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Forum Cinema em Cena

Batman Begins


clark
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Um bom filme' date=' mas não chegou a me empolgar. Acho que o negócio vai esquentar mesmo no próximo, se houver. 4/5

The Good

- Esse Batman mais "realista" e sombrio é uma excelente abordagem cinematográfica para o personagem, e embora eu sinta falta daquela Gotham surreal e gótica do Tim Burton, esse novo caminho é plenamente interessante por si só.

- Christian Bale é disparado o melhor Batman. O elenco inteiro também está excelente, com exceção de alguns momentos fracos da Joey, digo, Katie Holmes (vide a última cena dela).

- O filme é muito bem sucedido na sua proposta principal, a de mostrar a criação do Batman.

- Me chamou atenção a primeira aparição do espantalho, ficou perfeita, assustadora.

- Todas essas cenas do Batman voando e no alto de prédios ficaram demais.

The Bad

- Chega uma hora que o filme se lembra que é um blockbuster. É necessário então que o nosso herói salve alguma coisa (no caso a cidade inteira), alguns carros precisam ser destruídos, etc. OK, mas a trama ficou bem fraca, totalmente desinteressante e esquecível. Tudo isso transforma o filme numa boa introdução, e só.

- A ação em si foi apenas legal, nunca empolgante.

The Ugly

- O filme mais "realista" tem numa de suas cenas primordiais bastante "irrealismo". Por quê qualquer pessoa, quanto mais um bilionário, resolve sair de uma ópera por uma porta lateral que dá num beco sujo e escuro ao invés de simplesmente usar a porta da frente é a pergunta que fica no ar.

- Foi desperdiçada a chance de desenvolver melhor o conflito entre as filosofias de combate ao crime. Contaminado pela correção política, o filme mostra simplesmente que o herói é mais nobre, seja lá o que isso for. E o pior, essa idéia ridícula de destruir Gotham idiotiza a Liga das Sombras, que aparenta ser interessante mas no final fica apenas como mais um bando de "caras maus".

- Não fecha na minha cabeça como o Bruce Wayne sai matando todo mundo ali na casa da montanha, ato que vai de encontro ao que ele tinha acabado de dizer. O mais idiota ainda é ele salvar o personagem do Liam Neeson, claramente mais forte que ele e que certamente ia querer se vingar. Clichê.

- Realmente comprar 10.000 unidades de um equipamento militar caríssimo não chama a menor atenção, saída genial.
[/quote']

Taí, cara. Vc foi o primeiro cara que mostrou alguns aspectos negativos do filme e me fez refletir:

- tudo bem que o pai de Wayne era um cara super gente fina, um cara que se preocupava com o povão ( tanto que o roteiro mostra que quem matou o pai de Wayne foi "criado" por ele próprio ), mas a saída podia ser por um lugar mais digno ... eles poderiam ser induzidos a ir para o beco, mas não saírem por lá ... enfim ...

- eu penso da seguinte forma ... toda aquela filosofia vendida por Ducard foi absorvida por Wayne, pois ele não admitiu que isso fosse feita de maneira gratuita e com as intenções que a Liga se propunha, afinal ele estava procurando meios de fazer justiça e não um tipo de ação "a la" Hitler. Destruir o mundo é o tema recorrente de qquer produção com vilões psicóticos, mas certamente essa não é a sensação que a Liga passa, incorporada pela figura de Ducard, eles se mostram íntegros ... poderíamos cobrar, por exemplo, pq é que não ficamos sabendo de nenhuma outra "desintegração" promovido pela Liga que justificasse suas atividades em Gothan, mas aí é um licença que eu dispenso por entender perfeitamente a limpeza que eles querem promover no mundo ...

- ele estava encurralado ... os membros da Liga confiavam e contavam com ele e ele tinha acabado de dizer que não seguiria com eles ... o "quebra-pau" era inevitável, senso de sobrevivência ... ou ele se defendia ou ele morria na montanha. Até então Ducard havia se mostrado um cara íntegro, por mais que suas ideologias não fosse de encontro com as de Wayne ... vc pode até considerar clichê a atitude em si, mas entra naquela correção política que vc condenou acima e eu justifiquei de maneira contrária.

- com relação aos equipamentos militares assino embaixo.

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Serge Hall e demais.

