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Forum Cinema em Cena

O Que Você Anda Vendo e Comentando?


Tensor
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On 10/18/2019 at 9:32 AM, SergioB. said:

"Arthur Miller: Writer" é um documentário de 2017 feito para a HBO pela cineasta, e  filha do teatrólogo, Rebecca Miller.

Uma vida maravilhosa, presença decisiva na vida americana, "marido da Marilyn", mas principalmente autor de "A Morte do Caixeiro Viajante"...Pessoalmente, o melhor texto que eu li antes dos meus 20 anos.

Como documentário, reúne entrevistas e cenas de arquivo, mas fiquei muito surpreso como Rebecca decidiu "proteger" o pai do fato de ter escondido que tinha um filho com Síndrome de Down, a quem deixou em um internato, e sequer o citou em sua Autobiografia. Muitos dizem que ele sequer o visitava, mas Rebecca diz que "nos últimos anos", Arthur constantemente o visitava. Nada é falado também sobre o último relacionamento do autor, já no finzinho da vida, com uma mulher bem mais jovem.

Uma biografia "não autorizada" seria mais interessante nesse caso.

Pra quem ama cinema, tem bastidores incríveis de "Os Desajustados".

 

Aí, @Muviola, o que achei desse Doc...

O fato de sequer citar o filho com Down na própria autobiografia extrapola o aceitável, heim?

 

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5 hours ago, Muviola said:

Inspiração para algumas obras importantes recentes, tais quais "Três Reis", "Sangue Negro", "Destacamento Blood" e até "Senhor dos Anéis", "Tesouro de Sierra Madre" é um dos exemplos mais fortes do cinema americano por excelência, em seus melhores tons. Além disso, é uma das primeiras produções de Hollywood filmadas em locação e isso faz uma sensível diferença no resultado final.

Humphrey Bogart é um desempregado americano no México da década de 20, atrás de esmolas e empregos até que esbarra com outro americano na mesma situação e ambos são passados são passados para trás numa oportunidade, mas então descobrem acidentalmente por meio de um senhor a possibilidade de encontrar ouro nas montanhas da redondeza de onde estão. Os três parte juntos para o garimpo. 

John Huston, adaptando o livro de mesmo nome quer mais do que mostrar a violência por trás do garimpo, ele quer extrair o que a chance da riqueza pode causar nos homens: cobiça, paranóia, decadência moral. 
Humphrey Bogart, na melhor interpretação sua que vi, passa por esta transformação entre o sujeito sem lá muita direção na vida, mas que tenta achar seu sustento de forma correta para uma versão absolutamente atormentada pela "febre do ouro", citada pelo veterano do garimpo Howard. Sua paranóia chega a níveis de famosos autocratas que temiam todos ao redor.

Apesar de haver sim julgamento moral (muito também por influência do Código Hays), John Huston não quer limitar o destino apenas à tragédia. A ironia também é parte deste teatro de fantoches, mais uma das falas notórias do personagem do pai de Huston. 

 

Acrescento que o final de "Terra Estrangeira", do Waltinho, é ipsis litteris o final desse filme.

Palmas para Bogart, lógico. Principalmente na fala matadora sobre a consciência.

Mas Walter Huston chutoubundas! Um dos Oscars de Coadjuvante mais merecidos da história.

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8 minutes ago, SergioB. said:

Aí, @Muviola, o que achei desse Doc...

O fato de sequer citar o filho com Down na própria autobiografia extrapola o aceitável, heim?

 

Olha, eu consigo enxergar o lado dela: não era proteger o pai, mas o irmão. 

Só que claro, entendo a sua opinião. 

 

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Minha mãe é italiana, eu - às vezes me esqueço - sou cidadão italiano (tenho dupla cidadania), e estou acostumado com gente falando alto em casa e eu ouvindo da esquina...Mas até o costume me foi pouco para o nível de gritaria de "Amor e Anarquia" , filme de 1973, da italiana, ainda viva, Lina Wertmüller. Estou pensando aqui se há algum outro filme com tantos decibéis! Não é um filme, é um cortador de grama ligado por duas horas!

Claro, é a mise-en-scène de um bordel romano, durante o governo de Mussolini, no qual se hospeda um jovem homem do campo, anarquista, a procura de sua prima - uma das mais festejadas funcionárias da casa de tolerância - que tem o plano ambicioso de matar o "duce". Muita gente em cena, muita falação, muita briga, patetices, galhofadas da "Bota", perda da inocência, paixões e tiros. O filme é sua encenação aumentativa.

Mesmo com a trilha de Rota, a Fotografia de Rotunno, ou as boas atuações de Giancarlo Giannini (Melhor ator em Cannes) e Mariangela Melato, o filme é mais o seu conjunto de elementos vivos, em disputa. 

