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Liga da Justiça (HBO MAX, 25/03/2021)


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Geoff Johns fala sobre mudança de direção nos filmes da editora

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Pouco depois do anúncio que o quadrinista e roteirista Geoff Johns seria um dos comandantes da próxima fase de filmes da DC, Johns deu entrevista ao Vulture em um evento não-relacionado, e é claro que a questão sobre o futuro dos filmes da editora surgiu.
Johns, não querendo confirmar os rumores, desviou das perguntas, mas deixou a mensagem: “Acho que vocês conseguem conectar os pontos”. Perguntado sobre a direção que ele acha que a editora/estúdio precisa seguir para o futuro, Johns repetiu várias vezes que a DC precisa introduzir mais “esperança e otimismo” em seu universo.
“Eu acho que as pessoas cometem um erro quando dizem que o Superman não é um personagem fácil de se relacionar porque ele é tão poderoso”, disse Johns. “Eu penso comigo ‘você está brincando? Ele é um garoto da fazenda do Kansas que se muda para a cidade grande e tenta fazer o melhor que pode’. Não há nada mais fácil de se relacionar do que isso”.
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Assistindo ao gif abaixo e imaginando um combo desse no filme da Liga, mas com cenário ensolarado.

Será épico demais esse filme, amigos. Tasca também na trilha uns acordes que façam alusão à música de abertura da série animada, e meu coração não aguenta.

 

 

Isso seria maravilhoso!!!! Minha maior critica a BvS nem foi roteiro (que não achei tão ruim assim), mas esse visual sujo, alaranjado, fúnebre do momento da luta final. Algo 1% próximo da serie animada já seria estupendo!!

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Geoff Johns fala sobre mudança de direção nos filmes da editora

 

Pouco depois do anúncio que o quadrinista e roteirista Geoff Johns seria um dos comandantes da próxima fase de filmes da DC, Johns deu entrevista ao Vulture em um evento não-relacionado, e é claro que a questão sobre o futuro dos filmes da editora surgiu.
Johns, não querendo confirmar os rumores, desviou das perguntas, mas deixou a mensagem: “Acho que vocês conseguem conectar os pontos”. Perguntado sobre a direção que ele acha que a editora/estúdio precisa seguir para o futuro, Johns repetiu várias vezes que a DC precisa introduzir mais “esperança e otimismo” em seu universo.
“Eu acho que as pessoas cometem um erro quando dizem que o Superman não é um personagem fácil de se relacionar porque ele é tão poderoso”, disse Johns. “Eu penso comigo ‘você está brincando? Ele é um garoto da fazenda do Kansas que se muda para a cidade grande e tenta fazer o melhor que pode’. Não há nada mais fácil de se relacionar do que isso”.

 

 

Pra mim esse é o ponto!! Principalmente sobre o Superman! Está faltando esperança (que começou a ser introduzido levemente no personagem e que espero que em seu retorno isso seja um fato concreto) e otimismo (aqui, não entendi como algo utópico, mas mostrar que ainda existem heróis. Porque no fim das contas esses são filmes de super-heróis.).

 

Se a Warner não ficar só no discurso, dá pra arrumar a casa (discordando do Grande Oráculo das 2500 HQs - não eram 3000???)!!  :rolleyes:

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Pra mim esse é o ponto!! Principalmente sobre o Superman! Está faltando esperança (que começou a ser introduzido levemente no personagem e que espero que em seu retorno isso seja um fato concreto) e otimismo (aqui, não entendi como algo utópico, mas mostrar que ainda existem heróis. Porque no fim das contas esses são filmes de super-heróis.).

 

Se a Warner não ficar só no discurso, dá pra arrumar a casa (discordando do Grande Oráculo das 2500 HQs - não eram 3000???)!!  :rolleyes:

 

eram 20000.

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Isso seria maravilhoso!!!! Minha maior critica a BvS nem foi roteiro (que não achei tão ruim assim), mas esse visual sujo, alaranjado, fúnebre do momento da luta final. Algo 1% próximo da serie animada já seria estupendo!!