A questão de ser extremamente rápido e efetivo, visando anular cada adversário, se possível, com um único golpe, eu tb acho coerente com a figura de Batman.Inclusive, pelo q eu li na matéria da SET, essa é a proposta do sistema Keysi de luta. Pra mim, o grande problema é q a edição do filme deixou tudo isso confuso demais !!!

vou citar um exemplo : lembram-se daquela cena do filme O TROCO, em q o Mel Gibson vai ao encontro de um dos chefões da quadrilha q ele queria q lhe devolvessem o dinheiro ??? ele entra desarmado e em fração de segundos, põe os 2 capangas fora de ação. Eu esperava algo nesse sentido, porém ainda + refinado, já q Batman é um exímio lutador.

Outro exemplo : a luta da NOIVA e Elle Driver em KILL BILL 2 : apesar de ter acontecido dentro de um trailer apertado, ficou muito bom!!! Resumindo, o q estou criticando não é a luta em si e sim os cortes rápidos de uma câmera para outra, q na minha opnião, ficou tão vertiginosa qto aquela luz pulsante q usam nas danceterias.

 

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BATMAN BEGINS

Por Alexandre Linck

Fiz essa crítica da forma mais resumida possível e tentando analisar o filme a partir de seus próprios efeitos enquanto filme...pouco me importarei aqui com bastidores ou hqs...

BATMAN BEGINS é um bom filme, começo excelente, desenvolvimento excelente e conclusão razoável. Fica visível pela edição que o filme "corre" (não sei se isso foi intencional ou não) porém não atrapalha o entendimento nem desenvolvimento da trama, pelo contrário, ajuda bastante em certos pontos, principalmente naqueles em que parecem chatos, como a explicação dos equipamentos, que por sua forma ágil e empolgante se torna um dos mais gostosos momentos do filme. Os vilões estão muito bons e ameaçadores, Alfred perfeito, Gordon está legal, porém as vezes soa um pouco patético suas atitudes, o seu lado durão mostrado na hq BATMAN: ANO UM não dá as caras em BB, porém isso não compromete nem a trama nem o personagem que tem muito a amadurecer ainda, Rachel também está legal, não soa desnecessária como todos os antigos casos do morcego na série de cinema, o restante dos personagens cabem como uma luva para a história, de forma sistemática, porém sem soar forçado, como em X-MEN 2, porém Batman e Bruce Wayne é/são os melhores, o morcego está muito bem caracterizado, suas atitudes, pensamentos e emoções parecem terem saído de uma hq e mergulhado em um ser humano de carne e osso.

Então qual é o problema de Batman Begins? O final. A dramaticidade necessária para transformar Ra’s Al Ghul em uma ameaçada mundial (e não apenas a Gotham, que por mais que o filme sugira que ele controle todo o mundo, isso não nos atinge de forma chocante), seu caráter sombrio e assustador, assim como a relação dualista entre Gordon e Batman como sendo dois lados de uma mesma moeda (e não Gordon parecendo um fã, como na cena final) parece ter faltado ao filme. O final não consegue chegar até essas expectativas e levemente decepciona quando termina. O que não o torna um filme ruim.

De qualquer modo, como o título sugere, é o início do filme e do personagem Batman é o grande atrativo, e que vale a pena engolir este final, que nem é tão amargo assim, na desculpa que nos próximos filmes esse desenvolvimento dramático exigido aconteça. Quanto aos meus gostos pessoais, eu gostaria de ter visto menos piadinhas, mais o espantalho e os efeitos do gás do medo (sem tantos monstros e mais fobias), uma Rachel que não ficasse de bem com Bruce (já que ela não aceita justiceiros), um tenente Gordon mais durão, e um Ra’s Al Ghul mais sombrio e místico(isso chega a ser sugerido, porém sem muita ênfase). E vale aqui dar uma menção honrosa, em dizer que pessoas com fome e sem emprego podem se tornar futuros criminosos. Finalmente um herói que não faz vista grossa à triste realidade econômica e desigualdade social.

Odeio dar notas, mas como me pediram, lá vai: 8,5/ 10

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Fã do Morcego' date=' eu gostei das lutas e de como foram montadas. É de uma objetividade perfeita para o clima real adotado por Nolan; é pá!, pum! e a-ca-bou.

 

Um cara que nem se dá ao trabalho de terminar um diálogo (Batman chega, pega a informação que lhe interessa e se manda) quer mais é finalizar um problema físico (briga) em no máximo um ou dois tempos. Mais do que isso é desvantagem, é exposição demais para quem prefere, e com razão, ataque às escuras, ocultabilidade.

 

A montagem, pra mim, reflete cuidadosamente essa objetividade da agressão. Eu sei, eu sei mesmo, sei que pode soar ridículo o que eu vou falar, mas a montagem que a princípio me pareceu estranha nas primeiras cenas passou a ter significado dentro da história mostrada no presente momento, como se cada corte acompanhasse um soco, um golpe, como se a montagem também fosse agressor e agredido.