Uma Itália em confusão. Confusão da cena; confusão social. Ainda perdida entre o fascismo, o anarquismo, o socialismo. Três utopias falidas, que só resultaram em pobreza ou morte. E ainda hoje defendidas pelos sequelados de sempre.

Amor e Anarquia - 1973 | Filmow

 

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"N`aum vou nem falar nada!!"

O cinema é uma arte muito próxima da literatura, assim como o teatro é mais parecido com a pintura, segundo Susan Sontag em "Sobre Fotografia". O teatro é parecido com a pintura, por que podemos escolher para onde olhar, em tudo que nos é ofertado. Na literatura e no cinema, o prato está feito. Temos uma direção a seguir. Por isso, muitos cineastas contemporâneos tentam de todas as maneiras se afastar da tradição literária do romance, na busca pela autonomia completa da arte cinematográfica. O fato é que o público em geral repudia, ou não é muito fã de nada que seja mais audacioso nesse sentido; continua preferindo um esquema sustentado em trama e personagens. Eu, como cinéfilo, aprendi a aplaudir e a obter prazer também das experiências mais artísticas, mais atinentes ao nosso tempo, que reeducam o meu olhar, como, por exemplo, os mais de 15 minutos da mulher parada olhando para o painel na parede úmida em "Cães Errantes", de Tsai Ming-liang

Mas como não ficar apaixonado pelo cinema literário de Éric Rohmer? "Conto de Outono", que vi, quando jovem, e hoje, de novo, é dos filmes dele mais reconhecidos. Um enredo pequenininho: Fazer-se Cupido para uma quarentona, que se fechou para o amor, com velhas desculpas intelectuais, escondendo a baixa autoestima... Altas conversas, conversas sem fim, um novelo de palavras, o tempo passando, as uvas que amadurecem. O outono é estação prévia ao inverno, na metáfora para os quarenta/cinquenta anos se afigurarem como a última estação para o amor.

Mas além de suas qualidades literárias, do bom gosto no tema, nas frases, nos personagens, a par disso, quero ressaltar o quanto esse filme de 1998 tem de cinematográfico! Pode não parecer, mas é uma "Comédia Romântica", nada americanizada - como as imensamentes populares dos anos 1990. É uma comédia romântica que põe outras personas (de outra idade) como protagonistas, mais calmas, menos estressadas pelos ego, levemente corroídas pela solidão, sem tanto apego às roupas e artifícios estéticos. Uma comédia romântica que se volta contra as exigências do mercado, comédia romântica "contra si". 

Fora isso, amo a montagem dos filmes dele. As cenas acabam, os planos acabam, quando os passos dos atores por um ambiente acabam, montagem "por deslocamento". Vale-se da ambientação, da casa enorme, do vinhedo, do último gole na mesa do restaurante. É uma montagem espacial. Amo essa técnica.

Mais um filme dele em que os créditos acabam com a cena em andamento. Aqui, o fechamento dá-se em um baile no gramado da casa, único momento de música do filme, e acompanhamos a amiga-Cupido dançando com seu marido, mas querendo olhar para outras paisagens extra-campo. "Me chame Pelo Seu Nome", meu amado, sei de onde algumas cenas suas procedem! 

Autumn Tale (1998) - IMDb

 

 

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depois de uma semana resolvendo pepinos em casa, finalmente tempo free pra filmitchos...aff😤

Bloodthristy é um razoável terror que pega emprestado elementos de Raw, Homem sem Sombra e A Mosca e os entorna num filme de lobisomem. O baixo orçamento limita muito o intimismo que este indie se propõe, mas se dá bem em sua alegoria á fama e a transformação de caráter da personagem principal. Os efeitos práticos são bem discretos, porém mais eficientes que toneladas de cgi e as atuações estão ok. Mas o destaque maior vai pras músicas da trilha sonora, pegajosas até o final dos créditos. 8-10

Bloodthirsty - zapowiedź - Po napisach | z pasją o filmach


 

Pig é um bacanudo thriller dramático que resumidamente fala sobre perda e redenção. Imagina o mesmo plot de John Wick só que com um porco!? No entanto aqui não há porradaria e sim vários momentos bem intimistas e emotivos de silêncio, porém tão fortes como um tiro na testa. Nicolas Cage, acreditem, leva este indie no bolso fácil fácil. É um filme comovente onde a ausência de som reflete o estado do protagonista, de luto, etc e tal. Sei lá, não me vem mais nada á cabeça, mas eu curti..com uma ou outra ressalva..8,5-10

Devdas (@shahrukhdevdas2) | Twitter

 

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Vi pela primeira vez Once Upon A Time In America!

