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300


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Omelete entrevista: Produtores e roteirista de 300

Jeff Silver, Deborah Snyder, Mark Canton, Gianni Nunnari, Bernie Goldman e o roteirista Kurt Johnsta

26/03/2007

Em fevereiro passado, os produtores Jeff Silver, Deborah Snyder, Mark Canton, Gianni Nunnari, Bernie Goldman e o roteirista Kurt Johnstad receberam a imprensa em Los Angeles para uma rodada de perguntas e respostas sobre 300. Na ocasião a adaptação da graphic novel de Frank Miller ainda não havia entrado em cartaz nos EUA, portanto permanecia uma enorme expectativa sobre o resultado do épico de Zack Snyder. Confira abaixo o que eles contaram sobre a produção.

Como vocês convenceram Frank Miller a fazer este filme?

GN: Com um cheque enorme... ahahahahaha. Eu acho que Frank estava num momento em que ele sabia que haviam outros projetos nas prateleiras sobre os 300 de Esparta e achou melhor vender os direitos para um cara maluco como eu, já que parecia que ninguém faria o filme. Aí veio mais um cara maluco, mais dois, mais três e enfim éramos quase 300 malucos. E ele acreditou em nós, que estávamos muito determinados em fazer o filme da maneira correta. E aí entrou Zack [snyder], e foi paixão à primeira vista entre os dois. A partir daí ficávamos renovando os direitos a cada seis meses. E isso durou uns três ou quatro anos até conseguirmos realmente fazer o filme. E parece que ficou bom...

E como foi seu primeiro contato com Zack?

GN: Nosso primeiro trabalho juntos foi um comercial. E foi uma propaganda memorável - a primeira estrelada por Robert DeNiro. Zack é ótimo.

De quem foi a idéia de colocar Rodrigo Santoro no papel de Xerxes?

DS: Eu me lembro de quando o nome dele chegou pra nós pela primeira vez. Nos encontramos com a idéia de que ele seria possivelmente um dos espartanos, mas Zack gostou tanto dele que ficou pensando que ele poderia ser o Xerxes. Aí Rodrigo voltou ao Brasil e de repente Gianni nos ligou dizendo que tinha uma fita dele interpretando Xerxes, para nossa avaliação. Ele tinha ficado muito intrigado com o personagem. Ele colocou uma touca careca, fez a maquiagem completa, e interpretou uma cena da graphic novel. Nos mandou a fita e ficamos impressionados. Ele foi o primeiro que avaliamos para o papel e o escolhemos ali.

Vocês esperavam essa resposta de público?

MC: Estávamos com os dedos cruzados, mas quando o filme ficou pronto ficamos felicíssimos, pois é ótimo estar envolvido com algo que efetivamente causa resposta nas pessoas - falação, empolgação, etc.

Esses temas de sacrifício e liberdade fazem algum sentido maior hoje em dia?

KJ: Eu acho que através da História esses temas de sacrifício, honra, responsabilidade são recorrentes. Não gostaria de politizar o assunto demais, mas sim, é possível traçar alguns paralelos se você quiser. É uma condição humana - estamos sempre querendo proteger terras, filhos, etc. e acho que isso é o que torna essa história única, ela transcende milhares de anos - é ancestral - e ao mesmo tempo moderna. E a maneira como ela é contada, toda estilizada, faz com que ela funcione em níveis diversos em culturas distintas.

Como foi o processo de adaptação?

KJ: Antes de mais nada, preciso dizer que fiquei apavorado com o nível do trabalho que tinha diante de mim. Frank Miller é icônico e você não quer estragar algo assim. Quando Zack e eu começamos a trabalhar no roteiro alternávamos cenas e criamos uma competição sadia entre nós. Em algumas cenas era facílimo adaptar: o roteiro estava todo no papel, textual e visualmente e era só fazer pequenas modificação, já que consideramos o trabalho original uma fundação sobre a qual criaríamos o nosso filme. Foi um desafio sadio.

Fale um pouco sobre a expansão da história da Rainha Gorgo, por favor.

KJ: Se dependesse de Zack ele faria um filme com duas horas de porrada, mas não dava pra ser assim. A audiência precisa de pontos de respiro ao longo da história. De outra forma ficaria exagerado. Então Zack me encarregou de todos os diálogos que chamamos de "lado B", ou seja, tudo o que não está na graphic novel. Encarei isso como um desafio, mas logo me dei conta que "espera um pouco... você só tem que olhar a HQ e eu fico com o trabalho sujo". Foi intimidador, porque, claro, como eu poderia encarnar uma rainha espartana para escrever sobre ela? A solução então foi escrever pelas bordas... pegar o que existe na HQ e ampliar. Um desses pontos foi a ausência de pontos-de-vista das mulheres espartanas e seu papel na cultura da sociedade. Historicamente eles eram tratados como iguais. Mulheres podiam ter terras, uma certa voz política... então levei isso em consideração e me entreguei às musas. Algumas pessoas usam a Força para escrever, mas aqui achei que as musas seriam mais apropriadas. Ou seja, trabalhei meio por instinto e com a compreensão da cultura, da HQ e das intenções de Zack.

