Jump to content
Forum Cinema em Cena

O Que Você Anda Vendo e Comentando?


Tensor
 Share

Recommended Posts

  • Members

Branca de Neve e o Caçador (Snow White and the Huntsman, Rupert Sanders, EUA, 2012)

 

Close-ups, câmera lenta e fotografia dão certo na introdução. Mas, com exceção de umas belas imagens aqui e a li, a direção não acerta tanto no restante do filme. Os personagens mal desenvolvidos talvez sejam o maior problema.

 

Charlize Theron tenta, mas a rainha é só uma doida que, quando não grita, fala fazendo pausa entre todas as palavras. As tentativas que o roteiro faz de dar tridimensionalidade a ela são insuficientes. Branca de Neve perdeu tudo e passou vários anos presa numa cela, mas pelas reações dela parece que nada demais aconteceu. Embora direção e roteiro não ajudem, a culpa também é de Kristen Stewart, que parece mais ou menos indiferente a tudo. Não dá pra ver nela a criatura magnífica que o filme diz que Branca de Neve é. O caçador é só um cara de fala engraçada e com um drama irrelevante, que obviamente é a morte da esposa, como de praxe, e o desenvolvimento da relação dele com Branca de Neve não existe. Os anões são uma fonte de humor sem graça e se não existissem não fariam falta.

 

As coisas acontecem, inclusive a morte e ressurreição de Branca de Neve e a patética morte de um anão, mas nada consegue parecer importante e o filme chega a ser um tanto risível. A rainha não mata sua adversária, é lógico, mas teria conseguido se não fosse pelo tempo perdido com discursos. No final fica o gancho para a continuação, já que o romance não se concretiza. Continuação que não deve acontecer porque Stewart traiu o namorado, então ela não serve mais. Nada a ver com a falta de talento para atuar.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Ruggine

Belíssima produção italiana q guarda ecos de “Sobre Meninos & Lobos” e “As Cores da Montanha” ao retratar em tom fabulesco o pesadíssimo tema da pedofilia sob o olhar infantil. O enredo foca dois momentos temporais q se entrecruzam a td hora: o presente conturbado de três adultos traumatizados; e sua infância pobre nos anos 70, marcado por um psicopata q atuava na Cohab onde residiam. Traços neorealista na fotografia pontilham esta pelicula sobre perda da inocência conferindo-lhe um tom quase mágico, assim como repetição de cenas sob distintos ptos de vista e trilha sonora sugestiva sao pts a favor. Mas se a interpretação do elenco mirim merece destaque, a de Filippo Timi é soberba e “monstruosa”, como mais um lobo em pele de cordeiro, quinem fez em “Vincere” . Atente pra emocionante cena durante os créditos finais. 10/10

 

 

Ruggine_poster_ita-596x852.jpg


  •  

Link to comment
Share on other sites

  • Members

1321717993-3898648789_n.jpg

 

Perturbador !

Voyerismo, eutanásia, e uma protagonista anoréxica , de aparência quase cadavérica, silenciosa, hermética, solitária, que lembra o cara da foice, de saias.

Quase inevitável associar sua aparência com sua profissão.

Somado a isso tem essa sincronia e conexão sexual esdrúxula com um vizinho voyer (rendendo cenas fortes e explícitas de sexo).

Filme bem difícil de ser digerido.

 

Code Blue” – (Urszula Antoniak) - 8,0/10

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Não tenha Medo do Escuro (Don't be Afraid of Dark, Dir.: Troy Nixey, 2010) 2/4

 

nao_tenha_medo_do_escuro_2010_g.jpg

 

É uma versão "chic" do "The Gate - O Portão" (1986), que coincidencialmente revi recentemente. Aí que mora o perigo, não deveria ser muito "chic", e sim ser um pouco mais trash e ser mais extremo (com mais violência e mortes - que aliás não tem nenhuma) que funcionaria bem melhor. Apesar de ter um tom mais sério, as criaturinhas aqui acabam não passando um tom tão assustador, já que no fim, não mataram ninguém, então no máximo, ficaram trollando o pessoal que mora na casa (Aliás, relembrando aqui que as criaturas do "The Gate" também não mataram ninguém. Pô! Até os Gremlins mataram gente no filme deles). Mas é um bom filme.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