Vi logo a versão extendida de 4h:09m e adorei!
Gostei especialmente daqueles 45 minutos em que vimos as personagens em crianças.
Também acho que o facto de haver três periodos de tempo bem separados ajuda a que um filme de 4 horas não se torne enfadonho.
Super recomendo.
Para mim um 8.5 em 10
É bom estar de férias e puder relaxar a ver um filme que demora uma tarde inteira

 

Once Upon a Time in America (1984) - Video Dailymotion

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Eu não costumo gostar muito da frase "tal obra nunca conseguiria ser feita hoje". Acho um tanto simplista, mas no caso deste "Louca Paixão", a afirmação pode ser dada. E olha que estamos falando de Paul Verhoeven, aqui no seu segundo longa.

Os dez primeiros minutos deste filme tem sonho de duplo assassinato; Rutger Hauer (poucos atores conseguem atuar tão bem com o corpo todo) com o pau para fora e se masturbando; ele transando e guardando "recordações" das mulheres. E isto é só o começo...

Verhoeven envolve sua comédia romântica entre o suspense e o drama, sempre com um pézinho no grotesco. Ele absolutamente não teme mostrar o sexo e a doença, com todos os fluidos que acompanham o corpo nestas fases.  

Este é até hoje o filme holandês de maior sucesso e é uma bela apresentação do que este doido mostraria posteriormente. 

images - 2021-07-24T173203.067.jpeg

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Lançado no mesmo ano daquela obrazinha qualquer "O Conformista", "A Estratégia da Aranha" é dos poucos filmes inspirados em escritos de meu escritor favorito Jorge Luis Borges (interessante que mais ou menos na época, Antonioni havia adaptado Cortázar em Blow Up). 

Já começa com o protagonista, Athos Magnani chegando numa cidadezinha na Itália, que mais parece um lugar-fantasma. Descobrimos que ele é filho de uma lenda local, que foi assassinado pelas costas por fascistas; mais do que ser filho, ele é idêntico ao pai e ambos carregam o mesmo nome. Sua visita foi à pedido de uma ex-amante do pai que deseja que Athos investigue as circunstâncias suspeitas do assassinato. 

Bertollucci faz um jogo duplo de presente/passado com pai/filho, num questionamento histórico, filosófico e psicanalista. A decisão de fazer os mesmos atores fazerem passado e presente (estrategia usada por Spike Lee em Das 5 Bloods) dá mais camadas a estas relações. 

Já que é adaptação tem de haver muita citação literária. Bem que poderia haver mais adaptações dele.

 

images - 2021-07-24T220201.941.jpeg

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  • 2 weeks later...
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Ventajas de Viajar en Tren é resumidamente o Relatos Selvagens espanhol, pronto falei. É uma crônica negra bizarramente muito bem amarrada de várias estórias que se entrelaçam das formas mais esdrúxulas possíveis, e claro que é um filme que não é pra todos os gostos pelas temáticas que aborda, que vao desde pedofilia, slasher e canibalismo. O forte são suas interpretações com destaque pro sempre grande Luis Tosar, que considero o Darin espanhol. É um filme perverso e irreverente com linda fotografia e trilha sonora, principalmente na estória da "mulher-cão". O roteiro é absurdo mas bem plausível. O único porém é a duração, que achei excessiva demais. 8,5-10

Ventajas de viajar en tren: Fotos e Pôster - AdoroCinema


 

Vicious Fun é uma divertida comedia de terror que transpira anos 80 desde o primeiro ao último fotograma. Vai vendo o plot: um moleque se vê no meio de uma reuniao num grupo de ajuda a serial-killers anônimos?! Deliciosa de se assistir, seus personagens são caricatamente bem construídos, uso correto de cores primarias, bem moderninho e repleto de referências sarcásticas á cultura pop e muito gore. É um indie canadense que não se leva a sério em sua premissa e justamente entretêem por isso. As interpretações estao ok, das quais a unica que achei meio fraca é a do protagonista principal, que tenta dar uma de Michael J Fox sabichão, porém sem chegar nem a metade disso. 8,5-10

Vicious Fun" ganha novo trailer e pôster - [2021]


 

Werewolves Within é outra divertida comédia de mistério que imediatamente vi similar ao Entre Facas e Segredo pela estrutura do roteiro, no qual a gente precisa descobrir um assassino numa cidadezinha rural, no caso, um suposto lobisomem. Lembrou de The Wolf of Snow Hollow? Pois é.. E isso mantem o interesse até o final. Seus personagens bizonhos tambem sao muito bem contruidos e qualquer carência nesse aspecto é suprida pelo grande carisma da dupla principal. Não sabia, mas o filme é baseado num game que sequer sabia a existência e quiçá por este motivo tenha me agradado, por não precisar compará-lo ao produto que lhe deu origem. Vale a visita. 8,5-10