O filme acabou gerando uma quantidade impressionante de merchandising também...

DS: Sim, temos o videogame, o livro making-of da Dark Horse, figuras de ação e colecionáveis adultos - já que o filme tem classificação etária alta - e teremos também réplicas dos elmos, espadas, escudos... tudo fantástico. Sem falar no boneco que fala do Leônidas, que me deixou orgulhosa, que repete algumas das frases memoráveis do filme. E até um disco de vinil com a trilha sonora!

Depois de Alexandre, Tróia e Cruzada, parece que os épicos perderam força. Vocês acham que 300 dará um novo sopro de vida ao gênero?

MC: Foi esse o nosso argumento para a Warner Bros o tempo todo. Recordo-me de Zack me dizendo que o filme tradicional de "sandálias e espadas" está morto e nós vamos reacender o interesse por ele. Acho que foi justamente isso o que mais nos empolgou. Pegar um gênero que estava morno junto ao público - por conta disso foi muito difícil convencer as pessoas a fazê-lo - e dar a ele uma nova roupagem. E eu acho, sim, que ele mudará os épicos daqui em diante. É pra isso que gente como nós está nesse negócio, afinal. Não temos a menor intenção de fazer coisas tipo Garfield 3, mas sim de romper barreiras, criar o novo.

GN: É, mas eu não me importaria de fazer 300 3. Hahahahahahahaha

Algumas das melhores frases do filme vêm direto de Heródoto, como "lutaremos à sombra". Vocês estudaram a história também, ou só a HQ bastou?

KJ: Sim, estudamos a história, a conhecíamos por cima antes, mas assim que assumimos o projeto comecei a conversar com historiadores diversos e a ler vários livros, marcando partes, mostrando a Zack, etc. Todos os acadêmicos falaram basicamente as mesmas coisas porque o mais interessante sobre a sociedade espartana é que não havia escultores, pintores, poetas... a arte era com os atenienses. O negócio dos espartanos, e tudo o que eles conheciam, era o treinamento e a guerra. Assim, toda a história deles é contada por pouquíssimas pessoas, Heródoto entre elas. E essas pessoas costumavam extrapolar e colocar seus pontos de vista sobre o que aconteceu. Mas várias linhas de diálogo do filme vêm diretamente dessas obras e foram realmente faladas nos campos de batalha, como "lutaremos à sombra", ou "soldado, volte com seu escudo ou sobre ele".

Pelo tema, o filme é essencialmente masculino. Houve preocupação de incluir novos públicos nele?

GN: Nunca conversamos a respeito. Mas como todos os filmes que fazemos, testamos este quando ficou pronto. Eu nunca vi notas tão altas na minha carreira - e acompanhei os testes do primeiro
Matrix.
Mais impressionante ainda foram os pontos que ele obteve junto às mulheres. Jovens e mais velhas adoraram o filme tanto quanto os homens. Isso nos deixou chocados e abriu nossos olhos para o potencial dele. Antes achávamos, como você, que seria um filme para homens, mas estávamos erradas. É um filme sobre honra, sacrifício e amor, relacionável em tantos níveis.

E o orçamento? 65 milhões de dólares é um valor baixíssimo para um épico.

GN: Não podemos discutir valores, mas posso dizer que hoje a indústria cinematográfica está estudando muito de perto este filme e o que fizemos para viabilizá-lo. Ao usar de maneira inteligente a tecnologia e ao contratarmos atores a um passo de se tornarem astros, criamos uma maneira interessante de trabalhar, que foi um grande aprendizado para todos nós. Há o fato também de Zack ter tudo tão organizado, administrado do início ao fim.

DS: Nós gravamos em apenas 60 dias, com apenas 10 dias de filmagens secundárias. Isso incluindo todas as cenas de luta, as coreografias... isso tudo consome um tempo enorme. Mas como usamos só tela azul, pudemos fazer tudo mais rápido, especialmente porque tinhamos esquemas pré-programados de luz. Outra vantagem foi que em muitos casos nem precisávamos mover as câmeras. Como era um mundo virtual dava para simplesmente mover as pessoas. Isso tudo ajudou demais.

GN: Acho que abrimos um precedente. Toda Hollywood está tentando entender como fizemos esse filme com esse orçamento. Felizmente, esse é um raro caso em que conseguimos honrar a História, a obra original e ainda fazer algo viável comercialmente.

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É filme pra macho, não foi feito pra você, Clark.

 

 

Putz' date=' o Rodrigo Santoro tá sinistro neste filme06[/quote']

ele ta parecendo uma bixona, aliás, ele é uma bixona!06

 

 

 

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Esse é o problema dos "CIVIS", leiam a HQ do Frank Miller, ele criou esse visual pro Rei Xerxes.

 

Mihell2007-03-27 22:13:57

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Ué muita gente ja falou, é o melhor filme do ano ate aqui.

É do tipo de filme que da vontade de ver varias vezes, a direção de Zack Snyder é muito estilizada e 300 tem as melhores cenas de combate de guerra do cinema.

A atuação de todo elenco é digno de nota, Santoro esta muito bem e o Leonidas feito pelo ator Gerard Butler é de longe seu melhor papel no cinema.