 

Acho que seria legal observar também que o filme quase não possui câmera lenta, ou mesmo qualquer outra ferramenta mais afoita da montagem. É quase tudo na base do corte ligeiro, inesperado, simples, estruturado mais à moda antiga.

[/quote']

 

Concordo. Bruce Wayne treinou para que Batman fosse letalmente rápido, furtivo, "invisível", isto é, mesclado às trevas. As lutas refletem isso; seria de todo descabido filmá-las em câmera lenta e às claras, como queriam alguns fãs.

 

O defeito que posso apontar reside, portanto, na primeira luta, ainda na cadeia. Ali Nolan deveria ter marcado bem as diferenças entre Bruce antes e depois do treinamento. Claro que ele mostra diferenças (a briga é menos técnica, quase de rua), porém a montagem, tão brusca e ligeira, como você tão bem explanou, quanto nas cenas do Batman, faz com que não as percebamos. Aqui, na briga com os seis presos, seria o caso de mostrar uma luta sem cortes, mais cansada e extenuante, por assim dizer, o que estabeleceria cinematograficamente, quando fossem mostradas as cenas de ação posteriores, a técnica que Bruce Wayne, como um ninja, adquiriu no treinamento a que foi submetido.

 

 

 

 

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Fã do Morcego' date=' eu gostei das lutas e de como foram montadas. É de uma objetividade perfeita para o clima real adotado por Nolan; é pá!, pum! e a-ca-bou.

Um cara que nem se dá ao trabalho de terminar um diálogo (Batman chega, pega a informação que lhe interessa e se manda) quer mais é finalizar um problema físico (briga) em no máximo um ou dois tempos. Mais do que isso é desvantagem, é exposição demais para quem prefere, e com razão, ataque às escuras, ocultabilidade.

A montagem, pra mim, reflete cuidadosamente essa objetividade da agressão. Eu sei, eu sei mesmo, sei que pode soar ridículo o que eu vou falar, mas a montagem que a princípio me pareceu estranha nas primeiras cenas passou a ter significado dentro da história mostrada no presente momento, como se cada corte acompanhasse um soco, um golpe, como se a montagem também fosse agressor e agredido.

Acho que seria legal observar também que o filme quase não possui câmera lenta, ou mesmo qualquer outra ferramenta mais afoita da montagem. É quase tudo na base do corte ligeiro, inesperado, simples, estruturado mais à moda antiga.

[/quote']

Pois é, Serge. Quem conhece o Batman sabe que ele é assim: chega, dá uma porrada no bandido e fim de papo: vai embora.

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Stalker, acredito que eles saem da opera pela porta lateral, simplesmente pq a opera ainda está em andamento, e eles não querem chamar atenção no meio da apresentação.

 

 

Vcs sabiam disso:

Trivia: At $100 million, the film's marketing costs were the most ever for a single film in history.

Acabei de ver isso no imdb. Não sabia... smiley17.gif

maximum38522.5010069444
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Stalker' date=' acredito que eles saem da opera pela porta lateral, simplesmente pq a opera ainda está em andamento, e eles não querem chamar atenção no meio da apresentação.[/quote']

Pode ser, é uma hipótese ... mesmo assim ... enfim ...

Thiago Lucio38522.4979282407
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Batman Begins não será o sucesso que todos esperavam pelo simples fato

do público estar habituado com explosões a cada 10 minutos e cgi em

excesso. Brigas de rua e efeitos técnicos ficaram obsoletos hoje em

dia. Infelizmente. E de quem é a culpa? Do George Lucas? Que iniciou

essa "mania" digital? Do Joel Schumacher? Que deixou um desastroso

legado com seu "Batman e Robin"? Ou a culpa é do público? Que aprendeu

a gostar dessa nova tecnologia e perdeu de vez o hábito de apreciar

filmes que não utilizam isso? Ainda mais nesse caso, onde a primeira

coisa que vem a cabeça de uma pessoa é: "Vão fazer um novo filme do

Batman? Hum...tô louco pra ver os efeitos especiais".

 

 

 

A prova disso é que na minha sessão tinha um bom número de crianças. E adivinhem o que elas esperavam ver lá?

 

 

 

Até pensei na hora: "crianças numa sessão de Batman Begins? Aposto que esses pirralhos vão sair no meio do filme".

 

 

 

E no fim da sessão eu ouvi comentários do tipo: "pensei que ia ser diferente".