Minha critica ao BvS são pontuais e o fato de querer se levar sério demais. É bacana sim e dá pro gasto, claro, mas deixou a desejar perante tudo que prometeram na mão do tal "visionário". Foi decepção apenas nesse sentido.

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e o fato de querer se levar sério demais

 

Mas será que isso seria sentido como um "problema" em um cenário com menos falhas de roteiro e direção?

 

Pergunto isso, pois, filmes como "Mad Max - Estrada da Fúria" (que teve 97% no Rotten Tomatoes) são bem vistos mesmo carregando boa dose de densidade. 

 

Será, Soto, que se levar a sério seja realmente algo que prejudique um filme assim? Imagina se as peças estivessem melhor encaixadas, se a trama fosse mais dinâmica, e as resoluções mais objetivas. O tom sério seria necessariamente um problema?

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Mas será que isso seria sentido como um "problema" em um cenário com menos falhas de roteiro e direção?

 

Pergunto isso, pois, filmes como "Mad Max - Estrada da Fúria" (que teve 97% no Rotten Tomatoes) são bem vistos mesmo carregando boa dose de densidade. 

 

Será, Soto, que se levar a sério seja realmente algo que prejudique um filme assim? Imagina se as peças estivessem melhor encaixadas, se a trama fosse mais dinâmica, e as resoluções mais objetivas. O tom sério seria necessariamente um problema?

 

Eu acho que tom sério é diferente do tom do filme, ali é um tom obscuro, quase melancólico. Por que assim: Uma coisa é o tom sério de personagens, ou do filme, ou da trilha, ou do filtro, ou da montagem. Tudo junto, batendo na sua cabeça e dizendo:" EI ISSO É SERIO, OLHA COMO É SÉRIO, QUE FILME SÉRIO"  passa e muito do ponto. 

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Uma coisa é o tom sério de personagens, ou do filme, ou da trilha, ou do filtro, ou da montagem. Tudo junto, batendo na sua cabeça e dizendo:" EI ISSO É SERIO, OLHA COMO É SÉRIO, QUE FILME SÉRIO"  passa e muito do ponto. 

 

Nesse caso, vc acha que o filme do Snyder acaba caindo nisso, Gust? Em quais aspectos?

Outra pergunta seria: em que isso o diferencia de um filme que simplesmente quer soar sério?

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Eu acho que uma narrativa séria, não precisa de personagens sérios, cor escura, filtro escuro, música triste.

 

Filmes como Clube da Luta, Rede Social, Dark Knight, São narrativas sérias, mas com um acervo de personagens que vivem nesse mundo e dentro dessa narrativa. 

 

No BvS não tem absolutamente nada que contraste e demonstre o quão "sério tais personagens são". Num exemplo prático, o Bruce é feito como um cara carregado, melancólico, triste e desiludido, como deve ser. Mas o que deveria ser sua antítese é o Super, que é escuro, sério, amargurado, que carrega o peso dos ombros da morte do pai e a responsabilidade de ser o salvador do mundo e mal aparece no filme em cenas de cotidiando salvando as pessoas, e no "clipe" que aparece é com um discurso triste e sério de uma senadora triste e séria que vive num mundo triste e sério.

Pra mim é como se estivessem martelando na minha cabeça alguma coisa. 

 

Acho que é por aí.

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Mas o que deveria ser sua antítese é o Super, que é escuro, sério, amargurado, que carrega o peso dos ombros da morte do pai e a responsabilidade de ser o salvador do mundo e mal aparece no filme em cenas de cotidiando salvando as pessoas, e no "clipe" que aparece é com um discurso triste e sério de uma senadora triste e séria que vive num mundo triste e sério.

Pra mim é como se estivessem martelando na minha cabeça alguma coisa.

 

Putz, faz total sentido. Entendi e boto fé!

Algo assim é até prato cheio pra retirar o espectador da inserção, pois pode soar forçado, como parece ter ocorrido pra muita gente.