⭕️ Bryan Dechart on Twitter: "Thanks for inviting @AmeliaRBlaire & me  to the #WerewolvesWithin Virtual Premiere, @IFCFilms!  https://t.co/imTZFNFmPd" / Twitter


 

Meandre é um agoniante thriller scy-fy de terror que bebe muito da fonte de Saw e principalmente Cubo. Sim, é daqueles filmes que confina sua protagonista num estreito tubo feito um hamster e a coloca a prova com vários obstáculos mortais, tipo Escape Room ou o recente Oxigênio. Feito com orçamento merreca o filme te segura em tensão até quase os finalmentes. Sim, quase até lá porque o desfecho tenta dar uma edulcorada desnecessária a tudo que construiu com uma alegoria sobre o luto. Mas até lá o longa te prende na poltrona como todos os filmes citados. E todo mérito é a estupenda performance da atriz principal, que faz das tripas coração neste indie francês. 8,5-10

Film News PL on Twitter: "Nowe plakaty filmowe: #TheOutsideStory  #EveryBreathYouTake #Meander #TheBikeThief… "


 

Till Death é um thriller de terror que vem sendo elogiado mas eu não vi nada demais, a não ser uma cópia mal feita do melhorzinho Jogo Perigoso, so que aqui a Megan Fox ta presa a um presunto e precisa sair duma situação de confinamento. Quiçá a ambientação seja o melhor pois te coloca no clima do filme, mas não basta pra elevar a nota desta película onde pelo menos a atuação da moça vai além de mostrar a bunda e os peitos. É um thriller tipico de Supercine que deve agradar aos que não sao muito exigentes, mas que eu particularmente achei fraco por viajar na maionese por temas que não acrescentam nada á narrativa, na tentativa de parecer mais cerebral do que é. 7-10

Till Death | MovieTickets


 

Scare Me é uma antologia de terror fraquinha, fraquinha de doer... na verdade peguei o filme errado porque tem outro com mesmo nome (e mesmo ano até) feito pelo diretor do bacanudo Werewolves Within, que foi o que me motivou a pegar. Ja que tava na mão aproveitei pra ver e achei fraco, fraco...muito precário e amador tudo, desde roteiro, execução, efeitos, etc.. O único curta que se salva é o dos vampiros, pela critica a violência policial..e só! Na boa, até TCC de estudante de cinema se sai melhor do que isto aqui... Nao tem muito o que falar, agora vai demorar pra eu assistir o filme que de fato tencionava assistir justamente por ter o mesmo nome, e ja to traumatizado com este, que so vale pelos nudes. 5-10

CINE TERROR | Your Blog Description

 

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Esquadrão Suicida é um bom filme que refaz o fraquinho filme do Ayer. Mas não se engane, não é toda essa cocada que tão falando mas ainda assim é superior ao filme de 2016, algo que não é muito difícil. A trama é manjada e o kitch dos trocentos personagens até funciona bem dentro do que o filme se propõe, se bem que meia dúzia vai pro saco já logo no começo do filme dando espaço pro resto, atores "mais famosos" mostrarem um arco até razoável, alguns até emocionantes. A ação é frenética e funciona bem, fotografia e trilha sonora idem. Parece a variante dos Guardiões da Galaxia. E aqui o bichinho mais fofinho que rouba cenas é o Sebastian, o camundongo da Caça-Ratos. Foda só a longa duração do filme, dando protagonismo maior desnecessário á Arlequina (claro) só pra encher linguiça, e 15min a menos apenas beneficiariam o ritmo. E as duas cenas pós-créditos dao dicas de dois personagens que teoricamente morreram mas passam bem🤣! 8-10

VidaLatina - Vida Latina

 

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Esquadrão Suicida 2021

 

Muito bom!!!..com vilões de verdade....inevitável comporação. Como este filme é melhor que o Esquadrão do Ayer em todos os níveis..como é bom o estúdio dar liberdade e ter um cara bom dirigindo tudo. Menos comercial, mais violento, adorei o humor. E não é um Guardiões 2.1. É outra pegada. O filme já começa numa missão depois já entra nos flash backs pra cortar caminho. As apresentações e motivações ficaram muito bem feitas, principalmente do Bolinha (ele joga bolinha nas pessoas...kkkk). O Peacemaker é muito bom, a interação dele com o Bloodsport rende boas cenas e competição deles ao invadir uma vila é muito boa.

A história é bem amarrada e adiciona até uma rebeldia ao governo, pra não parecer pau mandado ou de direita. Falando nisso,  a Amada Waller é super motherfuker mas o destaque do filme é a Ratcatcher, ela é o coração do filme, além da história dela com o pai ser muito boa, os poderes dela com os ratos rendem ótimas cenas, icluindo o ratinho que fica no ombro dela. A Arlequina está na sua melhor participação na telona, a cena da fuga é muito boa, ainda sim parece que enfiaram ela em várias cenas para justificar a presença dela.