O filme é logico vai dividir opiniões, mas o ano começou muito bem com 300.16

 

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Interessante crítica do filme... O verei com olhos mais atentos.

 

 

"300" - 3/5
por Rodrigo Carreiro

cr-300-i.jpgZack Snyder era virtualmente um desconhecido quando começou, em 1999, a peregrinar pelos estúdios de Hollywood, na tentativa de vender o projeto do épico sanguinolento “300” (EUA, 2007). Na época, os executivos não achavam boa idéia transformar um gibi misógino e violento em longa-metragem, e Snyder só ouviu negativas. Em poucos anos, tudo mudou. O cineasta se tornou nome quente, após dirigir o elogiado horror “Madrugada dos Mortos” (2004). O sucesso esmagador da série “O Senhor dos Anéis”, ao lado da onda rentável de filmes baseados em quadrinhos, tornou o cenário favorável ao tipo de produção que Snyder queria fazer. Foi assim que “300”, filme-síntese das mudanças radicais que a linguagem cinematográfica vem experimentando no século XXI, viu a luz do dia.

A resultado final reproduz, com fidelidade canina, o estilo brutal e as imagens estilizadas dos quadrinhos, em tons dourados e vermelho-sangue. “300” é um filme único, irregular e contraditório; o tipo de produção que rende opiniões firmes, do tipo “ame ou odeie”. Trata-se de um épico anabolizado, um balé de jorros de sangue e membros decepados, exibido em câmera lenta. Consegue ser ainda mais ultraviolento e misógino do que o gibi, e não se furta a exibir enorme fascinação homoerótica com o corpo masculino. Lembra um “Gladiador” (2000) atualizado para os novos tempos – ou seja, aditivado pelas substâncias proibidas que os freqüentadores de academias de ginástica injetam nos músculos, e influenciado pela estética e pela narrativa dos videogames. Mas o caso, aqui, é mais do que mera hipertrofia muscular. Na verdade, o filme se esmera em celebrar uma hipertrofia dos sentidos.

Tudo, absolutamente tudo em “300” é hipertrofiado, exagerado, grandiloqüente. Os bíceps, tríceps e músculos peitorais dos 300 guerreiros encarregados de defender Esparta das hordas de persas encabeçados pelo deus-imperador Xerxes (Rodrigo Santoro), na invasão à Grécia relatada por Heródoto em 480 a.C., funcionam como metáfora perfeita desta hipertrofia. E a melhor medida dela é fornecida pela análise da figura do ator brasileiro, pois ela incorpora com perfeição esta característica, sem dúvida a mais importante do filme. Xerxes eleva os clássicos personagens “maiores-que-a-vida”, que o cinema norte-americano se especializou em celebrar durante décadas, de John Wayne a Sylvester Stallone, a um patamar de exagero inédito.

Vejamos: Xerxes é mais alto do que um jogador da NBA. Tem voz mais cavernosa do que o urro do King Kong (Santoro teve a voz manipulada digitalmente). Usa mais piercings no rosto do que um tatuador sadomasoquista, e mais correntes de ouro do que um pagodeiro carioca. Os cílios e sobrancelhas são pintados com delineador negro, e as longas unhas aparecem tingidas de dourado. O corpo é todo untado de óleo e sem pêlos: o protótipo perfeito de uma Pomba-Gira cibernética. Não seria estranho ver uma figura assim num terreiro de macumba erguido no mundo virtual do Second Life (a qualquer momento, pensamos, ele vai sair sambando no meio da interminável carnificina em câmera lenta em que o filme se transforma, a partir da metade). Já dentro de um filme normal, Xerxes chamaria a atenção como uma maçã no meio de laranjas. Mas sejamos justos: “300” não tem nada de normal.

Observar as reações nervosas da platéia, dentro de um cinema lotado, no momento da primeira aparição de Santoro, dá boa medida da impressão causada pelo longa. Parte do público fica de queixo caído, dá sorrisos amarelos, ou gargalhadas histéricas. Não se sabe bem como reagir a algo assim, pois ele não tem antepassados; a hipertrofia dos sentidos se manifesta aí de forma especialmente forte. No momento que a figura literalmente monstruosa de Santoro aparece, o filme está bem na metade – a conversa entre Xerxes e Leônidas (Gerard Butler), rei dos espartanos, racha a obra em duas partes bem distintas – e o público, entre constrangido e excitado, se manifesta ruidosamente. A sonoridade gutural do vozeirão do ator nacional, aliás, é perfeita para testar os graves do sistema de som. É coisa para fazer as paredes e poltronas tremerem. Nenhum ser humano fala daquele jeito.

É claro que Zack Snyder, assim como Frank Miller (que escreveu e desenhou o gibi), não estão interessados em humanidade. Nada de realismo aqui. Interessa aos dois causar a impressão mais bombástica possível, e nisso são bem sucedidos. Existe, de fato, uma conexão emocional forte entre o filme e a platéia, algo que a bilheteria norte-americana confirma (“300” levou mais gente aos cinemas no mês de março do que qualquer outro filme anterior). Pode-se discutir a qualidade cinematográfica do produto, mas é inegável que Snyder conhece a cabeça dos adolescentes do século XXI, e fala a mesma língua que eles. A sucessão ininterrupta de imagens homoeróticas de torsos nus sendo martirizados, um amálgama de violência (explícita) e sexo (apenas prometido, através da imagem dos homens seminus) em doses cavalares, funciona como uma marretada nos sentidos. Hipertrofia. Daí o sucesso.