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Cara do Latino Review foi esperta em apontar: Jon Berg foi produtor com Affleck duas vezes (Argo, Live by Night), Geoff Johns supostamente estava trabalhando Afflekc no The Batman. Affleck virou produtor no JL.

 

WB está mudando de "snyder-centrista" para "affleck-centrista".

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para "affleck-centrista"

 

Não necessariamente também, né.

 

 

Geoff é o pica

Affleck ajuda o pica no roteiro do Batman

Affleck é um dos produtores da Liga, ao lado do Snyder. Onde tem Batman, tem Affleck. Nolan também estava em todas, mas não era o centro.

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"Minha função é ajudar a Warner Bros. a trabalhar com a DC", diz Geoff Johns
Novo supervisor dos filmes de super-heróis confirma que está colaborando no roteiro do próximo Batman
23/05/2016 - 23:23 MARCELO HESSEL

 
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Em entrevista ao ComicBook, o roteirista e diretor criativo da DC ComicsGeoff Johns, falou sobre sua nova função de supervisor dos filmes baseados nos quadrinhos da casa. Segundo ele, seu trabalho é ajudar as outras divisões da Warner Bros. a trabalhar com a DC.

"Eu trabalho com a Warner TV e os produtores para tirar as séries do papel e colocá-las em movimento, particularmente com The Flash, da qual sou cocriador e escrevi alguns episódios, como o piloto", explica o novo codiretor da DC Films. "Trabalho com outras pessoas, como Ames Kirshen nos games e estúdios como Rocksteady e Netherrealm, para falar sobre decisões dos personagens, sobre tramas e discussões desse tipo, para manter tudo verdadeiro em relação aos quadrinhos."

Embora as outras mídias tenham importância, o cinema também terá participação ativa de Johns. Na entrevista, ele confirma que está escrevendo com Ben Affleck o roteiro do próximo filme de Batman - informação que Affleck já havia revelado em outra entrevista.

 

FONTE: OMELETE

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“Um p*** de um gênio”, diz Ben Affleck sobre Geoff Johns

geoff-johns-ben-affleck.jpg

O quadrinista Geoff Johns, que agora é um dos responsáveis por lapidar o Universo DC no cinema, ganhou altos elogios do intérprete do Batman, Ben Affleck, em um vídeo promocional da nova série em quadrinhos da editora, escrita por Johns.
Johns está escrevendo o roteiro de The Batman, filme-solo do herói, com Ben Affleck e recentente revelou estar empolgado em trabalhar ao lado do ator. Já Affleck não popou o palavrão: “Eu leria qualquer coisa que Geoff Johns escrevesse. Ele é um p*** de um gênio”.O ator ainda continuou: “Eu amo a DC, estou muito animado para ver onde estamos indo, e não poderia estar mais honrado e animado em ser parte desse universo”.
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“Um p*** de um gênio”, diz Ben Affleck sobre Geoff Johns

 

O quadrinista Geoff Johns, que agora é um dos responsáveis por lapidar o Universo DC no cinema, ganhou altos elogios do intérprete do Batman, Ben Affleck, em um vídeo promocional da nova série em quadrinhos da editora, escrita por Johns.
Johns está escrevendo o roteiro de The Batman, filme-solo do herói, com Ben Affleck e recentente revelou estar empolgado em trabalhar ao lado do ator. Já Affleck não popou o palavrão: “Eu leria qualquer coisa que Geoff Johns escrevesse. Ele é um p*** de um gênio”.O ator ainda continuou: “Eu amo a DC, estou muito animado para ver onde estamos indo, e não poderia estar mais honrado e animado em ser parte desse universo”.