O Bolinha do qual eu não esperava muita coisa, é muito bom!!! O Gunn tirou leite de pedra aqui.  É um persoagem tão outsider e o Gun conseguiu fazer ele bem interessante, o poder, que parece uma doença, e as cenas com a mãe dele então pqp...hilário. A dublagem do Stallone no Tubarão Rei ficou excelente, casou direitinho com a proposta de um animal forte e limitado intelectualmente. 

 

A cena do TDK, aquele dos braços é muito boa...kkk..

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(256)

Retomo o cinema. Cinema mesmo. Alain Resnais. Seu terceiro longa, "Muriel", de 1963, que, em verdade, completa a sua série sobre rememoração amorosa iniciada com "Hiroshima, Meu Amor", e seguida por "O Ano Passado em Marienbad". 

"Muriel" é um filme muito difícil, assentado em uma ideia muito simples: Um reencontro amoroso. Uma mulher viúva (com problemas com o jogo, endividada), que faz de sua casa um antiquário, convida um antigo amor de juventude a ir visitá-la. A ela, que mora com seu afilhado, um cara muito fechado em si, preso às sombras de seu passado militar na Argélia, onde, vamos depois descobrir, participou da tortura de uma jovem chamada Muriel. Muriel é então uma ausência, que está sempre presente. O rapaz, a certa altura, se bem entendi (pois vi em francês), diz que sua atual namorada se chama Muriel. Muriel é um símbolo do passado de guerra, de um passado que não reconhece seu lugar. Por sua vez, o antigo amor da protagonista, hoje é um velho de cabelos brancos, que afirma ter participado inconvincentemente do conflito na Argélia também. Chega para reencontrar o ex-amor com sua "sobrinha", uma linda jovem, que tenta seduzir o afilhado. Está formado o quiprocó.

O que poderia ser um filme de reencontro amoroso, ou de formação de novos pares, facilmente palatável, romântico, novelístico, é completamente subvertido pelo neoformalismo do diretor. Recusa-se o fácil. A montagem é extrema, uma microcena atrás de outra microcena. A câmera pousa sobre os objetos, meio sem razão. Quando imaginamos que o filme passará em alguns dias, a ação trespassa em meses! 

Lembrando a reconstrução pós-guerra de "Hiroshima, Meu Amor", em vários momentos do filme os personagens comentam sobre a destruição da sua cidade porturária da Normandia, locus do filme. Lembram como a cidade ficou destruída, arruinada, inclusive o apartamento. Bem como em certo momento do filme, o afilhado, de pretensão cineasta, passará um filmete com imagens de destruição em outra guerra, a que lhe tocou, na Argélia. Os amantes originários, de outro lado, discutem várias vezes por que razão ficaram separados durante a Segunda Guerra Mundial, por que não tentaram se ver, a carta que não chegou, como o passado lhes foi cruel, etc...

É um filme com várias ideias poderosas, em que sua escolha estética, neoformal, tem a tarefa de controlar o romantismo, a pieguice, a emoção. 

Um filme que foi destroçado pela crítica da época, e que foi muito mal de bilheteria. Mas que envelheceu muito bem. Faz-se moderno até hoje.

Muriel - Filme 1963 - AdoroCinema

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(257)

Não ligava a Netflix há vários dias, e então deparo entre as novidades com "Cinema Novo", de 2016, documentário-ensaio de Eryk Rocha, filho de Glauber, a respeito do movimento cinematográfico brasileiro.

Apesar de ter gostado muito, é um doc que demanda certo conhecimento prévio do espectador, pois ele abandona qualquer didatismo, a começar pela legendagem. É dizer, temos entrevistas de arquivo, verdadeiros achados, com sei lá, com um Carlos Diegues novinho, com um Joaquim Pedro de Andrade novinho, mas não aparecerá sequer o nome deles. Nem o nome dos filmes. Nem o nome dos atores. É você quem terá de identificar em sua cinemateca mental, se estamos com Antônio Pitanga em "Barravento", ou "A Grande Cidade"; ou Grande Otelo em "Rio, Zona Norte", ou "Macunaíma". Portanto, o didatismo, que é comum aos documentários, trazendo sempre algo de uma lição de escola, inexiste aqui. É um ensaio sem aula.

Este aspecto íntimo, pessoal, subversivo, alinha-se com outro aspecto: a montagem de tom soviético. As imagens dos filmes são coladas, costuradas, de modo bem fragmentário, mas não que sejam "rápidas", são até "dilatadas". Vão de uma época a outra mais adiante, sem muitas licenças ao calendário. É um doc sobre filmes, por isso precisa de vários filmes. Muito inteligentemente nos créditos aparece como dirigido por todos aqueles grandes diretores brasileiros, e não somente por Eryk.