 

 

 

Tetsuo38522.5297453704

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Eu particularmente achei o filme ótimo!

A intenção do Batman não é expor-se, e sim fazer justiça nas escuras. Achei o modo, a aparição dele bem sombria, era realmente isso que eu esperava.

Como ele é um ser humano igual a todos, o diretor não fugiu muito da realidade, e sim mostrou um homem com habilidades a mais, como lutas, técnicas e dinheiro, tecnologia é capaz de fazer.

Ele focou, no meu ponto de vista, um cara que conseguiu vencer seu medo, tornando seu medo uma ameaça para os de mais. Também como ele é um só, foi de bom gosto fazer ele não usar sempre a força bruta, e sim a inteligência, que isso é tradição do Batman.

Eu esperava bastante das cenas que ele fica na ponta do prédio, vendo a cidade, essa foi uma das cenas mais locas!

E quando acabou o filme, todos aplaudiramsmiley32.gif, gritaramsmiley3.gif....igual do homem aranha!!

Bem melhor que os filmes antigos do Batman

Wesley FM38522.5386805556
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Eu particularmente achei o filme ótimo!

A intenção do Batman não é expor-se' date=' e sim fazer justiça nas

escuras. Achei o modo, a aparição dele bem sombria, era realmente isso

que eu esperava.

Como ele é um ser humano igual a todos, o diretor não fugiu muito da

realidade, e sim mostrou um homem com habilidades a mais, como lutas,

técnicas e dinheiro, tecnologia é capaz de fazer.

Ele focou, no meu ponto de vista, um cara que conseguiu vencer seu

medo, tornando seu medo uma ameaça para os de mais. Também como ele é

um só, foi de bom gosto fazer ele não usar sempre a força bruta, e sim

a inteligência, que isso é tradição do Batman.

Eu esperava bastante das cenas que ele fica na ponta do prédio, vendo a cidade, essa foi uma das cenas mais locas!

E quando acabou o filme, todos aplaudiramsmiley32.gif, gritaramsmiley3.gif....igual do homem aranha!!

Bem melhor que os filmes antigos do Batman

[/quote']

 

 

 

 

 

Então esse público foi uma exceção e soube apreciar um filme com uma ótima história e sem tantas frescuras visuais.

 

Tetsuo38522.554537037

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A única coisa que eu me lembro de ter me incomodado nesse filme foi o excesso de piadinhas. Considero aquela quantidade excesso para esse tipo de filme. Mas o filme conseguiu a proeza de ser muito superior aos filmes do Burton. E muito diferente tb. Achei legal isso, agora nós temos dois tipos distintos de boas abordagens sobre o personagem.

Uma coisa que me impressionou foi esse lance do Bruce sentir medo de morcego. Na época do Batman- o retorno eu era muito fã do personagem, mas nunca li nenhum quadrinho dele, só ficava nos filmes e nas séries animadas e nunca soube desse fato.

Bem, o filme é demais e superou minhas expectativas. Espero que vá muito bem nas bilheterias(mas não melhor que ep3, hehehe) para que tenhamos várias continuações.

 

Skywalker38522.5864699074
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No meu caso, o cinema não lotou...ficou até bem mais vazio que eu esperava (só tinha 3 pirralhos)!!!

 

 

 

De um modo geral o povão adorou o filme : se divertiam com as piadas;

gostaram das lutas (eu sempre escutava um PORRA!!! No cinema!!! de

pessoas que ficavam surpresas com as cenas do Batman atacando os

criminosos). Os civis gostaram muito do interrogatório do morcego!!

Vibraram com o Batmóvel!! Ficaram chocados com a morte do chefe da

Rachel e com a execução de Joe Chill!!! E ficaram chocados com a

revelação de Ducard em Ra's Al Ghul (Escutei um Meu Deus!! de uma

mocinha atrás de mim)!!!E gostaram das tapas de rachel no Bruce!!smiley36.gif

 

 

 

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Lembra desse? Batman no cinema


 

Por José Aguiar
4/4/2002

 

batman_89_poster.jpg

batman_89_batman.jpg

batman_89_coringa.jpg

batman_89_batman2.jpg

batman_vale.jpg

burton_batman.jpg

batman_89_keaton.jpgO ano de 1989 foi um divisor de águas para os filmes baseados em HQs, sub-gênero padecendo do de descaso em Hollywood desde o fim dos anos 70, o último “boom” de produções do gênero. Fora os esporádicos filmes do Super-Homem e uma ou outra produção sem vergonha, os quadrinhos passaram longe das telas. A retomada deve se a Batman - o filme.