 

 

Colocar o Geoff Johns para escrever um roteiro de cinema vai ter um efeito igual ou pior ao que foi o roteiro do frank miller para o robocop 2. A DC precisa de pessoas que entendam de cinema blockbuster como o Nolan e Tim burton entendiam, repare que ambos tinham em seus currículos sucessos blocksbusters antes, durante e depois de filmarem o batman. Quem não lembra do fenômeno pop "os fantasmas se divertem" do Tim burton que veio antes do batman de 89 como quando o Tim burton fez  "alice no país das maravilhas" fazer mais de 1 bilhão com um personagem considerado obsoleto para essa geração..não preciso mencionar aqui os sucessos comerciais e fenomenos POP do Nolan, só lembrando que a febre pop "amnésia" veio antes dos batmans.

 

Não tem ninguém na DC que entenda de blockbuster, tem gente que entende de  cinema, outros de HQ, outros não entendem de nada(Zack Snyder), ai a marta vai pro brejo.

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Colocar o Geoff Johns para escrever um roteiro de cinema vai ter um efeito igual ou pior ao que foi o roteiro do frank miller para o robocop 2. A DC precisa de pessoas que entendam de cinema blockbuster como o Nolan e Tim burton entendiam, repare que ambos tinham em seus currículos sucessos blocksbusters antes, durante e depois de filmarem o batman. Quem não lembra do fenômeno pop "os fantasmas se divertem" do Tim burton que veio antes do batman de 89 como quando o Tim burton fez  "alice no país das maravilhas" fazer mais de 1 bilhão com um personagem considerado obsoleto para essa geração..não preciso mencionar aqui os sucessos comerciais e fenomenos POP do Nolan, só lembrando que a febre pop "amnésia" veio antes dos batmans.

 

Não tem ninguém na DC que entenda de blockbuster, tem gente que entende de  cinema, outros de HQ, outros não entendem de nada(Zack Snyder), ai a marta vai pro brejo.

 

Desculpe @RICK, mas prefiro mil vezes um roteiro do Geoff Johns baseado no conhecimento e experiência dele em Quadrinhos do que um filme onde o Coringa é o responsável pela morte dos pais de Bruce...  <_<

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rick, por favor, esqueça o Nolan, ele fez o que tinha que fazer pela DC/Batman, e já tá em outra, fazendo os filmes dele lá. Não creio que ele volte a DC (pelo menos, não tão facilmente). E mesmo assim, a Warner tem que procurar gente nova, e não ficar presa ao passado (como foi com o Singer com o Superman Returns).

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Rick é tão alucinado que Beetlejuice virou blockbuster e Memento virou "fenômeno pop".

 

E Alice do Burton fez 1 Bilhão mas é uma bela bosta de filme, se é isso que você quer chama o Michael Bay pra dirigir que ele faz 1 Bilhão 4 vezes com Transformers.

 

Par aos filmes do DCU, prefiro Affleck e Johns que os irmãos Nolan, que esse busão já passou.

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Analise | As mudanças de comando na DC e as promessas da Marvel