Há entrevistas saborosas de Glauber na Europa, mostrando como o movimento teve que fazer sucesso primeiro no exterior, ganhando prêmios em  Berlim, Veneza, e Cannes; para depois ganhar alguma notoriedade no Brasil. Em diversas passagens, frisa-se que um dos pilares do Cinema Novo era colocar o povo brasileiro, como ele é, sem censuras, na tela grande. Porém, a triste ironia é que o povo brasileiro, em regra, desconhece, ou deliberadamente não gosta dos filmes dessa época. 

Vibrei, claro, com as falas do jovem Leon Hirszman, para mim um dos maiores do cinema brasileiro. Que figura inteligente, instigante! 

Gostei bastante. Mas é por que meus olhos não são virgens, e por que meus olhos já são conscientemente brasileiros. Já posso gostar.

Cinema Novo - 2016 | Filmow

 

 

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(258)

Foi o @Muviolaque viu recentemente e me calhou ver hoje. "2 ou 3 Coisas que eu Sei Dela", de Jean-Luc Godard. Um filme de 1967 sobre uma dona de casa, de família, que nas horas vagas secretamente se prostitui. Pera aí, é "A Bela da Tarde", de Buñuel, também de 1967? Risos. Muito curioso os dois filmes saírem no mesmo ano!

Mas aqui é completamente diferente. Logo no começo, um cartaz explica que o pronome possessivo "Dela" refere-se a Paris. Simbologia meio boba, meio fora do lugar, pois não se trata propriamente do espaço urbano da cidade. Se o cartaz explicasse que o filme trata sobre a "sociedade francesa" no geral eu até entenderia. Porque há infinitas narrações em off sobre a dissociação das pessoas na Europa viverem obcecadas por objetos de consumo, marcas, logotipos (que inundam o filme), enquanto na Ásia, na Indochina, rolava uma guerra imperialista. A personagem principal é um exemplo disso, pois só busca o dinheiro extra para comprar frivolidades, ou para se manter bela. Mas não é vazia. É uma boa mãe, é inteligente, lê para o filho, explica a ele em uma cena formidável o que é a linguagem ( "Linguagem é a casa onde o homem mora". Uma referência a Heidegger).

Entre as chatices de sempre, várias e várias frases excelentes. A que liga o LSD a televisão é uma das boas. Achei maravilhoso como às vezes o filme se desvia da protagonista e filma outras mulheres secundárias, figurantes como uma atendente de loja, ou uma funcionária so salão de beleza, que falam abertamente para a câmera sobre seus sonhos, sobre o que vão fazer depois do trabalho, sobre o que gostam de ler. Que maravilha isso!

No regime das coincidências, não é que o cartaz de "Muriel", de Resnais, que vi ontem, decora um dos cenários?

No fundo, Godard quer dizer que todo mundo se prostitui. Ao trocarmos uma parcela de nossas vidas, por menor que seja, por algum sonho do mercado capitalista.

Duas ou Três Coisas Que Eu Sei Dela - Filme 1967 - AdoroCinema

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Phobias é outra antologia de terror fraquinha baseda em fobias humanas. Tinha muito potencial mas foi muito mal executada. Vai vendo, a premissa é boa mas a forma tosca, forçada e aleatória como cada curta se amarra á espinha dorsal dele deixa muito a desejar. Não bastasse o roteiro de cada curta é fraco e nao causam nem medo ou tensão, quiçá um ou outro se destaque mas o conjunto todo é fraco. Os atores bem que se empenham, em especial á otima cantora Macy May mas o resultado nao convence. Os efeitos artesanais sao bons, mas uma andorinha só não faz verão. Tem antologias bem melhores. 7-10

Phobias - 28 de Fevereiro de 2020 | Filmow


 

 

Blood Red Sky é um divertido thriller de terror onde imediatamente pensei no filme Força Aérea Um, Duro de Matar ou Passageiro 57 , só que protagonizado por uma vampira badass. A pelicula tem a pegada Drink do Inferno em sua estrutura, comecando como thriller tenso de sequestro de avião pra depois viar uma carnificina bacanuda com muito gore e violência. Bem feitinho e com boa atuação da sanguessuga principal, o filme só peca por dois poréns: a duração excessiva sem necessidade; e a pegada piegas e melodramática da relação da vampira com seu filho, que quebra o ritmo e tensão do longa. 8-10

Blood Red Sky (2021) English HQ HDRip - 720p - x264 - (DD+5.1 - 192Kbps &  AAC) - 900MB - ESub - WEB-HD / iTunes-HD / BluRay - 1TamilMV.art

 

 