A NOITE

 

notte2.gif?w=497&h=262

Espaços amplos e desabitados simbolizam o vazio ínterior de homens e mulheres à deriva. Um casal incapaz de se comunicar, distanciado também no plano físico. Silêncios profundos que ecoam com a potência de gritos.

notte8.png?w=497&h=305

Quando o marido embarca numa tentativa de aventura extraconjugal com outra mulher tão desiludida quanto ele, a dificuldade de interação emocional se faz presente e bloqueia o florescer de algo significativo, acentuada pela arquitetura da cena, onde os pretensos amantes estão separados por uma linha vertical.

notte7.png?w=497&h=305notte4.jpg?w=497&h=297

Inquietude, tédio, solidão. Marido e esposa dividem o mesmo apartamento, embora não mais compartilhem um elo afetivo. Ela perambula pelas ruas… Em busca de quê? Uma fuga, lembranças, novos contatos?

notte9.jpg?w=497

Acompanham um ao outro numa festa da burguesia fútil de Milão. Mesa vazia: abandono e ausência.

notte11.jpg?w=497

Contra a parede árida e gélida, aparentando insignificância. O deslocamento humano contextualizado na e contrastado com a modernidade.

notte10.jpg?w=497&h=262

Distância.

Em A Noite, o que conta não é o impulso narrativo per se. Desculpável quem acreditar, desestimulado, que pouco acontece, pois a ação é internalizada, a partir da estase existencial do trio de protagonistas – Marcello Mastroianni, Jeanne Moreau e Monica Vitti. O conteúdo a ser assimilado advém de cada gesto, de cada reticência, de olhares ressentidos ou acusadores, da interação entre atores e os ambientes que os cercam, dos sentimentos incertos e pensamentos suprimidos mas ainda assim sugeridos, seja pela câmera ou pelos intérpretes.

 

A textura visual bicromática e a paisagem sonora sutil guarnecem um registro à primeira vista vago, do qual, entretanto, é possível depreender questionamentos concretos. O espectador – instado a decifrar a mente das figuras perdidas cuja alienação que está a acompanhar – acaba sendo absorvido por um filme no qual a aparente monotonia esconde questionamentos vitais acerca de vidas despropositadas e relacionamentos desprovidos de amor. 4/5

Link to comment
Share on other sites

Não tenha Medo do Escuro (Don't be Afraid of Dark, Dir.: Troy Nixey, 2010) 2/4

 

nao_tenha_medo_do_escuro_2010_g.jpg

 

É uma versão "chic" do "The Gate - O Portão" (1986), que coincidencialmente revi recentemente. Aí que mora o perigo, não deveria ser muito "chic", e sim ser um pouco mais trash e ser mais extremo (com mais violência e mortes - que aliás não tem nenhuma) que funcionaria bem melhor. Apesar de ter um tom mais sério, as criaturinhas aqui acabam não passando um tom tão assustador, já que no fim, não mataram ninguém, então no máximo, ficaram trollando o pessoal que mora na casa (Aliás, relembrando aqui que as criaturas do "The Gate" também não mataram ninguém. Pô! Até os Gremlins mataram gente no filme deles). Mas é um bom filme.

 

Nem é, Jail. Talvez seja por causa da época que esse "modelo" de monstros era muito comum.

Não sei se sabe mas esse filme é uma refilmagem do pavoroso Don't Be Afraid of the Dark, de 1973, razão pela qual eu fiquei longe desse. O original tem uma das piores atuações de todos os tempos, "méritos" de Kim Darby e uma estória que parece subestimar a inteligência do espectador de tão incrivelmente ruim.

 

Quando você falou de não matar ninguém, me lembrei do terrível Amytiville (1979) em que não acontece absolutamente NADA além de portas e janelas batendo, torneiras pingando sangue, insetos aparecendo em grandes quantidades, e crucifixos ao contrário. Sua sequência, de 1982, é bem violenta e parece que quis compensar a falta de ação do primeiro. Funcionou bem melhor do que esperavam, o filme é excelente.

 

Não que The Gate seja muito melhor, claro. Mas este último tem uma sequência que consegue ser pior que o primeiro.

