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The Dark Knight Rises (2012)


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Qual seria o melhor vilão para a continuação de TDK?  

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  1. 1. Qual seria o melhor vilão para a continuação de TDK?

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Falando por mim, é lógico que, quando me manifesto em pró de alguma inovação narrativa, de maneira alguma me refiro a algo feito por pretensão. Apenas achei desnecessário esclarecer a condição que penso ser óbvia: contextualização adequada.

 

Jamais irei apoiar uma quebra do herói como se fosse um filme separado do filme, como se fosse um "Missão Impossível 2" onde as cenas de ação foram pensadas antes do roteiro. Se for para ver uma cena de 5 minutos que desconfigure às duas horas anteriores, algo destacado ou que mais pareça um pós-créditos da Marvel, nem eu nem ninguém será a favor. Acho que, quando fala-se sobre um Batman aleijado, morto ou aposentado ao término do filme, ninguém está falando sobre ver algo novo apenas por ser novo, e sim algo novo e bem feito. Entre o repetido e bom, e o inédito e bom; não vejo porque se recusar à segunda proposta.
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 REI DO CUCO, seus exemplos foram um pouco extremos,não são muito adequados pra uma comparação, embora eu mesmo não consiga pensar em um comparativo adequado no momento.

 

 Mas tem sido sim apontado a tal "inovação" como qualidade por si só. Não estou falando de você exclusivamente, já que você nunca se colocou como um demonizador do "Clichê", postura com a qual não concordo. Mas não acho que deva existir este duelo entre o "repetido" Vs o "Inédito", onde tem sim sido colocado o "Repetido" como defeito por si só e o "Inédito" como qualidade por si só. Se eu fosse forçado a colocar TDK em um grupo, colocaria no 1º diga-se de passagem. Por que TDK esta entre os meus filmes mais queridos, e mais da metade destes filmes criam o inédito a partir do repetido, deu pra sacar? Em resumo, acredito que mais importante que a historia que você vai contar, é o como você vai contar.

 

 Eu tambem não vejo com bons olhos a proposta acalentada por muitos aqui de Batman terminar o filme derrotado, e pior, passando o manto pra frente. Em primeira instancia, esta idéia de "Homem Caido e simbolo ascendendo" não me apetece por diversas razões que já expus aqui. Claro que existe a possibilidade de Nolan fazer isso, e o filme me convencer desta proposta. Darei a ele esta oportunidade. Mas confesso que as chances de tal proposta me agradar são bem remotas.

 

 Quanto a pretensão, caso a tal morte/paraplegia se confirme, só o filme vai poder dizer se foi por pretensão ou não. Talvez o filme não transpareça isso. Mas se o filme transparecer que esta "Queda Do Morcego" foi movida por pretensão e ou soberba do diretor, isso vai me incomodar muito. Eu já não estou gostando muito da campanha de Marketing do filme, com frases como "Epica Conclusão" e "A Lenda Termina" que fedem horrivelmente a pretensão.

 

 Por fim, não vamos esquecer do fator "Assassinato De Franquia", que tambem me incomoda. Afinal, ele vem junto com Reboot daqui a cinco anos. Pessoalmente, eu não gosto disso. Mas vamos ver.
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"A Lenda Termina" até que me agradou. Já a "Épica Conclusão" eu também dispenso.

 

Entendi o que vc disse, mas, ao menos pelo que tenho visto, Nolan evitou 3 armadilhas básicas:

 

1- Excesso de vilões/mocinhos.

 

2- Excesso de sagas/tramas.

 

3- Megalomania blockbuster(ação e efeitos especiais exagerados, apenas para fins exibicionistas).  
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Só gostaria de esclarecer que o que eu escrevi acima não representa necessariamente os meus anseios, mas sim o que as informações estão me levando a crer.

 

 

 

Eu quero ver um ótimo filme, independentemente do Batman morrer, ter a coluna quebrada ou sair triunfante. Se o filme for ótimo, esses caminhos não terão relevância. Basta que a história escolhida seja bem contada.

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 Em primeiro lugar' date=' bem vindo APOLONIO.