Na verdade, esta película só se tornou possível graças ao bom e velho Cavaleiro das trevas de Frank Miller, publicado nos Estados Unidos em 1985 e que resgatou o Morcegão do ostracismo, verdadeira ressaca do seriado cômico dos anos 60. Até então quando se falava em Batman, a primeira imagem que vinha à cabeça do público era um bufão barrigudo e de músculos flácidos, acompanhado por um moleque de meias-calça, que combatia vilões engraçados. O fenômeno deflagrado por Miller não só resgatou a imagem do Morcego como ajudou a levantar a moral dos quadrinhos como um todo. Várias graphic novels depois, os executivos dos estúdios já estavam de orelha em pé com os lucros em potencial de um longa-metragem sério do nosso herói.

Dado o ponta-pé inicial, a primeira polêmica em torno do filme foi a contratação de um diretor praticamente desconhecido para o projeto. Tim Burton até então só havia dirigido dois filmes cômicos: A grande aventura de pee-wee e Os fantasmas se divertem. Os fãs tremeram. Batman nas mãos de um diretor de coisas assim? No entanto, quando o nome do alucinado Jack Nicholson foi confirmado como o Coringa, os ânimos voltaram a se elevar! A euforia tornou-se generalizada assim que outros nomes de peso juntaram-se ao elenco. Para completar, os produtores prometeram um roteiro com elementos da mini-série de Miller e da graphic novel A piada mortal de Alan Moore. Tudo isto ainda viria embalado por um orçamento milionário como os fãs de quadrinhos não viam desde o primeiro Superman. O banho de água fria, no entanto, veio com a escalação do protagonista: Michael Keaton.

Comediante de filmes de segunda, Keaton, que havia trabalhado com Burton em Os fantasmas se divertem era tampinha, calvo e não gozava da menor semelhança com o milionário Bruce Wayne. Primeira opção do diretor, ele se tornou um martírio para os fãs. Burton justificou-se que não queria um Super-homem, mas um herói plausível, um homem comum, com o qual o público pudesse se identificar.

As primeiras imagens de Keaton posando de uniforme até que tranqüilizaram o público. Afinal, era uma armadura, algo. em si. mais lógico até do que um colante. E o filme seguiu em paz até sua estréia.

TINHA TUDO PARA DAR CERTO

Sinistro, sombrio, opressor mas... equivocado. É assim que pode se definir o filme. A atmosfera era a certa. Os cenários deslumbrantes; a trilha sonora de Danny Elfman, épica; o vilão excelente, mas o roteiro que é bom... necas! A história demora para decolar e depois entra em queda-livre. Tim Burton parece ter dirigido o filme algemado e com uma espingarda apontada para a cabeça. Sua direção foi burocrática como uma modorrenta repartição pública. Personagens entram e saem com a profundidade de um pires, transitando por situações mal-resolvidas e cenas de ação nada empolgantes. Resultado: um filme morno, muito longe do que estava sendo prometido.

PECADOS CAPITAIS

O filme comete alguns pecados que limaram todo seu potencial:

Michael Keaton: Definitivamente, esse cara NÃO é o Batman. Mais parecido com uma fuinha do que com um morcego, sua personagem é mal construída. Em vez de um playboy, temos um milionário excêntrico e debilóide. Menção especial para a cena em que ele revela sua identidade secreta à fotógrafa Vicky Vale. Os dois mal se conheciam e dormiram juntos uma única vez!

A Armadura: Era muito bonita quando Batman estava parado e bem longe, no meio das sombras. De prática, porém, não tinha nada. Keaton parecia ter vestido a roupa de seu irmão mais velho. A máscara dançava folgada sobre seu rosto. O restante do traje era rígido como um Robocop, e o herói não podia olhar para os lados. Um verdadeiro modelito-torcicolo, natural como um bloco de cimento nas sofríveis cenas de ação.

O elenco de apoio: Pat Hingle no papel de Comissário Gordon (ou gordo, por motivos óbvios) está um desperdício. A fotógrafa Vicky Vale (Kim Basinger, interpretando a si mesma) é um bibelô descartável. Seu colega Alex Knox (Robert Wuhl) é um mala-sem-alça. Harvey Dent (Billy Dee Williams) está ali simplesmente por estar. O mesmo pode se dizer do mafioso Grisson (Jack Palance) e a namorada do Coringa, Alicia (a ex-Sra. Mick Jagger, Jerry Hall), que estão na história só para encher lingüiça.