Geoff-Johns-DC-Movie-Universe.jpg

Uma semana mais que interessante para os fãs da DC Comics e seu universo cinematográfico. Nos quadrinhos, a editora passa por uma reformulação total (e a centésima morte do Superman) no arco Rebirth, que ainda estreará um novo logo da editora, reformulado para refletir que o universo da DC se expandiu para além das revistas.E como se expandiu, aliás: os fãs da séries de TV da editora passam pelas semanas de conclusão de Legends of Tomorrow, The Flash e Arrow com o coração na mão, enquanto a notícia de uma futura temporada ainda mais bacana aporta no horizonte. Com a chegada de Supergirl a The CW, onde as outras séries da editora já estão renovadas, vem a promessa de um mega-crossover reunindo todos os personagens adaptados pelo braço televisivo da DC até o momento.
Criador de The Flash e autor de vários episódios de Arrow, o quadrinista Geoff Johns é um dos principais nomes responsáveis pela criação desse universo televisivo, junto com os produtores/roteiristas Greg Berlanti e Marc Guggenheim. Agora, Johns, que ainda escreve quadrinhos e trabalha no roteiro do próximo filme do Batman de Ben Affleck, vai ficar ainda mais ocupado ao assumir a co-presidência da DC Films.
O departamento, criado dentro da Warner Bros da mesma forma que a Marvel Studios responde hoje à Disney, concentra os esforços de criar o universo compartilhado cinematográfico da editora em uma única produtora, comandada por Johns e Jon Berg, antes vice-presidente da Warner. A junção de dois profissionais com esses perfis faz sentido – alguém que conhece os quadrinhos, como Johns, assistido por um produtor de faro hollywoodiano, como Berg.
Nós avisamos…
A gente aqui odeia mandar aquele famoso “a gente disse…”, mas, bom, a gente disse. Lá em 15 de abril, no artigo nosso principal ponto era que a DC ainda não tinha um cérebro, um centro criativo e um administrador forte e decisivo, para estruturar o seu universo. Faltava coordenação, e agora, ao que parece, não vai faltar mais.A julgar pelo bom trabalho que Johns ajudou a fazer na TV, e por suas declarações recentes sobre trazer de volta ao universo DC um senso de “esperança e otimismo” nos próximos filmes, a editora e os seus novos comandantes começaram a ouvir seu público. Resta saber se a nova identidade vai desfazer o trabalho de construção de personagem que Snyder e companhia fizeram nos últimos dois filmes, ou pegar as dicas para criar um universo não tão sufocantemente sombrio, mas que traga gravidade, riscos e dramas para um mundo de heróis que ainda são o sonho de qualquer adolescente viciado em quadrinhos.
É preciso deixar claro que a ideia de fazer um Superman em conflito consigo mesmo e com aqueles ao seu redor, que só pretende salvar, é espetacular. Um Superman sombrio que é obrigado a matar não é algo proibitivo – momentos sombrios em um filme de super-herói adicionam profundidade e contestação a uma fórmula que começa a se mostrar cansada. Interessante, no entanto, seria combinar essa noção de profundidade e ambiguidade incutida por Snyder no universo com um modelo que permita os filmes da DC serem blockbusters incluídos em uma série, um universo, sem parecer concessões forçadas a um filme essencialmente pessoal.
Esse não pode ser o Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolan, porque precisa introduzir muita coisa que virá depois dele, e refletir muita coisa que veio antes. O que esses filmes ainda podem ser são obras que carreguem a marca visual e de storytelling de seus criadores sem comprometer a posição comercial (e narrativa) do universo cinematográfico como um todo.
A DC ainda não errou!
Este que vos escreve, particularmente, não acha que Batman vs Superman foi um erro. Pelo contrário, é um filme notável com uma coragem de contestar o mito do super-herói e um senso de seus personagens invejável. Ben Affleck é um Bruce Wayne espetacular e sim, o final é um pouco forçado com seus atalhos de trama (o infame “Martha”) e sua mudança total de tom e gênero, mas mesmo assim nos divertimos horrores com a absolutamente cinética batalha entre Batman, Superman, Mulher-Maravilha e Apocalypse.
Em muitos sentidos, a DC ainda não errou feio. A visão de Zack Snyder é única e não agrada a muita gente, mas é uma visão desafiadoramente particular de um universo que tem uma exposição muito pública. A ideia de que, para seguir a frente como um universo compartilhado, da forma como pretende, a DC precisava dessa mudança de comando (ou melhor, dessa instituição de um comando que não existia antes) é puramente logística, de certa forma. Uma gerência forte que não sufoque os impulsos artísticos dos diretores, roteiristas e atores envolvidos é a promessa da DC Films, e estamos animados com isso.