 

 

 

 Agora vamos lá. Não vilanize o clichê. Ele é uma ferramenta narrativa como qualquer outra. Até por que se uma coisa virou clichê, é por que ela é boa. As melhores inovações partem justamente do clichê. Por isso eu sempre defenderei que o clichê só é um problema quando é mal usado.

 

 

 

 Continuando, você quer ver algo novo, só por que é novo? Tipo revolução por revolução? E esse tipo de pensamento pretencisoso que eu espero que o Nolan não tenha. Ora, TDK é o excelente filme que é não por que tentou "fazer algo nunca visto antes na historia dos filmes de super herois" mas por seus proprios méritos como forma de contar uma historia. Se utiliza de muitos clichês que muitos demonizam aqui, diga-se de passagem.

 

 

 

  Eu acho que o melhor pra se encerrar uma trilogia do Batman é o personagem fazer o que sempre fez. Superar as adversidade apoiando-se em sua força de vontade, mesmo com todos os percalços e sacrificios que teve que enfrentar. Afinal "caimos pra aprender a nos levantar" não é? Isso é o Batman. Pode ser convervador, mas tem dado certo ha mais de 70 anos.

 

 

 

 Finalizando, vão aplaudir de pé só por que o Nolan teve a coragem (ou pretenção) de fazer o que dizem? Talvez eu até aplauda com vocês. Mas isso se o filme me convencer que era mesmo o melhor a se fazer e não que isso tenha sido fruto de pretensão ou um surto de soberba do Nolan. Não só por que é novo e nunca foi feito antes. Grant Morrison matou o Batman em R.I.P e CRISE FINAL e acho essas historias horriveis. Mas é novo e nunca foi feito antes. Mas pra mim, ineditismo por ineditismo, é igual a merda nenhuma.
[/quote']

 

 

 

Questão, para a Arte o Clichê é um problema por natureza, pois é um entrave na criatividade, que é a característica de toda a expressão artística, pois toda expressão artística é a exposição única e singular de uma perspectiva simbólica do autor.

 

 

 

Ou seja, o Clichê por si mesmo, só para contar uma história, é um problema, o Clichê como ferramenta para formar a história é sim um problema que tem que ser solucionado.

 

 

 

O Clichê pode ser uma ferramenta para expor uma crítica em particular, para expressar uma ideia, ou para expor algo novo em uma história nova, formando um roteiro completamente novo.

 

 

 

E na ultima opção, no roteiro novo, o Roteiro já não será mais um clichê, e sim utilizará de elementos de Clichê.

 

 

 

A perspectiva que o Bell expôs está perfeito. Se for como ele diz, sendo uma história clichê, o novo Batman se resumirá a excelência da técnica repetida. A apenas replicar um quadro, e não criar uma ideia. Será apenas um cover, não um compositor.

 

 

 

O filme rastejará apenas no ambito de um momento de entretenimento, e não de uma experiência simbólica profunda.

 

 

 

Eu espero mais desse filme. Não quero ir a um bar pra ouvir uma banda tocar a sua versão de The Beatles.

 

 

 

Agora, concordo que ineditismo por ineditismo é merda nenhuma. É apenas uma estereotipação. O que almejo é que Nolan me ofereça uma ideia nova, que parta totalmente dele. Não importanto se utiliza-se de elementos já utilizados ou não. Mas lógicamente que ao ser dele, os elementos também estarão automaticamente elaborados e correlacionados de forma particular, única e inaugural.

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 Mas toda perspectiva simbólica, ADLER, sofre invariavelmente influencia de perspectivas anteriores do proprio artista, e de outros. O Clichê é meramente fruto disso.

 

 Aqui nós entramos em uma discussão muito mais profunda sobre "O que é a arte?" questão essa sem resposta (mas mesmo assim adoramos procura-la06). Por debates anteriores, sei que você e eu temos visões anttagônicas aqui. Todos os exemplos que você deu como uso positivo do clichê envolvem a transmissão da mensagem do filme. Mas e quanto a manipulação da emoção? Ora, para mim isso é um fator indispensavel quando falamos de bom cinema, e por consequencia de boa arte. Se o clichê for utilizado em nome desta manipulação emocional do expectador, pra mim então é muito válido. Eu sei que tambem já discordamos quanto a isso, mas eu acho que o Coringa, maior mérito de TDK tem grande parte de sua força na manipulação de emoção. Não estou desvalorizando a mensagem que envolve o personagem, mas só lembrando um importantissimo fator.