O Coringa matando os pais do Batman: Ora, seria melhor se tudo continuasse sendo um acaso trágico. Essa palhaçada só serve para justificar uma frase de efeito do protagonista: “Eu criei você, mas você me criou primeiro”. Eeeeca! A cena do assassinato em si é cafona. Uma pífia tentativa de reproduzir a maravilhosa seqüência muda em Cavaleiros das trevas. Tudo em nome da simplificação da trama e do clichê. Só faltava o Coringa dizer: “Eu sou seu pai”!

A morte do Coringa: Idiota e ridícula! Não há pior clichê do que vilão caindo para a morte no fim do filme! Sem falar que a cena em si é tecnicamente deprimente. O Coringa que cai é uma animação muito da sem-vergonha.

AS VIRTUDES DO FILME:

Abriu o filão de adaptações milionárias baseadas em HQs, que começou nos anos 90 e chega à maturidade nos dias de hoje.

Possibilitou a criação do novo desenho animado do morcego em 1992. Essa produção revolucionou as animações americanas de aventura na TV, impondo um novo padrão de qualidade e respeito com as personagens.

Projetou as carreiras de Tim Burton (que pôde realizar os excelentes Edward-Mãos de Tesoura, Ed Wood e O Estranho mundo de Jack) e Danny Elfman, um dos mais requisitados compositores de trilhas da atualidade. Detalhe: Elfman é quem mais compõe para filmes de HQ.

Jack Nicholson, apesar de “gorducho” para o papel de Coringa, carrega o filme nas costas.

O mordomo Alfred (Michael Cough) é correto desde o primeiro momento. Parece ser a única personagem, além do Coringa, representada com adequação. Ponto para o veterano Cough, que garantiu o emprego em todas as continuações, a exemplo do inexpressivo Comissário vivido por Pat Hingle.

Não há o mala-sem-alça do Robin!

O filme ganhou o Oscar de melhor direção de arte, tendo sido indicado a vários outras categorias técnicas.

QUEM RI POR ÚLTIMO, RI MELHOR.

Com sua campanha de marketing inigualável, o filme tornou-se uma febre mundial. Seu sucesso instantâneo fez dele uma das maiores bilheterias de todos os tempos, até então; para a alegria especial de Nicholson, que abriu mão de seu cachê por uma porcentagem dos lucros. Na época, o doido de plantão em Hollywood embolsou 65 milhões de verdinhas!!! Realmente, o Coringa, roubou o filme!

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Lembra desse? Batman no cinema


 

Por José Aguiar
30/10/2002

 

BURTON RETURNS

Leia o especial 'Lembra Desse? Batman no cinema' completo, clicando aqui

batman_returns_poster.jpg

batman_returns_poster2.jpg

batman_returns_bats.jpg

batman_returns_cats.jpg

batman_returns_pinguim.jpgEm 1992, chegou, novamente sob a tutela de Tim Burton, Batman: O retorno. Desta vez, parecia que a coisa ia dar pé. Graças ao sucesso do primeiro, agora o diretor tinha total liberdade criativa. Mais Dark, mais sombrio, mas ainda assim... algo estava errado.

 

A atmosfera gótica continuou perfeita, os cenários mais deslumbrantes, mas o tal do roteiro que é bom... continuou aquela coisa de louco.

Em todos os aspectos, este filme tem melhor acabamento do que o primeiro. É bem mais agradável de se ver. Burton está completamente à vontade na direção e tudo parece mais maduro. Infelizmente, no entanto, ele ainda deve ter se recusado a ler qualquer gibi do Morcegão, tamanhas as mancadas que os fãs foram obrigados a engolir.

Verdade seja dita, o roteiro tenta ganhar o espectador. Para se integrar à sociedade, o Pingüim, vivido por Danny DeVito, um paria que governa os subterrâneos, seqüestra o filho do prefeito e o devolve como um samaritano, tornando-se o novo ídolo da cidade. O inescrupuloso empresário Schreck vê nisso a oportunidade de ganhar poder político e lança a candidatura do Pingüim à prefeitura de Gotham. Acredita que pode facilmente manipulá-lo. Sua secretária, Selina Kyle, interpretada por Michelle Pffeifer ouve os planos e é jogada da janela. Mais tarde, volta como Mulher-Gato para se vingar. Batman tenta impedi-la, mas acaba sendo acusado de assassinato e perseguido pela polícia. Neste interim, Bruce Wayne envolve-se amorosamente com Selina, sem saber que ela é a sua inimiga. Parece bom, não é mesmo? O filme até funciona, se você fizer vista grossa aos...