Como outras produções contemporâneas, “300” investe em um bombardeio incessante de imagens e sons agressivos. Deixa de lado o bom senso e técnicas narrativas tradicionais. Esqueça, por exemplo, as sutilezas. Nos melhores trabalhos, cineastas comunicam sensações de modo sutil. Muitas vezes a informação não está nas palavras, mas num olhar de soslaio, numa expressão facial, num corte ou na justaposição de dois planos de sentidos complementares. O bom uso dos códigos narrativos do cinema precisa ser decodificada pelo espectador atento, que participa dinamicamente da projeção, acrescentando algo de sua própria experiência ao que está vendo.

Porém, nada disso existe em “300”, um filme onde os personagens falam berrando uns com os outros, soltando frases de efeito (“tomem um café reforçado, pois à noite jantaremos no inferno”) aqui e acolá. Além disso, em bons longas-metragens de aventura, a narrativa engrena aos poucos, explorando os conflitos dos personagens até explodir num clímax eletrizante. A isto se chama ritmo. Em “300”, o ritmo é irregular. Começa devagar e segue aos trancos e barrancos até a metade da projeção. Então o filme descamba para uma carnificina incessante que dura quase uma hora, sem pausas. E esta carnificina é apresenta através de longas seqüências em câmera lenta, em que o tempo demora a passar, de modo que os olhos possam absorver cada centímetro do visual espetacular, e admirar o trabalhão que deu para construir aquilo tudo.

Sob estes aspectos técnicos, claro, há muitos elogios a serem feitos. “300” foi filmado com uma técnica nova, semelhante à usada em “Sin City” (2005): todas as cenas filmadas dentro do estúdio, com atores atuando sobre fundo azul. Os cenários digitais, produzidos em três dimensões e em computadores comuns, foram acrescentados depois, durante os doze meses de pós-produção. O nível de detalhes é assombroso e o visual, nunca menos do que espetacular. A impressão é que a película inteira recebeu um banho de ouro em pó, pois predominam as tonalidade douradas e vermelho-sangue. A textura é granulada, como se as imagens estivessem sendo desenhadas com lápis de cera infantil. A colorização do gibi original (feita pela esposa de Frank Miller, Lynn Varley) é reproduzida fielmente. Em termos visuais, portanto, a experiência é bem estimulante.

Apesar disso, admiradores da revista lançada em 1998 vão perceber alterações na história. Foi acrescentada toda uma subtrama envolvendo a rainha de Esparta (Lena Headey), e as cenas de batalha – que na revista são sintetizadas em três ou quatro páginas – ganharam uma amplificação como sempre exagerada, que inclui até mesmo uma longa tomada sem cortes, em que a velocidade de movimentação dos personagens é manipulada pelo diretor, se alternando entre o hiper-lento e o super-rápido (“Matrix”, lembram?). O take flagra Leônidas destroçando pernas, braços e cabeças de vários adversários, primeiro com a lança, depois com a espada. O que chama especialmente a atenção nesta tomada, e esta observação encaixa perfeitamente no filme como um todo, é a evidente influência dos videogames na estética e na composição.

Alguns críticos já detectaram este fenômeno antes. Ele ainda carece de um estudo mais profundo e consistente, mas já é possível afirmar que a chamada “estética MTV” (ação frenética mostrada através de cortes rápidos) está sendo substituída pelo que poderíamos chamar de “estética Playstation”. A composição visual da tomada citada no parágrafo acima – personagens se movendo lateralmente, vistos à meia distância – simula com perfeição a perspectiva de alguns jogos do console. Várias outras características de games (tomadas em primeira pessoa, violência gráfica incessante, jorros de sangue aos borbotões, a alteração na velocidade de projeção, música pesada) podem ser observadas durante o filme.

Também no aspecto narrativo existe uma influência clara dos games. Como bem disse o colega Kleber Mendonça Filho, do site Cinemascópio, o filme é estruturado em fases de dificuldade crescente, como se estivéssemos avançando em um jogo eletrônico (“primeira fase fácil, segunda fase mais difícil, terceira parte impossível”, escreve Kleber). Esta estrutura, é importante ressaltar, não é exclusiva de “300”. Outros filmes de sucesso junto à platéia masculina adolescente, ou pós-adolescente, têm utilizado estrutura semelhante – a série “Jogos Mortais”, também famosa pela ferocidade com que se dedica às amputações e banhos de sangue, é o melhor exemplo. Junte tudo isso à música agressiva, que mistura o tom solene dos épicos antepassados (“Conan”, “Gladiador”) a guitarras heavy metal, e você tem um perfeito exemplo de um produto destinado a provocar aquilo a que me referi no começo deste texto: a hipertrofia dos sentidos.

