa dela e tudo mais.  Desde as visões aéreas do bairro americano até os becos dos restaurantes, a beleza em cada cena é evidente. A câmera está sempre leve, solta, dando ênfase grande ao cenário ou aos personagens, cada um no momento mais oportuno. Quando Jane visita a casa do namorado pela primeira vez, somos levados a um pequeno tour pela sala de jantar, e em poucos segundos, ficamos sabendo não só do tipo de ambiente em que Ricky é obrigado a viver, mas também de toda a rigorosidade do pai que acabou levando a mãe à loucura. É como a biografia de uma família em poucos instantes.

 

 beleza-americana01.jpg

 

 Eu nem vou falar da música tema de Beleza Americana. Todo mundo já ouviu e alguns mais viciados sempre estão com ela no mp3. Esse tema também recebeu uma curta paródia em Madagascar! Fora o tema, não há nenhum outro som de destaque, mas o filme não pede por isso. É importante prestar atenção aos mínimos detalhes. Em cada rosa, em cada espinho há alguma coisa pra ser contada e nós só iremos ouvir se não desviarmos nossa atenção disso.

 

O título Beleza Americana nos leva a ter outra idéia sobe o filme, a qual vai mais pro lado da sedução e sensualidade por parte da personagem de Mena Suvari. Mas na verdade, o título é referência a um tipo de rosa muito cultivada nos EUA, que, apesar de bela, não possui espinhos nem cheiro, retratando o vazio e a falta de personalidade dos americanos. Ainda nas metáforas, é difícil esquecer o “vídeo mais bonito” que Ricky já fez (palavras do próprio), no qual uma simples sacola de plástico apenas voa para onde o vento a carrega. Ora, se o vento não retrata a última tendência pop e a sacola não é a juventude transviada americana (ainda que essa corrente de tendências não seja de exclusividade deles), Ricky é um carinho muito mais louco do que imaginei.

 

Ao fim, podemos constatar que Beleza Americana se deu bem por achar que o famoso estilo de vida americano é tão repulsivo e tão dispensável que chega a ser engraçado. E talvez seja essa a postura mais correta de se encarar não só o filme, mas os americanos, mesmo: achando graça. Por trás de pequenas frases aparentemente sem importância alguma, o filme consegue com louvor contar belas histórias: “Será que você já não me atrasou o suficiente, Loster?”, diz ironicamente Carolyn ao seu marido. Estaria ela se referindo apenas ao dia de trabalho? “É feia, sim. E comum. E sabe disso!”, diz Ricky a Angela, num dos momentos de surpresa do filme. Surpresa maior temos nós que momentos depois percebemos que ela realmente sabia. “É a minha primeira vez...”, diz Ângela no começo do final. Fomos nós então, espectadores enganados pela casca da personagem. Na verdade, Ângela sempre fora insegura de si mesma e então, para disfarçar essa insegurança se apega à única saída que encontra: sua aparência.

 

Por ser uma crítica à América, por ser uma inspiradíssima comédia, por ser uma linda história de amor e por conter significados dos mais variados e surpreendentes em cada quadro da película, Beleza Americana merece o reconhecimento de ser um dos filmes mais criativos e ousados da década de 90 (não vamos nos esquecer que o diretor dessa dura crítica não é americano!) trazendo à tona o antro americano cheio de falsidade e futilidade, que faz com que pelo menos durante duas horas, nós brasileiros mais... Dignos que eles.

 

beleza-americana-poster03.jpg

 

Preste atenção: Em tudo o que não está explícito no filme.

 

O que já se disse: "É a melhor coisa que aconteceu nos últimos 20 anos!” ·

 

O filme do sam Mendes acaba de entrar no cardápio do Cineclube. E vai ser o primeiro nesta segunda temporada no qual minhas considerações serão um pouco mais longas; não sobre a obra em si, que eu acho bem filmada porém um tanto manipuladora, mas sim sobre o processo de feitura desta resenha.

 

O texto do Troy Atwood é uma das razões pelas quais eu insisti e sempre insistirei no processo de garimpagem de novos usuários que contribuam para o tópico. Se tivemos um Kain, que não honrou seu compromisso e sequer deu satisfações, temos um Troy em contrapartida. Ambos jovens e recentes no fórum, porém com posturas bem diferentes. O Troy mandou um texto bem antes da data marcada (meus agradecimentos em público), depois esse segundo, por recear que o primeiro tivesse ficado muito curto. Gostei do primeiro e mais ainda desse que é o definitivo, não por ser mais extenso - pois críticas de cinema não são do tipo "vale o quanto pesa" -, mas sim porque seu entusiasmo com a tarefa de resenhar o filme está ainda mais transparente aqui - o que se reflete num melhor uso de palavras e em construções mais caprichadas.