 

Vale dizer que todos os três (Don't Be Afraid de 1973 e The Gate 1 e 2) estão na lista dos 50 piores filmes que já vi.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

mercenarios_2_580.jpg

 

Os Mercenários 2: Eu assisti no XD e achei o filme Fodástico demais! Ele foi muito melhor que o 1º em tudo. E isso é bom, porque alguns filmes tendem a se perder na continuação.

Adorei o Van Damme como vilão e a participação do Norris foi demais, tem nem o que dizer! Só achei que o Lundgren interpretou um Gunnar bobalhão demais, mas como adoro o cara, dá pra perdoar!

 

Por isso e pelas explosões: 4/5!

Link to comment
Share on other sites

  • Members

filmes_1491_Jogos-Vorazes-1.jpg

 

Jogos Vorazes: Para mim, foi o típico "a estória é melhor que o filme". Ao assistí-lo e ver o quanto o filme é fraco, fiquei com vontade de ler o livro, pois todos falam que é ótimo. Mas voltando ao que interessa, Jogos Vorazes só não foi algo decepcionante porque já fui com expectativas baixas, pois muita gente criticou. Acho que pra um filme com essa estória toda de ser um BBB com mortes, uma crítica social num tempo apocalíptico e uma reprodução da hegemonia de "uma super potência" que é a Capital em relação aos Distritos, ficou monótono e um pouco "jogado", com protagonistas fraquinhos e uma narrativa fragmentada.

 

Enfim, 3/5 pelo esforço e pela estória, ainda que mal desenvolvida.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Às Vezes Eles Voltam (Sometimes They Come Back, Dir.: Tom McLoughling,1991) 2/4

19963245.jpg

 

Professor volta a cidade natal, onde anos antes seus pais abandonaram o lugar depois que seu irmão mais velho morreu. Rever o lugar o faz reviver seu terrível passado.

 

Resolvi assisti esse por ser dirigido pelo mesmo diretor do Sexta-feira 13 Parte 6, é um telefilme baseado num conto do Stephen King (que incrivelmente ganhou duas continuações). Senti que no Sexta-feira 13 que dirigiu, o diretor ousou mais, já aqui, talvez por ser um telefilme, acabou não rendendo tanto, apesar do filme ter seus momentos.

 

A Metade Negra (The Dark Half, Dir.: George A. Romero, 1993) 2/4

dh1.jpg

Escritor de sucesso resolve "matar" seu alter-ego depois de uma chatagem, mas crimes estranhos começam a acontecer depois disso.

 

União de King + Romero poderiam ter rendido bem mais. Pra mim, o problema é que o filme me arremata diretamante ao Coração Satânico (1987), que considero muito melhor em absolutamente tudo.

 

eXitenZ (eXistenZ, Dir.: David Cronnenberg, 1999) 3/4

 

existenz+arma.jpg

 

Autora do jogo eXistenZ resolve testá-lo com alguns fãs, mas uma conspiração para matá-la, a faz fugir com um estagiário da empresa.

 

Fim dos anos 90 todo mundo resolve investir na realidade virtual (Matrix, Assassino Virtual, 13º Andar, etc). Até Cronnenberg fez o seu com esse eXistenZ. Gostei bem desse aqui. Até me senti no meio da ação, por ser um universo pra mim muito familiar.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Nem é, Jail. Talvez seja por causa da época que esse "modelo" de monstros era muito comum.

Não sei se sabe mas esse filme é uma refilmagem do pavoroso Don't Be Afraid of the Dark, de 1973, razão pela qual eu fiquei longe desse. O original tem uma das piores atuações de todos os tempos, "méritos" de Kim Darby e uma estória que parece subestimar a inteligência do espectador de tão incrivelmente ruim.

 

Quando você falou de não matar ninguém, me lembrei do terrível Amytiville (1979) em que não acontece absolutamente NADA além de portas e janelas batendo, torneiras pingando sangue, insetos aparecendo em grandes quantidades, e crucifixos ao contrário. Sua sequência, de 1982, é bem violenta e parece que quis compensar a falta de ação do primeiro. Funcionou bem melhor do que esperavam, o filme é excelente.

 

Não que The Gate seja muito melhor, claro. Mas este último tem uma sequência que consegue ser pior que o primeiro.