What If...? é uma bacanuda incursão da Marvel na animação e nas infinitas possibilidades do multiverso. Neste primeiro episodio reimagina Peggy Carter como Capitã America e o resultado é bem bão. O estilo de animação tambem tem suas peculiaridades, trazendo dinamismo e impacto pra cenas onde live action teria sido impossivel de fazer. Aqui a linguagem cinematograáfica nao ta presa e o episodio se permite viagens surreais bem interessantes, com resultados surpreendentes. Tem um ou outro defeitinho de som e de trilha, mas nada que desabone o conjunto. Ansioso pelo segundo episodio porque nao esperava nada disto aqui. 9-10

What If...? Gives Captain Carter Her Own Character Poster

 

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(259)

Palma de Ouro em Cannes, empatado com a obra-prima "A Classe Operária vai ao Paraíso", "O Caso Mattei" , de 1972, é uma superprodução do italiano Francesco Rosi, a respeito da figura do industrial Enrico Mattei que, hoje se sabe, foi assassinado, em uma sabotagem aérea, pela máfia italiana a pedido do cartel petrolífico.

É uma biografia esplêndida, cheia de camadas políticas, sociais, econômicas, encabeçado por uma atuação magistral do ENORME Gian Maria Volontè, capaz de fazer, em um mesmo ano, um industrial e um operário, nos dois filmes laureados, com enorme talento. Para mim, um dos maiores atores que já existiu.

O sonho de uma Itália produtora de óleo e gás, líder industrial na Europa, livre do controle das chamadas Sete Irmãs, esbarra nos conchavos políticos, no medo de empreender, e nos interesses estabelecidos. 

Um filmaço.

Francesco Rosi | Les Cinémas du Grütli Genève

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2 hours ago, SergioB. said:

(259)

Palma de Ouro em Cannes, empatado com a obra-prima "A Classe Operária vai ao Paraíso", "O Caso Mattei" , de 1972, é uma superprodução do italiano Francesco Rosi, a respeito da figura do industrial Enrico Mattei que, hoje se sabe, foi assassinado, em uma sabotagem aérea, pela máfia italiana a pedido do cartel petrolífico.

É uma biografia esplêndida, cheia de camadas políticas, sociais, econômicas, encabeçado por uma atuação magistral do ENORME Gian Maria Volontè, capaz de fazer, em um mesmo ano, um industrial e um operário, nos dois filmes laureados, com enorme talento. Para mim, um dos maiores atores que já existiu.

O sonho de uma Itália produtora de óleo e gás, líder industrial na Europa, livre do controle das chamadas Sete Irmãs, esbarra nos conchavos políticos, no medo de empreender, e nos interesses estabelecidos. 

Um filmaço.

Francesco Rosi | Les Cinémas du Grütli Genève

Não havia me atentado que Volonte foi o ator principal dos dois ganhadores da Palma. Isto porque, para mim, sua interpretação máxima é em "Investigação sobre um cidadão acima de qualquer suspeita"

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Último longa do mestre Shohei Imamura, "Água Quente sob uma Ponte Vermelha", de 2001, é uma comédia de tons fantasiosos, no qual um homem desempregado, sem perspectivas, com problemas conjugais, instala-se em uma pequena vila, a procura de um tesouro, um buda de Ouro, que um conhecido seu, morto no começo do filme, teria escondido no passado. Um tesouro perto de uma casa, perto de um rio, sob uma ponte vermelha. Procurando o tesouro, encontra o amor em uma jovem, que vive na casa perto do rio. Uma jovem com uma excêntrica característica sexual...

Este filme tem muito de "A Enguia", de 1997, a começar pelo ator principal, o ótimo Kôji Yakusho. Mas o que eu destaco na verdade é esse Japão "de vila", fora do contemporâneo, fora da tecnologia. O cinema do diretor é quase uma defesa do Japão não Ocidental, mas ao mesmo tempo, um Japão sexualizado, animal, sujo, liberto da modernidade tecnológica. Os animais da vez são os peixes do rio, e uma arara vermelha.

Como comédia, achamos graça da peculiaridade sexual da jovem. Mas só isso também. As tramas paralelas dos coadjuvantes são meio bobas e atrapalham o filme.

É legalzinho. Mas pra quem já fizera "Os Pornógrafos", "Todos Porcos", "A Balada de Narayama", "Minha Vingança"- obras-primas inigualáveis - essa parte final da carreira dele, em sua volta da autoaposentadoria, é um exercício menor. 

Água Quente Sob uma Ponte Vermelha - 2002 | Filmow

 

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(261)

Minha homenagem mental a Tarcísio Meira foi rever "O Beijo no Asfalto", na versão de Bruno Barreto, no início dos anos 1980. Ele tinha aquele rosto quadrado, muito bonito, sorriso mais bonito ainda, mas eu implicava um pouco com certos cacoetes de atuação, como falar olhando para o lado, erguendo o orbital dos olhos - já repararam?