 

Há algumas coisas que eu não concordo (o que não desqualifica em nada esse excelente trabalho), especialmente a afirmação quanto aos elementos básicos que definem um bom filme. Talvez com o tempo o Troy reveja essa postura e entenda, como eu, que a melhor forma de ver um filme é tentar não encaixá-lo em moldura alguma; talvez ele esteja certo. Além do prato da semana, temos uma ótima discussão trazida pelo colega. Às vossas considerações, associados do Cineclube.

 

Post semanal autorizado.
Alexei2007-03-26 12:23:14
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Gostaria de parabenizar ao Troy por ter desempenhado bem sua participação no Cineclube e me parece que seu preocupação era bastante infundada.

Eu, diferente do Alexei, acho BELEZA AMERICANA uma obra espetacular e gostei do tom de admiração que você empregou na sua análise. As vezes me pareceu "solto" demais, o que pode até ser tido como opção estilística, mas que eu admito me incomodar eventualmente (aquele parágrafo em que você faz inúmeras perguntas, numa espécie de bate-papo, por exemplo; poderia reduzir aquilo e manter a mesma idéia). Mas foi muito bem, Troy, certamente é dos usuários que mais tende a "crescer" nesse Fórum e os elogios do Alexei são, certamente, relevantes.

 

Só uma pequena observação: o personagem de Kevin Spacey se chama "Lester" e não "Loster"!
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Ah, brigado 08

Sei que a resenha não está lá grandes coisas, mas é porque eu tenho dificuldade pra desenvolver minhas idéias sobre filmes e tal. Acredito que com a prática isso deve melhorar, por isso tenho escrito bastante ultimamente.

 

E já fiquei sabendo que há a interpretação de que Beleza Americana nem é muito uma crítica ao estilo de vida americano e sim fala sobre recomeços e tal. Procede? 13

 

 

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Eu tenho esse filme no meu PC. Acho que já assisti umas 6 vezes. Como alguém sabiamente citou, há de se olhar para ele com uma lente de aumento, pois existem inúmeros detalhes que se observados em zoom, tornam a trama ainda mais rica.

Meu único porém acaba sendo a Annette Bening. Na primeira assistida, gostei bastante da atuação dela, mas sei lá...revendo o filme, senti que ela estava um pouco exagerada, um pouco "over the top". Mas é a pior coisa que posso dizer do filme. Na totalidade, é uma obra-prima.10
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"Beleza Americana" já esteve dentro do meu Top 10 de todos os tempos e saiu... não só por méritos de outros, mas continuo gostando bastante. Os pontos baixos pra mim acabam sendo as personagens de Chris Cooper e de Mena Suvari a partir da revelação final, que torna o conteúdo do filme um pouco escancarado; e dependendo do meu humor, Annette Bening e Thomas Newman, que podem soar meio over-the-top e mala, respectivamente. Sobre o saco plástico, acho que os detratores do filme dão muita atenção pra ele ; não imagino que o filme tenha se proposto a tornar aquilo em algo filosófico, mas sim algo que um personagem parou e filmou, algo sem sentido que ele se 'identificou'. Ir um pouco além acho que seria um pouco estranho... gostaria de rever.

Mas o filme e toda aclamação que recebeu são dignos só pelo Kevin Spacey e seu personagem que roubam todo o filme... minha cena preferida, desde que vi o filme pela primeira vez, é aquela em que ele vai trabalhar como fritador de batatas fritas... 06

 

E a crítica do Troy ficou boa, deu pra ver que ele trabalhou bem sendo que ele mesmo diz que foi a primeira vez... talvez ele possa fazer grandes críticas mesmo... só acho que a forma como ele colocou "os fatores básicos de um bom filme" ficou um pouco ruim. No mais, parabéns! Compartilho da opinião do Thico sobre a análise..

 

E eu li uma crítica enterrada no baú daqui do Cineclube, a do J. de Silentio para "Cantando na Chuva", filme que vi hoje, pela primeira vez... assino embaixo da crítica dele, um destaque deste espaço que parece ter sido pouco lido...
rubysun2007-03-27 17:50:09
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Aê, resenha de filme que eu já assisti. [algumas vezes por sinal]

 

Troy, parabéns, filho. Você escreveu a crítica de um jeito despojado bem interessante que tem tudo a vê com o jeitão do filme. Achei legal isso. E obrigada por esta informação:

 

"O

título Beleza Americana nos leva a ter outra idéia sobe o filme, a qual

vai mais pro lado da sedução e sensualidade por parte da personagem de

Mena Suvari. Mas na verdade, o título é referência a um tipo de rosa

muito cultivada nos EUA, que, apesar de bela, não possui espinhos nem

cheiro, retratando o vazio e a falta de personalidade dos americanos."

 

Não sabia mesmo. E é uma informação extremamente pertinente.

 

Beleza Americana é um filme excelente e com excelentes atuações. Spacey estava fantástico.

 

 

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