 

Vale dizer que todos os três (Don't Be Afraid de 1973 e The Gate 1 e 2) estão na lista dos 50 piores filmes que já vi.

 

Nem tava sabendo que esse era uma refilmagem. Ele é produzido pleo Guilhermo Del Toro, então tem um visual legal, mas o problema é "clean" demais, sem mortes ou violência.

 

Já o The Gate, tem até clima trashão, mas é tem muita coisa "dumb" nele, que faz brochar mesmo, e também nem tem morte ou muita violência. Já o 2 nem vi, mas se aparecer no NetFlix é bem capaz de assistir.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

2lmrqk2.jpg

 

Ruim de doer!

Comédia romântica e via de regra tremendamente previsível.

O único diferencial aqui é um encontro ás escuras entre um americano e uma callcenter indiana, masss nem essas diferenças culturais são exploradas de maneira a render risos.

Anyway, Jesse Metcalfe é provável o ator mais bonito do mundo!

Assistível, apenas.

 

The Other End of the Line” – (James Dodson) - 4,0/10,0

Link to comment
Share on other sites

  • Members

ryan1.jpg?w=497&h=279

 

A admiração demandada pelo filme concentra-se no retrato cru da batalha. Spielberg abandona o lirismo de Império do Sol e a elegância austera de A Lista de Schindler para expor a caótica feiúra do conflito, empregando imagens drenadas de cor, hipergranuladas, capturadas com a câmera na mão, emulando um caráter documental. O público, guiado num tour rumo ao inferno, tem os sentidos atacados pela sonoplastia intensa, detalhista, capaz de estremecer a sala com a reprodução de zunidos de balas, tilintar de equipamentos, explosões ensurdecedoras, rangidos ameaçadores de tanques, berros de dor, lamentos, agonia. Uma bagunça controlada – paradoxo colocado em função da busca por alguma espécie de realismo. Sob a ótica da identidade estética, Soldado Ryan causou impacto em 1998. Influente, fez escola para séries televisivas e videogames, sem contar o parentesco percpetível em obras posteriores que radicalizaram a premissa (Falcão Negro em Perigo).

 

ryan2.jpg?w=497&h=279

 

Ocorre que, numa revisão, salta à vista o conservadorismo do roteiro. Próximo da vanguarda na encenação, Ryan deixa a desejar quando o objeto de análise é o conteúdo. Entre cada sequência de guerra há pausas para a inserção de chavões tradicionais da cartilha hollywoodiana, cuja fórmula segura teima em simplificar complexidades, escancarar sutilezas ou adocicar temáticas desagradáveis a fim de deixá-las palatáveis às massas. Soldados trocam confidências sobre a família, brincam e brigam uns com os outros, recolhem-se em momentos privados nos quais deixam entrever parte da sua personalidade, entregam-se a crises de choro. O capitão (Tom Hanks), lacônico, cria mistério sobre o passado. Discursam sobre o dever à pátria, enaltecem a lealdade aos irmãos de uniforme etc. Batido como estratégia visando a tridimensionalizar personagens. Forma-se uma barriga que preenche uma porção considerável dos 169 minutos de duração.

 

Igualmente incômoda a insistência em verbalizar a problemática: repetidas vezes questiona-se o sentido de arriscar a vida de oito homens para salvar a de um único, sublinhando o nonsense da missão suicida, intimando o resgatado do título (Matt Damon) a merecer tamanho sacrifício. Lamentável adotar a falta de confiança na inteligência do receptor das ensaiadas mensagens humanistas-antibelicistas como método-padrão de dramaturgia. Robert Rodat mastiga pontos nodais até desencorajar o prazer de terceiros em tirarem sozinhos conclusões a respeito. Pouco material resta para reflexão. O esforço de Spielberg em sublinhar a contundência do assunto sofre limitações, ancorado numa base escrita banal, em que as implicações temáticas estagnam na superficialidade.