 

  E é neste ponto que discordo de você e do BELL. Ora, o que ele citou foi apenas uma estrutura, um esqueleto. Dá pra rechear isso de incontaveis formas diferentes. E é ai que entra a composição do diretor. Pois aqui entra outro ponto de discordancia nosso, ADLER. Você fala do "O que", mas esquece que o "Como" faz toda a diferença.

 

  Em seu ultimo paragrafo ADLER, em que surprendentemente concordamos06 você diz que "Ineditismo Por Ineditismo" seria apenas uma estereotipação. Ao dizer isso quer dizer que uma ação com essa motivação seria somente uma espécie de estereótipo do tipo "Ei, olhem! Isso nunca foi feito!"?

 

 Essa ultima vai pro BELL. BELL, quando você disse que o clichê é um problema não foi uma coisa que as informações do filme o levaram a crer, foram?06
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 Em primeiro lugar' date=' bem vindo APOLONIO.

 

 Agora vamos lá. Não vilanize o clichê. Ele é uma ferramenta narrativa como qualquer outra. Até por que se uma coisa virou clichê, é por que ela é boa. As melhores inovações partem justamente do clichê. Por isso eu sempre defenderei que o clichê só é um problema quando é mal usado.

 

 Continuando, você quer ver algo novo, só por que é novo? Tipo revolução por revolução? E esse tipo de pensamento pretencisoso que eu espero que o Nolan não tenha. Ora, TDK é o excelente filme que é não por que tentou "fazer algo nunca visto antes na historia dos filmes de super herois" mas por seus proprios méritos como forma de contar uma historia. Se utiliza de muitos clichês que muitos demonizam aqui, diga-se de passagem. [/quote']

 

Concordo. Até porque acho dificíl alguém inventar alguma coisa (com exceção de tecnologia) assim do nada e isso em qualquer arte. Nolan não fez o improvável em The Dark Night, pelo contrário, fez oque deveria ser feito com o filme e por isso que o filme é ótimo. Inovação mesmo foram as câmeras IMAX como ele mesmo diz nos extras do DVD. Clichê sempre irá existir.

 

 
  Finalizando' date=' vão aplaudir de pé só por que o Nolan teve a coragem (ou pretenção) de fazer o que dizem? Talvez eu até aplauda com vocês. Mas isso se o filme me convencer que era mesmo o melhor a se fazer e não que isso tenha sido fruto de pretensão ou um surto de soberba do Nolan. [/quote']

 

Concordo também. Em relação a matar ou não Batman no final, não vejo grandes problemas desde que faça sentido dentro da história. Pra mim o que está valendo é a história... tem que fazer sentido....

Matar o Batman no final de The Dark Night Rises não é matar o personagem no subconsciente dos que assistem e muito menos impedir que o personagem venha a ter outras trilogias no cinema. Seria uma morte no universo do Nolan, assim como ele matou o Harvey Dent. Mas como não passam de especulações, não arranco os cabelos com isso...rsrsrs
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Questão' date=' para a Arte o Clichê é um problema por natureza, pois é um entrave na criatividade, que é a característica de toda a expressão artística, pois toda expressão artística é a exposição única e singular de uma perspectiva simbólica do autor.
. [/quote']

Não sei se concordo com essa afirmação. A arte embora seja muito subjetiva (mesma que exista um objetivo em quem a cria, ela depende da interpretação do receptor) ela advém também de experiências vividas e conhecimento adquirido. Ninguém cria algo do nada. Por mais que em muitos momentos os movimentos artísticos sofrem mudanças (as vezes radicais) leva-se tempo...não existe uma linha divisória, um marco específico (como nos mostram os livros de história) em que essas mudanças acontecem. E também, mesmo que inovações, sempre haverá traços daquilo que inspirou aquele que criou qualquer tipo de arte.

 

Ou seja, a perspectiva é singular porque o ser humano é único e o autor também, porém, esse autor possui influências que precisam ser antes trabalhadas para se gerar o novo. E poucos são os que não possuem tal influência.
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Questão.... as informações divulgada até o momento me levam a crer que o filme será original e impactante, ou seja, sem clichê.