- 300 (EUA, 2007)
Direção: Zack Snyder
Elenco: Gerard Butler, Rodrigo Santoro, Lena Headey, Dominic West
Duração: 117 minutos

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a da zetafilmes ja ta indo pelo lado homoerotico da coisa..06

 

300 de Zack Snyder - 27/03/07
Pois nem como orgia tresloucada de violência digital fora de controle “300” é bem sucedido. As promessas de um espetáculo intenso, absoluto, inédito, caem por terra. Visualmente rígido e narrativamente truncado, se revela um filme frustrantemente comedido perante suas possibilidades digitais, e os eventos retratados apenas uma extrapolação contemporânea dos épicos “espada-e-sandália”.
Bernardo Krivochein (Rio)

Esforços não são poupados para fazer de “300” um filme visualmente fiel a fraquíssima graphic novel de Frank Miller (a inovação visual, contada estritamente em painéis de duas páginas, não supera a narrativa e os diálogos ralos) mas no conteúdo a anarquia come solta: a estrutura foi alterada, personagens são inventados e até uma subtrama inteira foi adicionada. Por que adotaram a política do “dois pesos, duas medidas” para imagem e narrativa?

Porque, francamente, “300” é um filme unidimensional tal qual o público ao qual ele se destina, tal qual a obra que lhe serve de fonte de inspiração. A princípio, “300” é um filme, diferente do que tem se publicado mais amplamente, mais “nerd” do que “gay”, antes que Miller/Snyder transformem a utilização dos dois termos uma redundância. “Nerd” é o novo “gay”. Pois por “nerd” subentende-se o indivíduo que, desprovido de um porte firme, qualidades atléticas ou desenvoltura com os alvos de seus interesses afetivos – e constantemente relembrado disso pelas outras vítimas dos institutos de convivência social forçada, i.e. escolas – projeta uma série de idéias deformadas de masculinidade em seus heróis, sempre extraordinários, nunca flácidos. Sua incapacidade no basquete ele compensa através do herói capaz de atirar teias de aranha pelo pulso, seu corpo magricela e raquítico ele compensa através do gigantesco herói anabolizado (seu tamanho e corpo musculoso irresistíveis para a garota que o rejeitou e seu pênis tão monstruoso que a rasgaria ao meio, assim punindo-a por tê-lo desprezado na vida real), a garota que ele não conquista ele se masturba com a heroína-toda-mulher com perfil de fisiculturista, etc.

A essa altura, o “nerd” já percebeu que essa fixação com o reflexo da lua no suor que escorre pelos bíceps intumescidos já está começando a pegar mal. Zack Snyder, percebendo que o texto de Miller nutre por Leônidas a mesma, erm... “atenção” que uma novela das 7 do Carlos Lombardi nutre pelo “Pescador Parrudo” (“Apenas um não dormiu. Apenas um passou a noite acordado, flexionando seus peitorais para a Lua: o Rei... Leônidas.”) toma o clássico comportamento patológico das declarações homofóbicas para esconder a própria homossexualidade. Aqui começa o festival de confusão sexual adolescente mais engraçado desde a invenção dos campeonatos de vale-tudo: o filme ofende aos gays (os convictos, não os velados) não porque, como todo bom filme hollywoodiano, ignora a tradição homossexual grega, mas exatamente porque prefere sim retratá-la, mas de maneira negativa. Atenianos “xingados” de filósofos e de homossexuais pedófilos por espartanos portadores de abdomens somente possíveis através de localizada. A dupla de espartanos cabeludos trocando provocações afetuosas entre si, numa alusão direta ao primeiro casal gay blockbuster, Maverick e Iceman em “Top Gun”. O clichê do vilão afrescalhado e sofisticado, de tantos filmes de ficção-científica de drive-in brilhantemente avacalhado por Kazuki Kitamura em “Godzilla: Final Wars”, de toda a série “James Bond” brilhantemente avacalhado por Mike Myers na série “Austin Powers”; sua afetação uma ameaça à integridade do ser macho (fosse “300” um filme contemporâneo, Xerxes seria inglês e esnobe). O grito militar dos espartanos “Ah-hoo!”, inversão do grito do Exército Vermelho “Urra!”, subvertido na comunidade homossexual/ surfista contemporânea como “Uh-huu!” Para não deixar a guarda espartana, embriagada pelo cheiro de 300 ‘pirus' suados de vários dias, se degenerar numa orgia, a Rainha Gorgo ganha toda uma subtrama – quando na fonte original ela tinha direito a somente um “balão” de uma frase – uma cena de sexo – que mais parece uma seqüência de flashes envergonhados de um filme pornô que o espectador não quer admitir que viu - e declarações de afeto – quando na fonte original, o narrador idolatrava o não-sentimentalismo dos relacionamentos entre soldados e esposas. Porque sentimento é coisa de viadinho.