 

ryan4.jpg?w=497&h=277ryan3.jpg?w=497&h=279

 

O esquematismo do texto de Rodat agrava-se sobretudo quando volta a atenção ao Cabo Upham (Jeremy Davies), que funcionaria, segundo Spielberg, como alter-ego da plateia. O franzino tradutor assume os papéis de alívio cômico (desajeitado, inexperiente com armas e jargões militares, contrastando com os companheiros de temperamento endurecido) e bússola moral (objetando contra atos que enxerga como desumanos, excessivos). Único a experimentar um arco transformativo, simbolizando a inocência perdida e a futilidade do apego a ideais nobres durante o derramamento de sangue. O ataque de covardia paralisante nas escadas, impedindo-o de salvar Mellish (Adam Brody), irrita. Um doce para quem adivinhar se o medroso aprenderá com as consequências da ingenuidade e pagará o preço da omissão, virando um assassino vingativo ao reencontrar o nazista antes capturado e liberado pelo pelotão, que reintegra a milícia alemã e alveja Miller. O peixe fora d’água amadurece nas piores circunstâncias, deixa para os incautos, manipulados, se espantarem face ao “poder corrompedor da guerra”, na qual configura-se uma ingenuidade mencionar “coisas decentes a fazer”.

 

ryan5.jpg?w=497&h=279

 

Soldado Ryan, 12 após a estreia, cultiva a aura de clássico contemporâneo. Segue emocionando milhões, reeditado três vezes em DVD, disponível em Blu-ray, reprisado na grade de programação, em posição de destaque em sites coletores de opiniões como IMDb, Rotten Tomatoes e Flixster. Enaltece valores caros à sociedade americana, apegada ao um histórico militarizado. Hino dedicado aos defensores caídos da nação, admirados como heróis. A bandeira nacional tremula pálida no vento, ao som da música solene de John Williams. Suor e lágrimas, choque e emoção. Pontuado por segmentos isolados que atingem direto o coração – a matriarca Ryan, à porta de casa, desabando aos prantos na iminência da notícia da perda de três filhos; a lenta morte do médico (Giovanni Ribisi) enquanto clama pela mãe que via pouco na infância.

 

O pecado, que impede acesso à perfeição, recai sobre a pretensão de burilar indagações de ordem filosófico-moral. Lamentável estarem além da capacidade do incumbido de colocá-las no papel. O senhor que colecionou sucessivos recordes de bilheteria e acomoda três Oscars na estante frui de reputação o suficiente para contratar qualquer roteirista. Ao alcance o melhor; na folha de pagamento, Rodat. Desconcertante. Spielberg, exercitando ao máximo seu dom como concebedor de espetáculos populistas, em pleno controle da técnica e do instinto artísticos, coadjuvado por colaboradores inestimáveis como Janusz Kaminski e Michael Kahn, deveria ser considerado responsável por elevar a um nível extraordinário de concretização um projeto com potencial para resvalar na mediocridade. Cínicos acusaram-no de embalar a decisiva invasão da Normandia no Dia D para consumo fácil nos multiplexes, como se organizasse um parque de diversões. Sensato traçar outra analogia, com um passeio num triste memorial de horrores.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Elefante Blanco

Produção dramática argentina com naipe de “Cidade de Deus” e teor de “denuncia” de “Abutres” , inclusive com mesma direção e elenco, com a única diferença a inclusão do ator-fetiche dos Dardenne, Jéremie Renier. No filme, este faz o aprendiz de padre q Ricardo Darin pretende instruir pra suceder-lhe no cargo. Mas este não ta mto ressoluto em seguir os pasos do tutor, já q a capela onde prestam assitencialismo se situa dentro da violenta favela q empresta seu nome à pelicula. Longos planos-sequencias e fotografia suja são ptos positivos, mas logicamente q o destaque é a tuação do Darin, ofuscando até a do Renier, aqui apenas razoável. Filme bacana, mas palatável apenas pralguns paladares, ou seja, apenas pra quem gostou de “Carancho”. 9/10

 

Poster-Elefante-Blanco.jpg

Link to comment
Share on other sites

  • Members

mary_and_max.jpg

 

Mary and Max: Essa animação é uma das coisas mais cutezinhas que vi recentemente. A história fala sobre a amizade de Mary e Max, que se conhecem apenas por cartas. Os conflitos e a troca de experiências entre eles é tocante, isso sem falar na profundidade dos temas abordados.