O elenco do filme está incrível: Ele, Ney Latorraca, Torloni, Lídia Brondi, Daniel Filho, Oswaldo Loureiro...O sublime texto foi muito bem defendido. E sem ranço teatral. A câmera flui muito bem, a ação acontece livre. 

Impressionante como Nelson captou a homofobia tão bem. Faz do beijo entre os homens uma vergonha, um opróbrio, um caso de polícia. Mas o que eu mais gostei de perceber é a autocontenção. O personagem de Ney Latorraca só se defende falando que é casado. E em nenhum momento admite. Não consegue. Fica no ar. A dúvida na mente do espectador fica no ar. Pois até quando a esposa do atropelado aparece, e diz aquilo que diz, fica-se com a interpretação de algo plantado pelo jornalista. 

Muito bom. 

R.I.P Tarcísio Meira!

Crítica | O Beijo no Asfalto (1980) — Vortex Cultural

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(262)

Sexta-feira com um Western clássico, "Fort Apache/ "Sangue de Heróis", de John Ford, de 1948, voltando à ambientação do Monumental Valley, quase dez anos depois do antológico "No Tempos das Diligências". Falei que é um Western, contudo há uma porção generosa de cada aspecto da vida: comédia, drama, romance, ação épica...

Henry Fonda e John Wayne representam dois modos de lidar com a questão indígena. A primeira, arrogante, preconceituosa, belicista; a outra mais propensa à paz, aos acordos, à alguma forma de gestão. Dois modos de lidar com os índios, insatisfeitos com a reclusão em uma reserva, mas dois modos de ver a vida. A de Fonda, triste, ressentida, preocupada vaidosamente com o exemplo; a outra mais gregária, feliz, e aberta para o restante da comunidade. Anoto que Ford já tinha voltado da Segunda Guerra, já tinha visto muito de perto o perigo de um militarismo arrogante. 

 Shirley Temple, crescida, linda, radiante, faz a adorável filha de Fonda, e traz momentos luminosos para a trama. 

Sangue de Heróis poster - Foto 2 - AdoroCinema

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7 hours ago, SergioB. said:

(261)

Minha homenagem mental a Tarcísio Meira foi rever "O Beijo no Asfalto", na versão de Bruno Barreto, no início dos anos 1980. Ele tinha aquele rosto quadrado, muito bonito, sorriso mais bonito ainda, mas eu implicava um pouco com certos cacoetes de atuação, como falar olhando para o lado, erguendo o orbital dos olhos - já repararam?

O elenco do filme está incrível: Ele, Ney Latorraca, Torloni, Lídia Brondi, Daniel Filho, Oswaldo Loureiro...O sublime texto foi muito bem defendido. E sem ranço teatral. A câmera flui muito bem, a ação acontece livre. 

Impressionante como Nelson captou a homofobia tão bem. Faz do beijo entre os homens uma vergonha, um opróbrio, um caso de polícia. Mas o que eu mais gostei de perceber é a autocontenção. O personagem de Ney Latorraca só se defende falando que é casado. E em nenhum momento admite. Não consegue. Fica no ar. A dúvida na mente do espectador fica no ar. Pois até quando a esposa do atropelado aparece, e diz aquilo que diz, fica-se com a interpretação de algo plantado pelo jornalista. 

Muito bom. 

R.I.P Tarcísio Meira!

Crítica | O Beijo no Asfalto (1980) — Vortex Cultural

Não vi nenhuma das  versões cinematográficas, mas é um dos melhores livros que li. 

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(263)

"A Faca na Água" é a estreia de Roman Polanski em longas-metragens, e já chamou a atenção mundial com o Prêmio da Crítica em Veneza, e uma posterior indicação da Polônia ao Oscar de Filme Estrangeiro, dois anos depois, em 1964 (perdendo para "8 1/2"). 

O ambiente de uma embarcação a vela, três personagens, e uma constante tensão. Fora esse título misterioso que faz muito pelo filme.

Gosto particularmente do final, principalmente da fala da mulher. Fica evidenciado que a disputa entre os dois homens é uma disputa maior: entre a juventude e a maturidade, entre aquele que ainda está construindo e aquele que já construiu, entre a força e o declínio, entre o saber e a vontade. Uma disputa egoíca masculina, mas que ela como mulher aproveita. Não quer de novo a realidade de um quarto cheio de estudantes, "um quer dormir, outro quer estudar", quer distância dessa época, quer o luxo, a aventura, contudo o corpo quer o seu igual, a sua semelhante época.

Sempre esteve no meu top 5 do diretor. Vamos ver até quando, dada a sua prolífica carreira.

A Faca na Água - 9 de Março de 1962 | Filmow

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