NOVOS PECADOS CAPITAIS:

Michael Keaton: Ora, para quê insistir no erro? Está certo que, neste filme, ele não está tão pamonha quanto no anterior e até faz biquinho de malvado. Mas que ele não leva o menor jeito pra coisa, não leva mesmo...

Origem do Pingüim: Bebê deformado é jogado num rio e encontrado por pingüins que vivem no esgoto e o adotam! Mais "lógico", impossível. Imaginou se ele fosse encontrado pelas Tartarugas Ninja?

Origem da Mulher-Gato: Secretária debilóide cai de um edifício e não morre. É mordida por dezenas de gatos e...TCHARAM! Torna-se a Mulher-Gato! Costura um traje "sado-masô", aprende artes marciais e a usar chicote num passe de mágica! Assim vai ter muito marmanjo jogando a mulher do prédio...

Excesso de personagens: Como contar com profundidade a origens de dois interessantes vilões e ainda por cima se aprofundar em outras personagens importantes, como o industrial Schreck? E sem deixar o Batman de lado? Resposta: Não tem como! Novamente, o morcego vai a escanteio.

Pingüins teleguiados: Não basta serem capazes de prover, ensinar a falar e vestir uma criança humana. Eles têm que lançar mísseis!

O Clímax: Batman rasga (ai, ai) sua máscara de plástico diante da Mulher-Gato e Schreck exclama: "Bruce Wayne? Por que você está vestido de Batman?" Mulher-Gato responde: "Por que ele é o Batman, Imbecil!" Como podemos perceber, o roteiro havia acabado pelo menos meia-hora antes. Os atores estavam improvisando suas falas. Ou não????

ALGUMAS VIRTUDES (ou quase):

1. A armadura do Batman: O rosto de Keaton já não dança mais no interior da máscara. E o novo desenho do traje até permite meia dúzia de movimentos semi-naturais. Robocop morreria de inveja.

2. O Visual do Pingüim e da Mulher-Gato: Tudo de acordo com a atmosfera do filme. Ambos ficaram muito bem resolvidos. Em especial o Pingüim, inspirado na personagem-título do filme O gabinete do Dr. Caligari

3. Danny Devito e Michelle Pffeifer: Ambos roubam a cena cada vez que aparecem. Ele, transbordando diálogos maliciosos. Ela, idem, só que com muito mais charme e sensualidade. Exatamente como o papel pede: "Miau!"

4. Ainda nem sinal do mala-sem-alça do Robin!

BAT- CURIOSIDADES:

O roteiro é levemente baseado no episódio Pingüim- O Candidato ("Hizzonner the Penguin") da telessérie dos anos 60, onde o Pingüim candidata-se à prefeitura de Gotham.

O nome Max Schreck, personagem de Chistopher Walker, é o do ator que interpretou Nosferatu, no filme expressionista homônimo.

Depois de tanto rojão, Tim Burton largou a batuta e foi cuidar de sua vida. Os fãs respiraram aliviados, pois quem sabe agora, Batman poderia ganhar um filme decente. Ledo engano.

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Bom ai vai meu review.

 

Acompanho notícias relacionadas a esta produção desde a confirmação da contratação de Christopher Nolan e David Goyer. Por isso, desde quando anunciaram que o novo filme não teria nada dos anteriores e se aproximaria mais da fonte eu estava confiante. Em teoria tudo parecia perfeito, a cada nova notícia era só alegria. Mas quando começaram a liberar fotos e trailers... algo não estava cheirando bem. Se a proposta era não ter nada dos anteriores porque o visual era praticamente o mesmo? Porque Christian Bale usava aquela mesma borracha horrível que Clooney usou em Batman e Robin? Está na cara que isso foi um dos (muitos) motivos do fracasso de bilheteria até aqui, o povo que não vinha acompanhando os bastidores tinham a nítida impressão de ‘mais do mesmo’. Tudo que era mostrado realmente não empolgava.

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Disse que algo já não cheirava legal. Pois bem. Isso se confirmou depois que vi o filme. Eu já havia assistido aos excelentes Amnésia e Insônia do ótimo diretor Christopher Nolan. Mas ao invés de trabalhar com liberdade e pouco orçamento (graças a isso pudemos perceber todo seu talento nestes dois filmes menores) aqui foi nitidamente ‘limitado’ e ‘podado’ pelos executivos da Warner (interessados apenas em grana) e pelo fraco roteiro do nada humilde David Goyer (o responsável pelo sepultamento da série Blade com o horroroso Triniti). Insuportável a primeira metade do filme (parece até um guia de auto-ajuda) com frases pretensiosas para tentar efeito, mas que apenas soam piegas.