Nossas dúvidas, medos, nossa imperfeição. Tudo isso é narrado de forma encantadora e a questão da própria amizade é discutida, com todos os seus encontros e desencontros. Acho que a realidade é tão crua que fica difícil não se identificar e apesar de ser um tanto longo, é ótimo.

O final foi tocante. Eu, ao menos, chorei.

 

Nota: 5/5 e se não chorar não vale! ^_^

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Lovely Molly

Curioso “terror” psicológico sustentado pelo roteiro e atriz principal, embora faça uso do manjado (e aqui desnecessário) uso da câmera em primeira pessoa. Mix de “[REC] 3” e “Arrasta-me pro Inferno” , o enredo acompanha um casal q se muda pra velha casa onde a noiva (q alem de emprestar seu nome ao filme, tb é uma ex-viciada) morou qdo criança. Mas é aí q começa a despirocar com algo q não sabe se é sobrenatural ou fruto da abstinência do vicio. E é esta pergunta q nos mantém ligados até o final, pto bem explorado pelo roteiro e garante suspense. Mas claro q isso so foi possível graças a estupenda atuação da desconhecida (e gostosinha) Gretchen Lodge, principalmente qdo aparece em pêlo. Ritmo lento, final bacana em aberto, etc... este indie vale uma conferida tb pelo conceito psicológico q propõe sobre “assombração”. Repare na agoniante cena do beijo “mordido”. 9/10

 

poster_350x517.jpg

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Gosto muito de Mary e Max. Uma pena que tenha passado despercebida pelo grande público.

 

Acho esse filme uma delícia!

É maravilhoso como os personagens numa animação como essa são mostrados tão cruamente, tipo a mãe alcóolotra de Mary, as neuras de Max... aff!

 

 

By the way, p/ quem curte curta-aniamação, eu gostei demais desse. Absolutamente adorável :

 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Tica, na página 14 do tópico Festival CeC de Cinema Francês (dentro do subfórum Cineclube) tem uma resenha excelente do Alexei sobre As Bicicletas de Belleville, Dá uma conferida.

 

Acabei de ler, Jack! Coisa mais linda ever! A resenha dele foi bem diferente das que li na época em que assisti a animação. Isso porque a maioria se centrou tão somente na crítica ao American Way of Life que é nítida em diversas circunstâncias, mas ele se centrou no amor e em toda subjetividade ali contida.

Adorei demais e depois vou tentar ler todas as outras resenhas do festival! ^_^

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Um Espírito Baixou em Mim (All of Me, Dir.: Carl Reiner, 1984) 1/4

 

Steve-Martin-All-Of-Me_l.jpg

 

Nem sei se essa não é uma idéia boa prum filme (um homem e uma mulher dividirem o mesmo corpo) ou se não foi tão bem executado ou se é um filme que tá bem datado. Só sei que não dá em muita coisa. E dá uma vergonha alheia em alguma cenas, como na do tribunal que a mulher toma conta do corpo quando o homem tá dormindo (?) ou a do cara que tá querendo transar mas a mulher no corpo dele fica embasando o lance. Enfim. Vão remekear esse filme, e nem idéia de como isso vai ficar nos dias atuais...

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Memórias de Mis Putas Tristes

Belissima co-producao hispano-mexicana q trata basicamente de desamor e velhice. Ou um mix de “Lolita”, “Lappolonide” e “Malena”. Velho, solteiro convicto e prestigiado colunista, adepto dum bom zonão, decide se presentear em seu niver de 90 anos: uma noitada com uma dimenor virgem! Mas não é q o octagenário comedor enfim se apaixona? Eita porra! A pelicula exala nostalgia, saudosismo e não raramente pessimismo. Com três momentos temporais se entrecruzando constantemente, a fotografia e direção de arte são essenciais pra compreensão da trama. O par principal esta ótimo, mas quem rouba a cena mesmo é a Geraldine Chaplin, como dona do puteiro. Ritmo arrastado, mas no geral tocado com mta sensibilidade, tanto q fiquei curioso em ler a obra da qual foi adaptada, o romance homonimo do Gabriel Garcia Marquez. 9,5/10

 

memoriademisputastriste.jpg

Link to comment
Share on other sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.

Guest
Reply to this topic...

×   Pasted as rich text.   Paste as plain text instead

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Loading...
 Share

×
×
  • Create New...