Claro que é uma ousadia acusar “300” de ser gay através dessa atividade absolutamente viril que é a crítica cinematográfica, exercida por estes pilares de masculinidade da sociedade que são os críticos de cinema. Na realidade, quando Astinos morreu degolado (Spoiler: existe um personagem em “300” chamado Astinos e ele morre degolado), um crítico de jornal na sessão gritou: “Porra! E agora, pra quem eu vou poder me masturbar?!?” A gente sabe que todo o crítico profissional acusando “300” de homofóbico e/ou homoerótico (o filme cumpre a façanha de ser os dois ao mesmo tempo) está pisando no filme em seus artigos amplamente publicados apenas para ser respeitado entre o círculo intelectual. Mas o filme empilha neurose americana em cima de neurose americana, tentando se fazer passar por pleno entretenimento – como se ser entretenimento anulasse qualquer possibilidade de contextualização – que se faz necessário desmembrar o que é provavelmente terrível propaganda pró-guerra.

A missão assumida a princípio por Snyder era a de criar um espetáculo puramente visual, assim como a graphic novel, uma estetização da Batalha das Termópilas sem preocupações com essas viadagens tipo fidelidade histórica (pois o filme não convenientemente abafa a homossexualidade espartana como prefere não comentar que Esparta era um estado fascista para o qual “300” serve de propaganda, sem contar as falas repletas de neologismos) e despido de quaisquer subtextos políticos. É nessa busca que reside o perigo de “300”: quando não reconhece o que retrata como absurdo e acaba idolatrando a estupidez que faz passar como normal, necessária até. A primeira cena do filme, na qual o bebê Leônidas escapa da morte por ter genes perfeitos, aplaude o papel crucial do infanticídio na busca do formidável exército espartano. Toda instituição diplomática (o Conselho e os Éforos) é retratada de forma abominável e corrupta (e feia e boba e chata), justificando a atitude do Rei Leônidas de invalidar a lei e conduzir seu país à guerra (em dado momento de uma das cenas criadas somente para o filme, Leônidas fica muito chateado – chateado mesmo, tá? - com tantos corruptos que não o deixam governar Esparta com mão-de-ferro; aahhh, que fofo!) dando continuidade à dinastia de terror espartana. Lá vão os belos e inabaláveis espartanos, com suas barrigas saradas e dentição perfeita, agindo da única forma que sabem ao se depararem com povos de outras raças e culturas: com estupidez determinada em nome da liberdade-liberdade-abra-as-asas-sobre-nós. Soma-se a isso a representação absurda e extravagante dos Persas – idêntica ao capeta pintado pelos americanos com os clichês europeus (afrescalhados), asiáticos (psicopatas) e africanos (selvagens) – a Batalha das Termópilas de Miller e Snyder pode ser resumida como entre Depilados X Deformados.

Independente do fato que os iranianos chiando sobre o modo como são representados no filme dificilmente descendem diretamente dos persas, a irritação deles pode ser comparada a confusa reação brasileira frente ao terror “Turistas” (já que o brasileiro anseia se tornar norte-americano – secretamente ou abertamente – ele ficou mais magoado do que pleno de ira ao se ver esculachado pelo alvo de suas afeições): é mais um caso da arrogância norte-americana tomando liberdades absurdas com a imagem e cultura dos outros. Sem pedir permissão nem pagar direitos autorais. Os EUA não aprovam o plano nuclear do Irã para poderem realizar a continuação de “300” em paz. É um terrível paradoxo que, embora nos encontremos numa era em que é finalmente tecnicamente possível realizar um filme como “300”, politicamente ele não poderia ser realizado em momento mais inadequado.

Parte de mim entende o poder de atração que “300” exerce sobre o público pagante. Constantemente empurrada pelos cine-esnobes, a Imagem Singela se banalizou através da onipresença do audiovisual na vida cotidiana e, normalmente sendo o foco dela, o indivíduo não se encontra na posição sócio-econômica privilegiada dos teóricos de cinema para poder valorizá-la. O indivíduo anseia por estímulos mais ostensivos, mais grandiloqüentes, que justifiquem as dimensões da tela e o sistema de som de um cinema, utilizados ao máximo de sua capacidade. O indivíduo da Imagem Singela anseia pela Imagem Extravagante (também pela influência da publicidade, produtora de imagens sempre belas/sempre distantes). O anúncio de um filme como “300”, com suas promessas de grandes estímulos e 100% de imagens rebuscadas/tratadas, é chamariz imediato para um público aborrecido por uma dieta de visões pouco extraordinárias.

Pois nem como orgia tresloucada de violência digital fora de controle “300” é bem sucedido. As promessas de um espetáculo intenso, absoluto, inédito, caem por terra. Visualmente rígido e narrativamente truncado, “300” se revela um filme frustrantemente comedido perante suas possibilidades digitais, a escatologia prática substituída por feridas abertas binárias é comportada (mas há algo de inegável artificialidade na violência do filme: membros explicitamente decepados que garantiriam censuras mais rígidas para outros filmes tornam-se um balé de plasma esvoaçante aparentemente mais aceitável enquanto entretenimento para toda a família), os eventos retratados apenas uma extrapolação contemporânea dos épicos “espada-e-sandália”. O espectador se conforma com “Photoshop: O Filme”, a versão tratada dos filmes que seu pai cabulava aula para assistir, a versão tratada das imagens pré-existentes de Miller e de outras fontes (o Oráculo nada mais do que uma referência ao curta experimental “Acqua Natasa” de Stéphane Sednaoui, significando que Snyder e eu compramos o mesmo DVD da Director's Label), nada derradeiramente criado, apenas compatibilizado para o contexto estético do filme. Um particular plano-seqüência em “speed ramping” no qual Leônidas elimina sozinho um número de soldados persas (é o próprio Oldboy de sungas!) faz pensar que Uwe Boll finalmente está fazendo escola: câmera lenta e acelerada se alternam longamente sem muito critério além do fato de que Snyder pensa: “vai ficar com uma cara maneira!” É tal filosofia que rege todo o longa-metragem.