 

O que eu quis dizer é que justamente por acreditar que Nolan fugirá dos clichês, é que talvez tenhamos um final não muito feliz para o Batman, mas sim para Gotham.

 

E outra, eu não diria que a reciclagem de uma idéia já usada 1 ou 2 vezes configure um clichê, mas essa do herói que leva uma rasteira, larga o uniforme e depois volta todo fodão no final já tá batante batida. Talvez fosse original na época de Superman 2.

 

Só pra descontrair, eis aqui alguns dos clichês mais batidos de Hollywood:

 

- O policial só resolve o caso depois que é suspenso pelo departamento e tem que entregar a arma e o distintivo (algo satirizado em Showtime, com Eddie Murphy);

 

- O chefe de polícia quase sempre é negro;

 

- A investigação quase sempre passa por um clube de strippers;

 

- A mocinha em perigo quase sempre está pendurada em algum lugar alto;

 

- O vilão sempre conta o seu plano antes de [tentar] matar o herói;

 

- O herói sempre apanha horrores do vilão, mas no finalzinho 'aumenta o seu cosmo' e detona o vilão;

 

- Quase sempre os filmes de ação terminam com algum lugar explodindo ou desmoronando;

 

- O herói sozinho detona um exércio e quase nunca erra o tiro. Já o exército tem péssima pontaria e trocentas rajadas de metralhadora não conseguem acertar o cara;

 

- O herói aguenta tiro e estilhaço de granada nas costas sem dar um pio, mas quando a mocinha vai limpar a ferida ele sempre dá um "aaaiiii!!!"

 

06
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 É ai que eu discodo de você BELL. Um filme pra ser original e impactante não precisa excluir clichês. É o que eu estou tentando dizer. TDK é um exemplo.

 

 E acho que você não entendeu o que eu quis dizer, BELL. Dizer que a situação do heroi ser derrotado, se recuperar, e vencer no "2º round" se configura num problema por ser clichê não foi uma conclusão que você chegou através de noticias do filme. É uma conclusão que você chegou por si mesmo, através de suas proprias crenças.

 

 Repare que você se contradiz tambem, pois a situação que você aponta como um "clichê inaceitavel" foi usada justamente uma ou duas vezes, em SUPERMAN 2 e HOMEM ARANHA 2. Mas a questão não é essa. Em primeiro lugar por que não sabemos as condições que levaram Wayne a abandonar o manto (Pessoalmente, não acho que ele vai querer largar o manto por causa da surra. Acredito que o filme começa com Batman já aposentado após os eventos de TDK, embora eu sempre interpretei que o final daquele filme apontava o contrario).

 

  Em segundo lugar, mesmo que esta situação que você esta colocando como "Clichê Inaceitavel" tivesse sido usado mais de duas vez, você esta se esquecendo de um detalhe importantissimo BELL. Existe mil maneiras de se contar a mesma historia. Continuo repetindo que o como é tão importante quanto o que, talvez até mais. Em resumo, O heroi ser derrotado, e usando suas palavras BELL, "voltar todo fodão no final para vencer o vilão" pode ser contado de varias formas, gerando filmes bem distintos. Afinal, isso é só um esqueleto de situação que pode ser recheado das mais variadas formas.

 

 Continuarei com a minha pregação. Diga não a demonização do clichê. O clichê não é um problema. Usa-lo mal é.
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 Mas toda perspectiva simbólica' date=' ADLER, sofre invariavelmente influencia de perspectivas anteriores do proprio artista, e de outros. O Clichê é meramente fruto disso.

 

 

 

 Aqui nós entramos em uma discussão muito mais profunda sobre "O que é a arte?" questão essa sem resposta (mas mesmo assim adoramos procura-la[img']http://200.170.174.159/forum/smileys/06.gif" height="17" width="17" align="absmiddle" alt="06" />). Por debates anteriores, sei que você e eu temos visões anttagônicas aqui. Todos os exemplos que você deu como uso positivo do clichê envolvem a transmissão da mensagem do filme. Mas e quanto a manipulação da emoção? Ora, para mim isso é um fator indispensavel quando falamos de bom cinema, e por consequencia de boa arte. Se o clichê for utilizado em nome desta manipulação emocional do expectador, pra mim então é muito válido. Eu sei que tambem já discordamos quanto a isso, mas eu acho que o Coringa, maior mérito de TDK tem grande parte de sua força na manipulação de emoção. Não estou desvalorizando a mensagem que envolve o personagem, mas só lembrando um importantissimo fator.