 

Os atores de modo geral fazem sua parte. Mas sinceramente agora vejo que, apesar de bom ator Christian Bale não é o Batman. Mais baixo que todo o resto do elenco, queixo fino demais para o personagem, péssima voz (que ficou pior ainda modificada por computador): não chega a ser um Vigo Mortensen, mas lhe falta o carisma de um Hugh Jackman que o personagem requer. Há, e Katie Holmes fraca como sempre. Não há a menor química entre os dois, e o romance consegue atrapalhar (também) a trama.

 

A ação também deixa a desejar, as lutas não empolgam. E sinceramente, o que o novo batmovel faz (que eu apelidei ‘carinhosamente’ de O Trombolho) não justifica sua feiúra e péssimo design. E que porra de realismo é esse, onde vemos um tanque pular de prédio em prédio? A cena ficou pau a pau com a de Batman Eternamente em que o batmovel sobe verticalmente um prédio.

 

Os vilões... sinceramente... até a série animada Batman Animated Séries explorou melhor o Espantalho e Ra’s All Gull. Cillian Murphy (do exelente Extermínio) bem que tentou. E o maior ponto fraco do filme: sua reviravolta final. Pra mim simplesmente não funcionou.

 

Mesmo com a bilheteria fraca é quase certo que teremos uma continuação. O problema é que essa bilheteria irá fazer a Warner forçar um próximo filme mais light para faturar mais. Não que eu esteja preocupado afinal este filme não me instigou a ver mais um. E é nítido o desconforto dos realizadores com este filme, uma vez que é incerto a volta deles.

 

Filme do ano? Por favor. Os melhores filmes do ano foram Closer, O Clã das Adagas Voadoras e Sideways. A melhor adaptação de quadrinhos até aqui é Sin City (que conseguiu ser um excelente filme e ultra fiel a fonte, coisa que este Batman falhou em ambos quesitos). O melhor Batman do cinema pra mim foi o desenho longa metragem Batman A Máscara do Fantasma. E o grande Pipoca do ano de 2005 até aqui ainda é Star Wars Episódio III A Vingança dos Sith.

 

Darth Maul – 04/10

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Não sei se alguém comentou aqui mas aí vai:Em q momento de Batman Begins aparece o vilão Zsasz?Não é a primeira vez q ouço alguém dizer q ele aparece no filme.

O Zsasz aparece junto com a primeira aparição do Dr. Johnathan Crane, em um julgamento onde ele manda o Zsasz para o Asilo Arkham, para raiva de Rachel que queria vê-lo na cadeia. Ele também aparece na fuga em massa dos presidiários da cadeia.

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Ele aparece sendo julgado no começo e depois é solto junto c os outros doidos. É uma participação rápida e ele está diferente, então atenção: ele é o careca com cicatrizes.

Quem mais curtiu a reviravolta Ducard/R´as Al Ghul? Eu achei fantástico. Muito bem-feita e corajosa, já q estão lidando com um universo já consolidado pelas HQs..

Me decepciono em ler algumas críticas sem fundamento por aqui. Acho q teve gente q n ficou feliz com o Schumacher, Burton e nem agora, com o Nolan. Acho q algumas pessoas só ficarão felizes quando fizerem "Batman - o documentáio". Infelizmente, não vai dar, pq afinal, Batman não existe. Ele é um personagem FANTASIOSO. E com filme sério ou não, isso ainda vigora. Relaxem um pouco, ser ranzinza é uma bosta.

Outra coisa: adoro aqueles jornalistas q quando sai um filme desse porte, se metem a escrever de coisas q n entendem e nem pretebndem pesquisar. Duas pérolas pra vcs tiradas dos jornais daqui: "Estréia hoje o filme Batman Begins, uma nova visão do personagem, dririgida por Tim Burton." e "Batman, que foi criado por Frank Müller (sim, Müller, nem é MILLER).."  é dose, né?

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Mesmo com a bilheteria fraca é quase certo que teremos uma continuação. O problema é que essa bilheteria irá fazer a Warner forçar um próximo filme mais light para faturar mais. Não que eu esteja preocupado afinal este filme não me instigou a ver mais um. E é nítido o desconforto dos realizadores com este filme' date=' uma vez que é incerto a volta deles.

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Isso é preocupante. Será que se a bilheteria não for satisfatória para a warner eles farão o que possivelmente acontecerá com Hulk? Interromper o caminho satisfatório que se estava seguindo para realizar uma continuação mais comercial?

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