Isso tudo especialmente porque as decisões tomadas pela DC quanto aos futuros filmes da empresa parecem singularmente bem encaminhadas. Esquadrão Suicida parecia um pouco menos atraente a princípio, mas a forma como a personagem Harley Quinn está sendo tratada, em sua jornada para se distanciar do Coringa e superar o abuso perpetrado por ele contra ela, é animadora. A notícia de um filme focado em vilãs e heroínas da DC, naturalmente estrelado por Harley, também é bacana – especialmente com Margot Robbie no comando, produzindo um filme que faça jus a essas personagens e coloque uma representação interessante em tela das facetas femininas da DC.
O filme da Mulher-Maravilha ganhou uma diretora feminina, como deveria ser (e uma especialmente boa, como qualquer um que assistiu Monster – Desejo Assassino pode testemunhar). Um diretor interessante está no comando de Aquaman, que pode sair um filme de gênero diferente e peculiar que ainda se ingressa sem dificuldades no universo maior. Ben Affleck ganhou carta branca para fazer o que quiser com o seu filme solo do Batman, o que é, para qualquer um que viu os filmes do moço como diretor, uma ótima ideia. Nesse momento, o retorno de Snyder para os dois filmes da Liga da Justiça parece detalhe, e o faro visual do diretor não é algo que deve ser ignorado trabalhando a favor do filme.Ter Snyder no comando com alguém diferente conduzindo a narrativa é uma ótima ideia – poucos diretores em Hollywood tem uma mente mais iconoclasta e interessante para o cinema de quadrinhos do que Snyder.
Kevin-Feige-Marvel.jpg
Enquanto isso, na Marvel…
O mais interessante de toda essa análise, como quase tudo na era de cinema de quadrinhos que vivemos atualmente, é que enquanto a DC está andando a passos largos em direção à diversidade e acertando nas escolhas com a ajuda da Warner e seu modelo “voltado para a visão dos diretores”, a Marvel caminha devagar na mesma direção, e em um momento em que agilidade é exigida de fãs que reagem imediatamente a notícias e anúncios de qualquer natureza.Em termos de diversidade, a Marvel (ou talvez, mais importante, a imprensa) tem feito grandes anúncios de novidades que não deveriam indicar nada além do fato de que a editora está fazendo sua obrigação – por exemplo, um elenco 80/90% negro em Pantera Negra, ou o fato de que o estúdio quer filmar partes da trama na África. Quando não é isso que acontece, os diretores, roteiristas e produtores se mantem no campo das promessas.
A Marvel está “comprometida” com um filme da Viúva Negra, mas não o bastante para fazê-lo nos próximos 4 ou 5 anos. A Marvel acha “altamente provável” que um personagem LGBT seja adicionado a sua galeria, mas dá um largo prazo de uma década para isso, talvez, acontecer. A Marvel barra uma vilã feminina em Homem de Ferro 3 porque “não venderia brinquedos o bastante”. A Marvel marca filme da Capitã Marvel para 2019, mas nada de novidades ainda, embora tenham começado certo com a roteirista Meg LeFauve (Divertida Mente).
Falta ação afirmativa na Marvel, e isso a DC tem tido de sobra. O próximo passo da diversidade provavelmente é começar a contratar diretoras e roteiristas mulheres não só para filmes de heroínas, como também, por que não, para filmes de heróis. Incluir pelo menos um Lanterna Verde negro entre os protagonistas de Tropa dos Lanternas Verde, marcado para 2020, e mais representatividade entre os coadjuvantes do filme. Dá, até certo ponto, para confiar que isso vai acontecer – quanto a Marvel, talvez aconteça, mas são dois passos para frente, um para trás.
E é ainda mais interessante analisar que, sob o comando de Geoff Johns e Jon Berg, é provável que essa ação afirmativa seja ainda mais direcionada e inteligente. Se me é permitido uma incursão pessoal aqui, a ideia não é colocar para baixo o trabalho que a Marvel vem fazendo nos últimos anos (perdi as contas de quantas vezes o adjetivo “marvete” foi usado para me descrever), mas lançar um olhar claro para a forma como as duas editoras estão conduzindo seus universos. E não adianta dizer que não há ponto nenhum na comparação – há sim, e é importante que a façamos, para que saibamos exatamente o que cobrar de cada uma delas.Dessa vez, no entanto, a DC saiu na frente se tocando de um problema e corrigindo-o com agilidade, enquanto a Marvel segue a deriva em um assunto importante, a diversidade. Ponto para a DC, se vocês estiverem contando – eu, definitivamente, quero que termine em empate.
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