A pompa do roteiro que substitui diálogos por frases de efeito (as mesmas que você vê espalhadas pelas ruas no irritante marketing do filme) transfere-se para a equipe da blue screen e para o elenco. Snyder é generoso e deixa o elenco exibir o resultado de meses de treinamento sacrificante na academia (não “academia Lee Strasberg”, mas academia de verdade, com supinos e o-que-mais), mas sinto que teremos uma enxurrada de Leônidas nas festas do próximo feriado nacional do Halloween, playboys e gays musculosos indistinguíveis na multidão de capa-e-sunguinha. Dando meu braço a torcer, é uma opção até econômica de fantasia. Não sei o porquê, mas a vestimenta dos espartanos me relembraram o “Xou da Xuxa”. Enfim, o ícone da masculinidade suprema é flexionado e urrado por Gerard Butler. O mesmo que interpretou “O Fantasma da Ópera”. A versão musical. No teatro. Em Londres. E se você não teve uma overdose de macheza ainda, imaginemos um dia na vida de Butler:

- MEU NOME É!... GERARD!... BUTLER!!! EU PEDI!...UM!... PASTEL!!! 06
-  Mas senhor, eu já lhe entreguei o pastel...
- ISSO!... É!... EMPADA!!! 06

Voz grossa é uma obrigação no universo de Snyder. Eu deixarei para o pessoal esperto que assistirá esse filme nos cinemas do subúrbio sacanear a incauta presença do pobre Rodrigo Santoro até pulverizá-la (e estou cogitando seriamente ir ao NorteShopping nesse fim de semana apenas para escutá-las), mas quando o sujeito abre a boca – eu não sei se ele foi dublado ou filtrado no Pro-Tools – esperei sinceramente que ele fosse cantar “Bela Lugosi Is Dead” ou coisa do gênero. “300” mantém essa relação grandiloqüente com seu áudio tecnicamente impressionante, ao que sua trilha sonora hibridiza o operístico com toques de música pop (exemplo: os riffs de guitarra pesada sobrepostos aos arranjos sinfônicos nas batalhas finais) e o cenário sonoro apresenta mais riqueza e textura do que o visual. Mas mesmo creditando seus valores, ela se deixa afetar por momentos de ridículo: o inchaço dos metais durante a revelação da “árvore de presunto” é capaz de causar risos, pois parece que esse episódio de “Lost” vai dar um break para os comerciais.

“300”, como um bom americano, é regido pelo signo do medo: medo do estrangeiro, medo de ser descoberto homossexual, medo de ser muito parecido com “Gladiador” (segundo declarações dos produtores). Tão repleto de paranóias, o ridículo é justamente o que faz de “300” entretenimento certeiro, com gargalhadas abundantes até os letreiros finais, não sem antes uma declaração final de Leônidas questionando se toda a truculência das duas últimas horas valeu a pena (clichê máximo do cinema pósmoderno: a obra exploitation que tenta se validar desaprovando toda a estupidez  retratada no filme com uma mísera fala final). E, de forma que seus produtores jamais poderiam prever, “300” acaba aludindo sim a um filme atual: o ótimo “O Virgem de 40 Anos” de Judd Apatow. Transportando-se para a Termópilas de sua imaginação e interpelando mentalmente os personagem da tela, que posam orgulhosamente seus torsos oleosos em suas poucas vestes como se fossem um presente de Deus para as mulheres, o espectador certeiro o sacaneia com a espertíssima citação: “Ei... você sabe como eu sei que você é gay?”
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Acabei de ver. O que dizer? THIS IS ...AWESOME!!!!!! 16

A gente fica imerso no filme a partir do primeiro frame...

Quando começa a primeira batalha, é documental, como se fôssemos uns dos espartanos lutado.

 

Gerard Butler está sensacional. Seu carisma contagia a todos. Rodrigo Santoro surpreende e entrega um Xerxes visceral no que retrata as características do personagem.

 

Um épico feito de ouro maciço e muito sangue jorrando, mesmo sendo digital. As cenas não são cortadas para esconder a violência. Ela está lá escancarada. Mutilações, decapitações a esmo. Tudo é bastante gráfico. Fico imaginando como teria sido se o Mel Gibson tivesse dirigido esse filme, hehehe...

 

Quando chega o final é contagiante e empolgante e os créditos finais prestam homenagem a HQ.

 

Realmente você fica querendo rever, porque empolga, muito bom mesmo.