 

 

 

  E é neste ponto que discordo de você e do BELL. Ora, o que ele citou foi apenas uma estrutura, um esqueleto. Dá pra rechear isso de incontaveis formas diferentes. E é ai que entra a composição do diretor. Pois aqui entra outro ponto de discordancia nosso, ADLER. Você fala do "O que", mas esquece que o "Como" faz toda a diferença.

 

 

 

  Em seu ultimo paragrafo ADLER, em que surprendentemente concordamoshttp://200.170.174.159/forum/smileys/06.gif" height="17" width="17" align="absmiddle" alt="06" /> você diz que "Ineditismo Por Ineditismo" seria apenas uma estereotipação. Ao dizer isso quer dizer que uma ação com essa motivação seria somente uma espécie de estereótipo do tipo "Ei, olhem! Isso nunca foi feito!"?

 

 

 

 Essa ultima vai pro BELL. BELL, quando você disse que o clichê é um problema não foi uma coisa que as informações do filme o levaram a crer, foram?http://200.170.174.159/forum/smileys/06.gif" height="17" width="17" align="absmiddle" alt="06" />

 

 

 

Mas como você vai manipular a emoção através de um deja vu?

 

 

 

por exemplo, no filme cowboys & Alien eu já sabia de antemão qual seria mais ou menos o desenrolar da mocinha, do heroi, e até do dono das terras.

 

 

 

Foi até prevíveu o momento do quase beijo, o momento do herói sem camisa, e o momento do beijo...

 

 

 

E até concordo com você que a arte é manipulação da emoção, mas isso também é expressão. Assim como um malabarista expressa sua agilidade levando o público ao espanto e ao encantamento, um diretor expressa seu discurso cinematográfico levando o público as emoções que ELE diretor pretende.

 

 

 

Mas existem artes e artes. Cowboys e Aliens foi uma experiência artística pueril para mim, apenas um filme que me agradou como um biscoito. Não me marcou em nada, não me levou ao espanto, nem muito menos a reflexão.

 

 

 

E acredito que nossa divergência é o que é clichê ou não.

 

 

 

Mocinho namorando a mocinha é clichê ao meu ver. Mas um homem tendo um relacionamento com uma mulher não é um clichê apesar de já ser utilizado por diversas vezes no cinema, e pode ser utilizado para diversos fins, como ferramenta para expressar diversas questões da alma humana, explorar diversas emoções.

 

 

 

O TDKR pode cair no clichê do mocinho beijando e se apaixonando pela mocinha (ou anti-heroi feminina como queira), ou pode ser um homem que se relaciona com uma mulher para explorar um certo aspecto no filme. O que vai dizer é o roteiro, a forma, a ideia...

 

 

 

Por exemplo no Cowboys e Aliens desde o aparecimento dos personagens principais, dava-se pra saber alguma coisa do destino dos principais. A emoção já estava meio que vendida. A ideia meio que batida, fulana é bem focada e apresentada junto com o herói, para em determinado momento os dois se juntarem por força do destino e pimba....

 

 

 

Você chama de esqueleto, mas para entender o que é esqueleto de uma arte, é preciso dizer que ao meu ver uma história é contada de diversas formas, e isso depende do enfoque que cada pessoa da, em cada momento, e o enfoque vai depender das emoções, interpretações, reflexões...

 

 

 

Logo, o esqueleto da arte é a ideia que o autor tem na construção do filme, e, portanto, estará inserido nele. Ou seja, o enfoque, o planejar de como o autor vai contar a história. Cowboy e Alien claramente teve uma ideia de criar uma história de aventuras estilo indiana jones, o filme foi bom, mas não foi uma experiência artística marcante, e sim um bom entretenimento. Focando-se nas partes, o diretor quis por a mulherzinha claramente como um elemento de apego, ou seja, a ideia do autor não foi nada inovador, a única autoria do autor foi na forma de contar a história já contada por n outros autores. Mas as intenções e ações foram de replicar, não criar.

 

 

 

Mas você pode ser independente quanto a esses moldes, criando sua própria ideia de roteiro, de história.

 

 

 

Aqui foi uma repetição da técnica. Um cover é arte, sem duvida nenhuma, mesmo porque a banda que toca cover, na verdade está expressando sua forma única de tocar a música que outro compôs. Quando uma banda toca Legião (por exemplo), ela está colocando sua interpretação, sua técnica, na execução. O mesmo ocorre nos cinema, no desenho, no teatro, ...

 

 

 

Há outros filmes que utilizam de acordes e sequências que outros filmes utilizaram mas em diferentes contextos, dentro de diferentes ritmos, entre diferentes sequencias.

 

 

 

Sim, ineditismo por ineditismo sim, seria uma estereotipação. Mas isso não faz do clichê algo bom, e nem depõe contra a criação pura, como uma busca de expor sua ideia, sua história.

 

 

 

 

 

 

Não sei se concordo com essa afirmação. A arte embora seja muito subjetiva (mesma que exista um objetivo em quem a cria' date=' ela depende da interpretação do receptor) ela advém também de experiências vividas e conhecimento adquirido. Ninguém cria algo do nada. Por mais que em muitos momentos os movimentos artísticos sofrem mudanças (as vezes radicais) leva-se tempo...não existe uma linha divisória, um marco específico (como nos mostram os livros de história) em que essas mudanças acontecem. E também, mesmo que inovações, sempre haverá traços daquilo que inspirou aquele que criou qualquer tipo de arte.

 

 

 

Ou seja, a perspectiva é singular porque o ser humano é único e o autor também, porém, esse autor possui influências que precisam ser antes trabalhadas para se gerar o novo. E poucos são os que não possuem tal influência.
[/quote']

 

 

 

Sim cir el, influência é uma coisa, copia é outra.

 

 

 

Ela depende das experiências vividas e conhecimentos construídos, mas o resultado disso vai depender de cada indivíduo, de como ele se apropria dos elementos experimentados na vida e como ele expõe essa apropriação.

 

 

 

É só ver aqui a discussão do clichê, para uns clichê tem um significado, ou um valor, para outros tem outro significado, outro valor.

 

 

 

A originalidade até existe' date=' mas até ela usa de clichês em determinados momentos... Não existe nada 100% original...Como diria o velho deitado: Nada se cria, tudo se copia...

 

 

 

[/quote']

 

bingo.

 

 

 

O que não pode ser clichê é a ideia do autor.

 

 

 

E é isso que eu considero clichê, a ideia, as emoções que o fulano quer entregar.

 

 

 

O cara tem que partir da sua própria ideia para construir um filme, utilizando-se sempre dos elementos já disponíveis na cultura, na vida, na arte. Doe a quem doer, inclusive a própria expressão. Mesmo que o cara construa uma merda, que seja uma merda produzida por ele, e não replicada

 

06.gif

 

 

 

Que o filme tenha elementos utilizados por outros filmes, isso sempre terá. Mas ter os mesmos discursos, a mesma ideia, ai não né.

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Sim cir el' date=' influência é uma coisa, copia é outra.

[/quote']

Li o seu comentário e fiquei matutando.

Concordo com você que cada um tem a sua idéia sobre o termo clichê...por isso...antes do achismo, fui pesquisar (algo que eu devia ter feito antes, aliás...rsrsrsrs)

 

clichê [em francês, cliché]

1. placa onde se gravam, em relevo sobre metal, imagens e textos para imprimi-los por meio de prensa tipográfica.

2.imagem ou o texto assim impressos.

3.Fig. Lugar-comum, chavão, banalidade repetida com freqüência

 

Fonte: Dictionnaire Larousse de la langue française; Dicionário Aurélio.

 

Concordo com você. Há uma diferença entre influência e cópia. E clichê, segundo as fontes que pesquisei é repetição. Cópia.
Cir-El2011-12-30 08:35:06
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Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge | Anne Hathaway discute a Mulher-Gato

Atriz comenta figurino, Gotham City, suas influências e o trabalho de Christopher Nolan

Érico Borgo
29 de Dezembro de 2011


Mulher-Gato

Anne Hathaway como a Mulher-Gato

Mulher-Gato

Em ação no set

O jornal Los Angeles Times esteve no set londrino de Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge e publicou uma interessante entrevista com Anne Hathaway, a Mulher-Gato do filme. Nela, a atriz elogia o figurino e fala bastante sobre a construção de sua personagem, suas referências e como a vilã/heroína é definida pela Gotham City e a visão do criador do momento.