 

1010101010

 
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Bem... Assisti... Comentário logo abaixo.

 

300 (Idem - 2006 - Dir.: Zack Snyder)

 

300 invadiu as salas de cinema de todo o planeta causando um enorme alvoroço. Quebrou records de bilheteria, passou a ser chamado de um dos filmes mais originais e aguardados do ano. Entretando, tais características fazem jus ao resultado final? É, de fato, ousado? Infelizmente, a premissa não passa de uma mera ilusão.

 

Zack Snyder, diretor de videoclipes e do regular remake de terror 'Madrugada dos Mortos' (seu único e primeiro longa relevante até então), toma frente à este longa. E sua inexperiência é demonstrada desde o início do filme. Tudo é artificial. A cinematografia, as atuações, o roteiro, os efeitos visuais. O número de cenas constrangedoras chega a ser incontável. E esta artificialidade não deveria estar contida em um dos fatos históricos mais interessantes daquele período. Claro, não li a HQ de Frank Miller.Todavia, o que foi apresentado em tela foi um atentado à memória dos 300 espartanos que combateram um exército persa de milhões de homens.

 

O papel principal (Leônidas, Rei de Esparta) é interpretado por Gerard Butler ('O Fantasma da Ópera', 'Tomb Raider: A Origem da Vida'). Apesar de ser bastante expressivo, o personagem é completamente caricato, o que incomoda e irrita o espectador. Mais caricato ainda é Xerxes, interpretado por Rodrigo Santoro. Chega a ser constrangedor ouvir a voz modificada, levando a creer que não passa de um personagem o qual abandonou um jogo de video-game e resolveu vir para as telonas.

 

A artificialidade compõe, também, o que chamou a minha atenção (e deve chamar a de outros indivíduos): a cinematografia e a suposta cenografia. Gravado por quase sua totalidade em estúdios e e chroma key (fundo-verde/azul para quem não sabe), o trailer nos apresentava a construção de cenários ricos e convincentes. Entretanto, este próprio soa ser mais trabalhado do que a película por si só. Temos, aqui, algo realmente falso e nem um pouco impressionante. A produção, ainda, tem a covardia de enganar o espectador ao investir na fotografia. É vergonhoso. E ainda, muitos crêem que esta técnica é ousada. Ousada? Será? Será que é ousado realizar um filme todo em fundo verde e depois realizar a inserção dos cenários por computação gráfica? Isso não é arte.

 

Para afundar ainda mais a película, temos um roteiro nada expressivo. Tudo o que acontece em tela é uma desculpa para as sangrentas batalhas, as quais devem atrair adolescentes sedentos pelo líquido vermelho. As figuras míticas inclusas são patéticas e provocam riso no espectador. E, ainda pior, é a trilha sonora rock pesado para acompanhar as cenas de luta. Realmente, terrível!

 

Enfim... 300 é um filme artificial e sem conteúdo. Típica película voltada para o público adolescente que busca ação e acaba saindo da sala de cinema acreditando que é uma das coisas mais ousadas que já viu. Porém, não se engane pelas opiniões alheias e o material de divulgação da produção. 300 não é só péssimo, mas também, uma das decepções do ano. And.. This is 300!

 

Veredicto: star.jpg
_Hen_Ri_Que_2007-03-31 00:11:19
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Eu só não gostei da subtrama da mulher de resto ta bom o filme, muito bom.

 

 

 

O Santoro ta muito bem no filme, ele me surpreendeu viu.

 

 

 

 

 

E o Gerard Butler, se destaca bem no filme.

 

 

 

Filme bem fiel aos quadrinhos mesmo, gostei bastante das cenas de luta, e o filme é bem fantasioso. E conta com muitas falas de impacto das Hqs.

 

 

 

E quanto a lembrar os video games em parte eu até concordo, eu cheguei até em pensar daria um bom jogo, e o filme ja tem até os "chefes" hehehe.

 

 

 

 

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Ok' date=' se foi o Frank Miller que escreveu os diálogos deste filme, ele deveria ser executado amanhã, e tem mais, as atuações são morféticas, quase todas as decisões erradas. Enfim, é um péssimo filme. Decepção é pouco. O trailer é infinitamente superior ao filme. Eles pegaram as únicas falas menos estúpidas e botaram ali.

Alguns aspectos bem toscos:

- Santoro ta bicha demais, alto demais e com uma voz de darth vader de cuecas que da pena. E tbém atua mal...
- Eu até gostei do Geraldo Manteiga, embora ele não consiga dizer uma palavra sem dar um berro.
- A granulação neste filme, diferente de Colateral e Miami Vice, por exemplo, irrita.
- Toda a trama fora da batalha é uma encheção de linguiça sem tamanho e, pra variar, horrível.
- A narração, além de ridículamente escrita, é falada por um péssimo ator com uma péssima voz (uma desinteria me veio à mente).

As únicas coisas que se salvam são algumas cenas de batalha. E é por isso que esse filte terá um DVDR pra ele. E só...
[/quote']

 

eu sempre achei que o awê todo em cima do filme era exagero, agora que vc e o henrique disseram ja fico com meio pé atraz, mas me diz a sua nota.02
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