“Eu amo a roupa. Tudo tem seu propósito nela, nada é deixado ali em nome da fantasia - e isso é o caso com tudo na Gotham City de Christopher Nolan, explicou. "A história é forte e isso é muito importante em uma franquia criada ao redor de sombras e símbolos. Gotham City é elegante”, disse Hathaway. “Se você olhar para a performance de Heath [Ledger] como o Coringa, verá muita loucura ali, mas também graça e um código. Há muitas crenças e códigos de comportamento em Gotham e minha personagem também tem um. Muito da maneira como ela se move e interage com as pessoas é resultado de sua maneira de ver o mundo. Chris nos deu maneiras de ver o mundo tão complexas, definidas e sofisticadas que é só uma questão de fazer sua lição de casa e entrar sob a pele do personagem”.

Sobre seu envolvimento com os quadrinhos, Hathaway disse que só os procurou depois de ser contratada - e que a atriz vienense Hedy Lamarr, que o criador de Batman Bob Kane revelou na época tratar-se de uma influência na criação da Mulher-Gato, foi uma inspiração na sua interpretação. “Eu sei que isso soa estranho, mas a respiração dela é extraordinária. Ela inspira longamente e languidamente e respira devagar. Eu trabalhei bastante nisso”.

Hathaway disse também que o set de Nolan é um dos mais organizados que já viu - "uma operação bem desenvolvida" - e que isso torna um prazer dar o seu melhor durante as filmagens. Já para o diretor, a qualidade teatral naturalista da atriz é sua maior qualidade. "Precisávamos exatamente disso para esse desafio", disse.

Sobre a tradição das Mulheres-Gato nas telas, Hathaway explica que “tudo o que veio antes não limitou ou afetou esta nova versão. Não afeta porque cada Mulher-Gato - e isso também funciona nos quadrinhos - é definida pelo contexto da Gotham City criada ao seu redor. Ela é influenciada por Gotham e quem quer que esteja criando a cidade naquele momento. A Mulher-Gato de Michelle Pfeiffer era um produto de Tim Burton e Eartha Kitt era um produto da Gotham de Adam West. Você tem que viver a realidade de Gotham naquele momento", concluiu.

O site Judão complementa com um Spoiler (que deixei em branco):

 

“Gotham City é uma zona de guerra. Um louco implacável chamado
Bane
tem arrancado qualquer sensação de segurança, e os cidadões, abatidos e segurando malas com a ansiedade de refugiados, sentam atrás do arame farpado à espera do que irá explodir em seguida. Um prisioneiro encapuzado é arrastado para dentro – é
Bruce Wayne
, um dos rostos mais famosos de Gotham – mas os olhos da multidão estão, porém, voltados para a mulher de preto no topo de uma escada”.

 

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“Se você olhar para a performance de Heath [Ledger] como o Coringa' date=' verá muita loucura ali, mas também graça e um código. Há muitas crenças e códigos de comportamento em Gotham e minha personagem também tem um. Muito da maneira como ela se move e interage com as pessoas é resultado de sua maneira de ver o mundo. Chris nos deu maneiras de ver o mundo tão complexas, definidas e sofisticadas que é só uma questão de fazer sua lição de casa e entrar sob a pele do personagem”.

 

[/quote'] gostei demais de ler isso, hein. Eu já gostava do Nolan, apesar de não gostar do seu ritmo de cena. Agora, gosto um pouco mais.

primo2011-12-30 09:24:42
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Tem uma frase que já é 'clichê' aqui nesse fórum (rs!)...

 

"Todas as histórias já foram contadas."

 

Parece provável, mas ainda quero crer na capacidade criativa do ser humano.

 

Questão, meu nobre paladino, eu não "demonizo" o clichê. Só digo que o filme fica menor, mais fraco com ele, como bem apontou o colega ao falar sobre Cowboys e Aliens.
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